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sexta-feira, 26 de abril de 2019

602 CIENTISTAS PEDEM QUE EUROPA PARE DE IMPORTAR DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA: MATAS VIRANDO PASTAGENS CADA VEZ MAIS

Manifesto assinado por importantes pesquisadores argumenta que  dá para até aumentar as importações mas sem ferir a legislação e sem desmatar mais nada: os sistemas de monitoramento da região por satélites (Prodes) está detectando agora  o maior aumento de derrubada de florestas em 10 anos e isso motivou esta posição dos cientistas


 Foto que está na matéria da BBC sobre o manifesto dos 602 cientistas 


Edison Veiga fez matéria nesta pauta para a BBC  a partir da edição desta sexta feira da revista Science que tem como destaque carta aberta de pesquisadores que atuam em várias instituições europeias, fazendo uma sugestão direta: que a União Européia (UE), hoje o 2º maior parceiro comercial do Brasil, condicione a compra de insumos brasileiros ao cumprimento de compromissos e princípios ambientais. Este manifesto você lerá quase todo na íntegra também no site Terra e por aqui no blog da ecologia e da cidadania a gente resume as principais informações e críticas, elas batem com a posição de lideranças do movimento ecológico, científico e de cidadania no Brasil. Para objetivar a informação: a Amazônia perdeu 50 mil quilômetros quadrados de matas em 7 anos e o desmatamento cresceu mais cerca de 13% apenas nos últimos 12 meses.  


 A produção e o comércio sustentáveis são a única forma de cumprir as leis e os princípios socioambientais


Em linhas gerais, o documento faz três recomendações para que o o mercado europeu continue e até aumente o consumo de produtos brasileiros, todas estas recomendações baseadas em princípios de sustentabilidade. Pede que sejam respeitados já os direitos humanos (comunidades locais, povos indígenas), que o rastreamento que mostra a origem dos produtos seja aperfeiçoado e que seja implementado um processo participativo que ateste a preocupação ambiental da produção. Neste ponto voltam a citar a inclusão de cientistas, formuladores de políticas públicas, comunidades locais e povos indígenas que precisam ser ouvidos ou respeitados. Os pesquisadores que assinam este manifesto tem representantes de todos os 28 países-membros da UE. O teor da carta ecoa preocupações da Comissão Europeia, órgão politicamente independente que defende os interesses do conjunto de países do bloco político-econômico: há cerca de quatro anos este bloco vem estudando como suas relações comerciais impactam o meio ambiente e o clima mundial.


 O desmatamento e as queimadas influem direto no clima e nas chuvas de todo o continente e hemisfério


Pesquisador de questões de uso do solo, políticas de mitigação climática, também combate ao desmatamento e cadeias produtivas, o brasileiro Tiago Reis, da Universidade Católica de Louvain, é um dos autores da carta. Sobre isso ele afirmou que a publicação do texto dos cientistas atuando na Europa tem como objetivo mostrar às instituições europeias que a comunidade científica entende a questão como "prioritária e extremamente relevante", como expressa o texto: "A iniciativa é muito  importante, sobretudo neste momento em que sabemos que a Comissão Europeia está estudando o assunto e formulando uma proposta de regulação para a questão da 'importação do desmatamento'", afirmou este pesquisador.  O manifesto foi divulgado ontem na BBC. Procurado pela reportagem deste site mundial, o Ministério do Meio Ambiente do Brasil ainda não respondeu às questões e críticas que estão bem claramente colocadas no manifesto e também na revista científica Science. 


 O Prodes registra uma situação gravíssima


(Confira na seção de comentários aqui em nosso blog mais informações sobre este tema e também mensagens ou opiniões, bem como, dê uma olhada no vídeo que logo mais vai estar postado hoje também aqui em nossa webpágina) 




Cientistas de 28 países europeus pedem respeito às comunidades locais, índios, também à flora e à fauna


Fontes: Revista Science - BBC - Terra

               folhaverdenews.blogspot.com

10 comentários:

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  4. "O documento resume três tipos de comportamentos que o mercado europeu pode tomar e assim continuar e até aumentar as suas compras no Brasil, mas com o cuidado da procedência e também do respeito às leis ambientais ou dos direitos humanos envolvidos nas transações comerciais": comentário de Felipe José Souza, exportador, de Santos (São Paulo).

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  5. "Exortamos a União Europeia a fazer negociações comerciais com o Brasil sob as condições: a defesa da Declaração das Nações Unidas sobre os direitos dos povos indígenas; a melhora dos procedimentos para rastrear commodities no que concerne ao desmatamento e aos conflitos indígenas; e a consulta e obtenção do consentimento de povos indígenas e comunidades locais para definir estrita, social e ambientalmente os critérios para as commodities negociadas": comentário extraído do texto do documento dos cientistas que está sendo divulgado na íntegra na revista Science.



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  6. "Exportações para a UE representaram 17,56% do total que o Brasil comercializou em 2018, segundo dados do Ministério da Economia. A carta ressalta que a UE comprou mais de 3 bilhões de euros de ferro do Brasil em 2017 - "a despeito de perigosos padrões de segurança e do extenso desmatamento impulsionado pela mineração" - e, em 2011, importou carne bovina de pecuária brasileira associada a um desmatamento de "mais de 300 campos de futebol por dia". Os negócios chegam a um total de mais de US$ 42 bilhões, com superávit de US$ 7,3 bilhões. A exportação de carne responde por cerca de US$ 500 milhões deste total, minério de ferro soma quase US$ 2,9 bilhões e cobre, US$ 1,5 bilhão": comentário na BBC News.

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  7. "De acordo com dados divulgados em novembro pelo ministérios do Meio Ambiente e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, a Amazônia enfrenta índices recordes de desmatamento. Os sistemas do Projeto de Monitoramento do Desmatamento da Amazônia Legal por Satélite (Prodes) registraram um aumento de 13,7% do desmatamento em relação aos 12 meses anteriores - o maior número registrado em dez anos. Isso significa que, no período, foram suprimidos 7.900 quilômetros quadrados de floresta amazônica, o equivalente a mais de cinco vezes a área do município de São Paulo": comentário na matéria nesta pauta sendo publicada hoje pelo site Terra.

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  8. "Os números mostram que a principal vilã é a pecuária. Estudo realizado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) em 2016 apontou que 80% do desmatamento do Brasil se deve à conversão de áreas florestais em pastagens. Atividades de mineração respondem por 7% dos tais danos ambientais. Principal autora do texto, a bióloga especialista em conservação ambiental Laura Kehoe, pesquisadora da Universidade de Oxford, acredita que, como forte parceria comercial, a Europa é corresponsável pelo desmatamento brasileiro": comentário extraído do texto do jornalista Edison veiga para a BBC.

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  9. "Queremos que a União Europeia pare de 'importar o desmatamento' e se torne um líder mundial em comércio sustentável. Nós protegemos florestas e direitos humanos aqui em casa, por que temos regras diferentes para nossas importações? É crucial que a União Europeia defina critérios para o comércio sustentável com seus principais parceiros, inclusive as partes mais afetadas, neste caso as comunidades locais brasileiras": comentário da bióloga conservacionista Malika Virah-Sawmy, pesquisadora da Universidade Humboldt de Berlim.



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  10. "Queremos que a União Europeia pare de na prática importar o desmatamento e se torne sim um líder mundial em comércio sustentável com o Brasil": comentário da bióloga Laura Kehoe, pesquisadora da Universidade de Oxford.



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