O sistema RFI de comunicação na Europa em matéria de
Élcio Ramalho tem como manchete que presidente brasileiro necessita enviar "mensagem
forte e clara" contra as invasões de TIs no Brasil agora
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As terras e a vida indígenas cada vez mais ameaçadas pela violência de invasões e de outros interesses |
A situação dos índios na região Amazônica já preocupa a Anistia Internacional, que alerta para os riscos de confrontos “violentos e sangrentos” com os invasores caso o governo brasileiro não adote imediatamente políticas de proteção dessas comunidades. A denúncia no relatório que está sendo divulgado em todo o planeta aponta uma série de invasões ilegais de territórios já demarcados e ameaças de morte dirigidas a líderes das comunidades indígenas, até a crianças das aldeias. Aqui no blog da ecologia, da cidadania e da não violência resumimos para você estas informações.
Para a elaboração
deste documento, as equipes da Anistia Internacional visitaram no mês de abril três
áreas indígenas na região amazônica: duas no estado de Rondônia, Karipuna e
Uru-Eu-Wau-Wau, e uma no Pará, Arara. Na região foram realizadas 23 entrevistas com
indígenas nesses três também
em outros territórios. tendo sido ouvidas outras 12 pessoas envolvidas na luta pelos
direitos desses povos autóctones, incluindo representantes do Ministério
Público, membros do governo, pesquisadores e ecologistas vivendo na Amazônia. A Anistia Internacional apurou em resumo que os invasores dessas terras são indivíduos locais
apoiados por fazendeiros e políticos também de Brasília. Agrava a situação o fato que as invasões de terras dos índios, o garimpo e as extrações ilegais de madeira, as queimadas e outras formas de atos violentos ambientais e contra as comunidades indígenas estão com um índice crescente de ocorrência nesta região.
“Com a chegada da
estação seca, que começa em abril e vai até novembro, será muito mais fácil este tipo de ocorrências e diante das seguidas invasões já constatadas, as ameaças que já sofrem, hoje os indígenas têm medo de
confrontos que podem ter mais violência com invasores armados”, falou Geneviève Garrigos, responsável do setor das Américas da Anistia Internacional na França. Nos três locais
visitados, os indígenas informaram já ter denunciado às autoridades as invasões, mas
tiveram respostas “limitadas”, o que contribuiu para a continuidade das ações
ilegais, aumentando o temor dos índios em relação à realidade agora nestes meses. Um dos documentos relata a invasão de 40 pessoas no território Uru-Eu-Wau-Wau em janeiro deste ano, que
resultou numa operação governamental de vigilância durante uma semana. Uma
pessoa foi detida, mas logo liberada, de acordo com o relato da Anistia Internacional. Em
abril, uma invasão ainda maior foi registrada com o envolvimento de centenas de
pessoas. A operação da polícia resultou em duas pessoas presas uma semana
depois da invasão, mas logo após elas acabaram sendo liberadas. Esta é uma rotina na Amazônia. E é nesse contexto que os mais ameaçados na população local são as crianças indígenas.
(Confira a seguir na seção de comentários do blog da gente mais informações do relatório da Anistia Internacional sobre a situação dos povos e das terras indígenas: algo que agrava mais ainda na Amazônia é a política governamental armamentista, flexibilizando o uso e o porte de armas tanto no transporte como na venda de armas e munições. Já hoje no vídeo aqui na webpágina, um tema mais ameno, a Cidade das Abelhas, centro de lazer ecológico e de educação ambiental em Embu das Artes, perto de São Paulo)
Fontes: br.rfi.fr - AFP - folhaverdenews.blogspot.com
Há violência contra os índios e suas terras em 3 regiões da Amazônia visitadas e monitoradas pela Anistia Internacional, que que contrasta com a beleza e a paz da natureza por lá.
ResponderExcluir“É preciso um plano de proteção a longo prazo e lutar contra a impunidade de invasores e responsáveis pelas ações violentas. Poucas pessoas foram presas e normalmente são soltas. É preciso também investigar os mandantes destes crimes que instrumentalizam e financiam as invasões, como alguns agricultores e alguns políticos locais”: comentário de Geneviève Garrigos, da Anistia Internacional na França.
ResponderExcluir“Até o momento, a reação das autoridades para proteger essas populações é muito fraca. Ainda mais eles são levados a se organizarem em patrulhas para defenderem suas terras diante de pessoas armadas, como já visto neste últimos meses, há riscos de confrontos violentos e sangrentos e isso é o que mais tememos”: comentário extraído do texto da matéria de Élcio Ramalho, jornalista da RFI.
ResponderExcluir"No relatório, a Anistia Internacional confirma ter identificado áreas em que é possível ver os indícios de invasões feitas com veículos e material de demarcação de terras. Já constatamos terrenos traçados para a passagem de caminhões, de tratores, e também já houve confrontos. Em um deles, cerca de 40 pessoas armadas ameaçaram matar inclusive crianças indígenas. Em outros lugares, pessoas disseram que durante a noite ouviram tiros e haviam recebido ameaças. Tudo isso leva a confrontos”: comentário extraído de notícia veiculada pela AFP.
ResponderExcluirLogo mais, mais informações, você pode por direto aqui a sua opinião mas se preferir ou precisar envie uma mensagem pro e-mail da redação deste blog que aí postamos o seu conteúdo para você, mande para navepad@netsite.com.br
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ResponderExcluir"No documento, a Anistia Internacional denuncia também os cortes de verbas para Funai e o Ibama que comprometem o trabalho de proteção dessas populações. A última missão da Fundação Nacional do Índio foi em fevereiro e depois as operações terminaram por falta de recursos": comentário de Adelaide Santos, de São Paulo, que esteve por sinal na região de Arara, no Pará, onde tem familiares, região que está no relatório da Anistia.
ResponderExcluir“Se a Funai e todas as autoridades responsáveis pelas proteção dos índios não fizerem o necessário, há de fato um verdadeiro risco de confrontos violentos e sangrentos”: comentário do jornalista Élcio Ramalho, que teve acesso ao relatório da Anistia Internacional para fazer a sua matéria para a RFI.
ResponderExcluir"Para evitar o recrudescimento da violência entre indígenas e invasores de suas terras, a Anistia Internacional lança um apelo para o governo brasileiro tomar medidas concretas para proteger essas comunidades": texto que encerra a reportagem RFI.
ResponderExcluir"Vi agora no site Uol que o Governo sofreu derrota no Congresso e demarcação de terras indígenas sai do Incra (Ministério da Agricultura) de volta para a Funai, que por sua vez (como propôs em abril manifestação pacífica do índios em Brasília), a Funai volta a funcionar integrada ao Ministério da Justiça: isso muda um pouco as perspectivas para os povos da floresta, precisa ver se a decisão dos parlamentares vai ou não vigorar na realidade ou se tudo é só para inglês ver", comentário de Ubiratan Soares, estudante na Universidade de Brasília, que nos enviou esta informação por e-mail, após ter lido o post de hoje neste blog.
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