A primavera é uma estação
aguardada por muitos já que é quando o frio costuma diminuir ou o calor aumentar e em alguns estados a chuva retorna, amenizando o tempo seco. A expectativa de meteorologistas em geral é que agora seja dum calor acima da média e de chuvas irregulares ou em menor volume do que
no ano passado que aliás, não foi lá estas coisas: "As nascentes, os córregos, os rios estão secando ano a ano, cada vez mais", comentou com a gente o Zé Muleque, mostrando o que hoje acontece no paraíso da infância dele no Chapadão da Babilônia na Serra da Canastra. O velho Zé fala com tristeza com o Padinha, o editor deste blog sobre os tempos mudados.
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Depois de 100 dias secos cantou a Saracura e... |
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...finalmente choveu um pouco na Serra da Canastra |
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta que as precipitações prá valer deverão começar um pouco mais tarde, em outubro. “Grande parte do Brasil tem plantio nessa época do ano, em outubro, quando as chuvas começam a se fixar mais", disse o chefe da previsão do tempo deste instituto, Francisco de Assis.
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Quando chove nos chapadões da Serra |
Norte - A previsão para esta região é que, em Roraima, Amapá, nordeste do Amazonas e meio norte do Pará as chuvas ocorram próximas ou abaixo da média para o período. Já na parte centro-sul do Amazonas, sudoeste do Pará e no Acre e Rondônia, haverá possibilidade de chuvas acima da média durante os meses de outubro a dezembro e as temperaturas serão de normal a acima da média.
Nordeste - A
previsão para a primavera indica maior probabilidade de chuvas perto da média
na parte leste do Nordeste. Nas demais áreas, haverá o predomínio de chuvas
ligeiramente abaixo da média. Ela ressalta que o trimestre de outubro a dezembro
é o mais seco da parte leste do Nordeste. As temperaturas estarão mais elevadas
sobre toda esta região, principalmente no sul do Maranhão e do Piauí.
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Aves do Nordeste seco migram para as chuvas daqui da serra na divisa entre Minas Gerais e São Paulo |
Centro-Oeste - A
previsão para o Centro-Oeste indica alta probabilidade de chuvas de normal a
acima de normal em grande parte da região, exceto na metade norte do Goiás,
onde as chuvas serão ligeiramente abaixo da média climatológica. As temperaturas serão acima da média, principalmente no sul do Mato Grosso do
Sul, norte de Mato Grosso e Distrito Federal. A gente lembra que as cidades de Mato Grosso e Goiás ficaram mais de 100 dias consecutivos sem chuva, a
partir de maio deste ano. Seca, baixa umidade relativa do ar, Brasília com clima desértico, a estação meteorológica do Inmet, no Gama (DF), registrou 8% de umidade relativa do ar no dia 4 de setembro.
Sudeste - No Sudeste, a previsão é que as chuvas sejam ligeiramente abaixo da faixa
normal, exceto no estado de São Paulo, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro,
onde podem ocorrer chuvas mais fortes, principalmente em novembro. As
temperaturas devem permanecer acima da média em grande parte desta região que um dia já foi de clima temperado, hoje, calor tropical.
Sul - Na
primavera, ainda de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, as chuvas
devem permanecer ligeiramente acima da faixa normal nos três estados da região
Sul. Já as temperaturas médias devem predominar dentro da normalidade na parte
oeste da região e acima da média no restante. Durante
o inverno, os maiores volumes de chuva estiveram localizados sobre a metade sul
do Rio Grande do Sul. Durante os primeiros dias de junho, deu-se o início da
temporada de temperaturas mais baixas, entretanto, as temperaturas abaixo de
zero só ocorreram em julho e agosto. Geadas até neve e agora vem o perigo de temporais e ventanias intensas.
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Longe do Sul do país no sudoeste de Minas predomina o calor e as chuvas abastecem as nascentes e cachoeiras |
Por sua vez, segundo o Climatempo, o fenômeno oceânico El Niño não terá agora uma grande influência. O oceano Pacífico
está em neutralidade climática e a condição da temperatura do Atlântico Sul é que vai influir mais sobre o clima no Brasil. Foi pesquisada a tendência
geral da primavera 2019 no Brasil, explicou a meteorologista Graziella Gonçalves em texto e em vídeo sobre as tendências do clima até por volta de 22 de dezembro, quando então o tempo muda pro verão.
Agora, na maioria das
áreas do Brasil, a primavera é época de aumento do calor e do retorno da chuva. Mas para
algumas regiões, primavera significa seca. Em grande parte do Nordeste, esta é a
estação mais quente e seca do ano. No norte da região Norte, onde estão
Roraima, o Amapá, o norte do Pará e do Amazonas, a primavera é uma estação de
pouca chuva, o que faz com que o calor aumente. e que as pessoas ou a natureza sintam até falta de chuvas.
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Mesmo aqui cada vez mais menos chuvas |
Estação
dos temporais - Climatempo também levantou que durante a primavera
ocorre uma grande mudança na circulação dos ventos sobre o Brasil que gera um
corredor de umidade entre o Norte, o Centro-Oeste e o Sudeste. Isto permite o
crescimento de muitas áreas de instabilidade sobre estas regiões, provocando pancadas de chuva frequentes especialmente durante as tardes e noites. É então nesse tempo que há uma maior
disponibilidade de ar úmido e quente sobre o país, algo que facilita a formação das
nuvens carregadas que provocam temporais. Frentes frias
chegam ao Sul e ao Sudeste do Brasil, mas raramente ao Nordeste. Em geral, o ar
frio de origem polar fica sobre o mar, mas algumas vezes o vento frio penetra
pelo interior do país e alivia o calorão. A primavera também
é uma estação de dias muito quentes e é comum ocorrerem extremos de calor com sensação térmica acima dos 45 graus.
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Dias muito quentes e noites frias como no deserto |
Outubro - Durante o mês
de outubro, a chuva mais volumosa fica concentrada sobre a região Sul do país.
Dificilmente alguma frente fria conseguirá atingir a costa da Bahia, o que
ajudaria a espalhar a umidade pelo interior do país. A tendência
climática geral é que muitas áreas terminem o mês com chuva abaixo da
média climatológica.
Mesmo nas regiões onde a tendência é de chuva dentro a acima da média, a irregularidade das
pancadas de chuva será um problema. Agende aí.
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Só uma gestão ambiental no país trará de volta a regularidade das chuvas aqui e em todo lugar |
Novembro - Em novembro, a situação
de irregularidade da chuva persiste e muitas regiões do país e devem terminar
o mês com menos chuva do que a média. É normal uma melhor
distribuição de umidade durante este mês e a média climatológica de chuva
aumenta em relação a outubro. Assim, a tendência de chuva abaixo da média não
quer dizer que não vai chover.
Dezembro - Não há
perspectiva de grandes mudanças. A irregularidade da chuva ainda será
sentida, mesmo com a ocorrência temporais pelo país. A chuva no Sul do
Brasil será destaque neste mês, que deve terminar com um volume de precipitações que poderá vir a ser bem acima da média. As temperaturas
ficam altas na maior parte das regiões, mais uma vez acima do vem vem ocorrendo nestes últimos anos. No Sul, a temperatura tende a ser normal a ligeiramente abaixo da média,
devido à maior frequência de chuvas.
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Aqui quanto mais chover melhor antes que a Serra da Canastra vire semiárida |
(Confira depois mais tarde outras informações e dados na seção de comentários deste blog da gente, no vídeo, hoje já está postado o vídeo documentário Cipó de Jabuti com ecologistas mostrando mudanças de comportamento em diferentes comunidades para se adaptarem à realidade ambiental do momento: se as pequenas comunidades se adaptam por que não os governos?)
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Voltará ainda o tempo das águas? |
Fontes: Climatempo - Terra - Agrolink - Inmet
folhaverdenews.blogspot.com
Mais tarde, aqui nesta seção, uma edição de comentários com mais informações tanto sobre a primavera, o clima, como sobre a Serra da Canastra, vista nestas paisagens de ilustração deste post. Volte e venha conferir aqui depois, OK?
ResponderExcluirVocê pode postar direto aqui sua opinião mas se preferir ou precisar mande um e-mail pro nosso editor deste blog, como fez Geraldo Conceição Silva, a primeira mensagem que já recebemos hoje e já postamos aqui, a seguir: mande seu conteúdo para padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Achei bacana ilustrar uma matéria sobre clima e previsão de chuvas para estes meses agora só com fotos da Serra da Canastra, que conheci e é uma reserva hidromineral de grande valor para a ecologia do interior do país": comentário de Geraldo Conceição Silva, que está escrevendo um livro "Nascentes Secas", ele é da região de Belo Horizonte, BH, em Minas Gerais.
ResponderExcluir"A região amazônica apresentou bastante irregularidade nas chuvas entre junho a agosto. A redução das chuvas em localidades dos estados de Rondônia, Tocantins e sul do Pará e as altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, favoreceram a incidência de queimadas, também. Alguns episódios de friagem também foram registrados neste período e atingiram o Acre, Rondônia e sul do Amazonas": comentário que extraímos do relatório do Inmet.
ResponderExcluir"No Nordeste, as chuvas registradas foram próximas ou abaixo da média em grande parte da região. Em lugares como João Pessoa, na Paraíba, onde geralmente chove em torno de 790 milímetros (mm) entre os meses de junho a agosto, choveu 670 mm somente em junho. As chuvas amenizaram as temperaturas nesta região, principalmente no sudeste da Bahia, onde a média das máximas em agosto ficou entre 24 ºC e 26 ºC. Mas em todos os pontos nordestinos na primavera a chuva tem sido cada vez mais escassa": comentário também que resumimos de relatório do clima do Inmet.
ResponderExcluir"No meio do ano, Nestas em áreas do centro do Brasil, as temperaturas médias foram acima do normal climatológico, em razão da permanência de massas de ar seco e quente, as quais favoreceram a ocorrência de queimadas e incêndios florestais.
ResponderExcluirEm alguns dias entre junho e setembro, a umidade relativa do ar apresentou valores abaixo de 20% nos horários com temperaturas mais elevadas, como ocorrido no Distrito Federal, em que a estação meteorológica do Inmet, no Gama (DF), registrou 8% de umidade relativa do ar no dia 4 de setembro. Clima de deserto e complicado para a saúde da população": comentário também extraído das informações que foram levantadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia.
"O fenômeno El Niño que predominou no verão e no outono se desconfigurou. A primavera 2019 será com neutralidade climática no Pacífico Equatorial Leste. A temperatura do Atlântico Sul terá maior influência na precipitação sobre o Brasil. Muitas áreas da costa do Brasil vão passar a primavera com temperatura da água do Atlântico Sul abaixo do normal, o que dificulta o deslocamento normal das frentes frias. A passagem das frentes frias do Sul para o Sudeste ajuda a espalhar o ar úmido perlo interior do país e estimula a formação de áreas de instabilidade. Infelizmente este ano, durante grande parte da primavera, a tendência de um Atlântico Sul "frio" vai dificultar a passagem das frentes frias e aumentar a irregularidade da chuva sobre o país": comentário de Graziela Gonçalves, meteorologista, que atua no Climatempo, falando em suma de...primavera seca.
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