A VOZ DA ECOLOGIA E DO BOM SENSO HOJE NO PLANETA É DE UMA GAROTA DE 16 ANOS QUE AMA A NATUREZA E A VIDA

A Cúpula do Clima tem algumas promessas, mas não o suficiente: a proposta da ONU era os países a partir de agora se comprometerem a fazer bem mais do que por enquanto só prometeram fazer ainda no Acordo de Paris

ONU tenta dar voz à recuperação da ecologia na Terra

Pelo site Terra, a repórter Giovana Giradi viajou a convite da organização No Peace Without Justice, já o repórter Paulo Beraldo cobriu este evento na ONU a convite da própria Organização das Nações Unidas: as informações deles são nossa fonte de informação, assim como as agências de notícias Reuters, AFP e site das Nações Unidas que nos envia direto e sempre notícias de seus eventos ambientais. Este agora, em Nova York, é mais do que um evento, sendo um acontecimento sem o qual não há chance de vida no futuro da gente e da Terra, como aliás disse a voz da nova geração de ecologistas Greta Thunberg. 

Ela é a voz hoje dos jovens e da ecologia da vida

  

"A conferência em Nova York começou com uma garota magrinha e pequena de 16 anos fazendo acusações fortes e emotivas sobre o fato que os líderes mundiais hoje já estão roubando os seus sonhos e sua infância com umas palavras vazias, tinham que se esforçar muito para conseguir atender as altas expectativas do povo da Terra. Algumas coisas boas foram prometidas, mas ainda não o bastante diante do que é a necessidade de recuperação da ecologia do planeta" (Greta Thunberg, ecologista sueca de 16 anos).

Paloma Costa, estudante brasileira de 19 anos, teve a chance de falar em nome do movimento ecológico e de cidadania do nosso país

Não foi permitida a participação na sessão de segunda feira da Cúpula do Clima de presidentes de países que não têm se alinhando na questão ambiental planetária, como foi o caso dos governantes do Brasil, dos Estados Unidos e do Japão, entre outros impedidos de fazer discurso e limpar a sua barra diante da mídia mundial: "A cúpula é para que os países que vêm trazendo planos concretos para combater as mudanças climáticas. A proposta da ONU é a que líderes se comprometam a fazer mais do que prometeram no Acordo de Paris, visto que as metas apresentadas em 2015 colocam o planeta em direção a um aquecimento de cerca de 3ºC em média entre 2050 e até o final de 2100. O objetivo do acordo é ficar bem abaixo de 2ºC, preferencialmente em 1,5ºC para termos chances maior de futuro através de medidas reais de desenvolvimento sustentável". (Antonio Guterres, secretário geral das Nações Unidas). 

Velhos líderes de boa vontade como Antonio Guterres da ONU se aliam a jovens e cientistas a favor do clima

A garota ecologista Greta Thunber disse que quer ver ação e que não foi à ONU para tirar selfies ou só ouvir discursos de alguns políticos que "querem enganar a natureza". Alguns dos líderes que se seguiram a ela trouxeram alguns planos. O presidente da França, Emmanuel Macron, por exemplo, que tem antagonizado com o presidente do Brasil, anunciou que não entrará em nenhum acordo comercial com países que tenham políticas contrárias ao Acordo de Paris. Antes do início da cúpula, Macron liderou até mesmo uma reunião pelo lançamento de uma aliança por florestas tropicais do mundo - das quais a Amazônia é a maior - sem a presença do Brasil, que não enviou representantes para o evento. Ele explicou: "Meu país está também na Amazônia, através da Guina Francesa, e nós não vamos nos omitir diante do que acontece e da gravidade da situação". 

Dentro da ONU tenta se afastar o fantasma dos políticos de países que são contra a proteção do meio ambiente

Do lado de fora da ONU jovens de todos os países dão a mensagem do que é necessário mudar a favor da ecologia

Um primeiro balanço da Cúpula pelo Meio Ambiente já foi apresentado pela ONU: 77 países, muitos do mundo industrializado, se comprometeram com emissões líquidas zero (em que plantio de árvores ou tecnologias já consigam absorver carbono excedente da atmosfera) até 2050. 70 dos países anunciaram que vão aumentar as NDCs, suas boas intenções via contribuições nacionalmente determinadas que já eram as metas do Acordo de Paris, no projeto da ONU até 2020.  Países como índia, China e União Europeia desde já assumiram este compromisso. E outros vários países já se comprometeram com mais dinheiro para apoiar as finanças climáticas. Uma notícia pósitiva também é que mais de 100  líderes do setor privado se comprometeram em acelerar seu movimento em direção a uma economia verde, sustentável. 

"Eu fiquei emocionado com os vários exemplos de liderança inspiradora de países que estão entre os que contribuem com menos problemas para a crise climática. Estes países-ilhas se comprometeram junto a neutralidade de carbono e usarem somente energias renováveis em 2030. Mais de 2 mil cidades também planejam colocar os riscos climáticos no centro da tomada de decisões, criando assim programas e planos urbanos inteligentes em relação ao clima. Alguns dos países como Paquistão, Guatemala, Colômbia, Nigéria, Nova Zelândia e Barbados se comprometerem até a plantar mais de 11 bilhões de árvores", disse o principal assessor ambiental da Índia, dimensionando como positiva e prática a Cúpula Climática da ONU na sessão histórica da 2ª feira.

Artemísia Barbosa da etnia Xakiabá, de 19 anos, foi à ONU e fez críticas em relação à questão dos índios no Brasil

Jovens de todos os lados do planeta se manifestaram na Cúpula Climática da ONU

"Ainda temos um longo caminho a cumprir. Na verdade, nós ainda não estamos lá. Precisamos de muito para atingir a neutralidade de carbono ao menos em 2050 e conter desde já o aumento da temperatura em 1,5ºC até o final do século. Mais planos concretos, mais ambição de mais países e de empresas também são essenciais mais compromissos em encerrar os subsídios para combustíveis fósseis", falou por sua vez a própria ONU, pela sua voz oficial, hoje, o Antonio Guterres, líder de cidadania em Portugal e secretário das Nações Unidas. Ele confirmou que os Estados Unidos não trouxeram nenhum plano. O presidente Donald Trump, que nem estava previsto para aparecer na cúpula, invadiu por alguns minutos a plenária, enquanto o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, discursava, e logo depois saiu quieto como entrou, não tem ou não quer falar nada, já que vem representando no mundo os interesses petrolíferos e a luta contra os projetos de recuperação do meio ambiente. Ele estava ali na ONU somente para participar de um evento sobre liberdade religiosa, informaram seus assessores. O Brasil (que estava na reunião representado pelos ministros do Meio Ambiente e das Relações Internacionais) tampouco fez alguma nova promessa ou propôs alguma medida nova a não a se contestar o alcance atual da crise ambiental. Não se espera outra posição também do discurso do presidente brasileiro na abertura da Assembleia Geral da ONU hoje. Ao que parece, o governo do Brasil está mais propenso a fazer uma defesa de suas posições, alinhadas com as de Donald Trump, usando o que for possível para melhorar a sua imagem. Desde 2015. a meta do Brasil, porém, implicaria agora em algo mais, até em zerar o desmatamento ilegal da Amazônia e ter um plano de sustentabilidade até em 2030. A promessa foi feita há 4 anos atrás mas dificilmente será ratificada. De lá pra cá o desmatamento subiu, com estimativas de ter chegado neste primeiro ano do governo agora a uma taxa de 10 mil quilômetros quadrados de matas arrasadas, a bem somente do agronegócio. 

Os fatos no Brasil desmentem alguns discursos

(Confira depois mais informações e uma nova atualização na seção de comentários deste blog da ecologia e também da cidadania, neste tema depois também Greta no vídeo...)

Por aqui e por todo o planeta repercute o evento da ONU

A nossa natureza e a urgência de gestão ambiental foram protagonistas na sessão da 2ª feira em Nova York

Fontes: Terra - ONU - Reuters - AFP
                folhaverdenews.blogspot.com