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quinta-feira, 8 de novembro de 2018

EUROPA FAZ ALERTA A TODOS OS PAÍSES SOBRE O AUMENTO DE MORTES CAUSADAS POR BACTÉRIAS RESISTENTES A QUAISQUER ANTIBIÓTICOS

Estudo indica que só na Europa 33 mil pessoas morrem por ano devido a este tipo de infecções por bactérias resistentes a tudo: imagine por aqui com todos limites da Saúde Pública e onde esta pesquisa nem foi realizada ainda ou a grande mídia ignora isso ou não informa a população sobre mais este grande problema



A pesquisa foi feita na Europa mas precisa ser levada em conta por aqui também e em todo o planeta



A gente recebeu por e-mail aqui no blog da ecologia e da cidadania Folha Verde News um texto com a tradução e a edição de Henrique Cortez, jornalista que é o editor do site nacional de assuntos socioambientais EcoDebate: numa palavra, este estudo é alarmante, confira a seguir e procure difundir a informação, OK? O CEPCD detectou cinco tipos de infecções que são causadas por bactérias resistentes aos antibióticos de interesse para a saúde pública na União Europeia e no Espaço Econômico Europeu. Detalhe, a fonte desta informação é de grande respeito entre cientistas e médicos, o CEPCD se trata do European Centre for Disease Prevention and Control: mais uma razão essencial para que este alerta seja considerado (a grande mídia brasileira silencia) por aqui em nosso país, antes que se estabeleça um caos a mais na saúde.


Este alerta de cientistas é de grande urgência


A carga da doença é medida em número de casos, mortes atribuíveis e anos de vida ajustados por incapacidade. Estas estimativas se baseiam em dados pesquisados desde 2015 pela Rede Europeia de Vigilância da Resistência Antimicrobiana (EARS-Net). Em resumo, a carga estimada de infecções por bactérias resistentes a antibióticos lá na Europa é substancial em comparação com outras doenças infecciosas, e aumentou nos últimos 10 anos. As estratégias para prevenir e controlar bactérias resistentes a antibióticos requerem coordenação a nível global, pesquisadores dizem que não bastam medidas ou alternativas ou novas drogas somente no continente europeu. O estudo mostrou que a contribuição de várias bactérias, resistentes a antibióticos para a carga total, varia muito entre os países, destacando assim a necessidade de estratégias de prevenção e controle adaptadas às necessidades de cada país de todo o planeta. 
O que já se faz no Brasil? (Resposta não encontrada). 



Urgente investimento em alternativa de cura para doença resistente a antibióticos de última linha


Neste sentido, o site espanhol mais acessado na Europa, o El Pais já divulgou (veja detalhes na seção de comentários aqui no blog da gente) que infecções resistentes a antibióticos são uma epidemia que dizimará 10 milhões de pessoas nas próximas décadas, matando mais gente do que o câncer, caso não seja evitada ou não se venha a descobrir na ciência uma alternativa de cura. 

A civilização dos antibióticos em queda?



Voltando ao estudo do CEPCD, pesquisadores calculam  que cerca de 33 mil pessoas morrem a cada ano apenas na Europa como consequência direta de infecção causada por determinadas bactérias resistentes a antibióticos. A pesquisa adverte que o alcance dessas infecções chega a ser comparável à da influenza, tuberculose e HIV / AIDS combinadas numa só doença. Também explica que 75% da carga desta doença fatal é devida a infecções associadas a cuidados de saúde (IACS) e que a sua redução através de medidas adequadas de prevenção e controle de infecções, é da maior urgência. Isso poderia ser um objetivo alcançável pelos serviços de saúde? (Por aqui no Brasil, complicado).



 Redução pode ser feita com medidas de prevenção? 



Antibióticos de última linha - Finalmente, mais um detalhe importante é que este estudo mostra que 39% do alcance do problema é que são infecções por bactérias resistentes a antibióticos de última linha. E a intensidade disso aumentou em relação às medições que já haviam sido feitas em 2007.
É preocupante demais porque esses tais antibióticos são as últimas opções de tratamento disponíveis na medicina atual. Quando eles já não são eficazes, é extremamente difícil ou, em muitos casos, impossível tratar destas infecções. Este estudo foi desenvolvido por especialistas do ECDC (CEPCD em português) e do Burden of AMR Collaborative Group e publicado no The Lancet Infectious Diseases. Os resultados desta pesquisa também são usados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para estimar o custo econômico da resistência a antibióticos.


De repente de volta à natureza e à busca da cura


(Confira nos comentários aqui no blog que a OMS da ONU já cobra a criação de novos antibióticos ou então de alguma alternativa de cura para as bactérias resistentes. Confira também mensagens e opiniões)



A esperança está além das tecnologias atuais



Fontes: CEPCD (European Centre for Disease Prevention                  and Control ECDC) – ecodebate.com.br - El Pais 
              folhaverdenews.blogspot.com


15 comentários:

  1. Aguarde, logo mais a edição dos comentários.

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  2. Caso você queira consultar o original deste estudo: Carga de infecções por bactérias resistentes a antibióticos nos DALY, Área Econômica Europeia e Europeia, 2015
    Referência:
    Attributable deaths and disability-adjusted life-years caused by infections with antibiotic-resistant bacteria in the EU and the European Economic Area in 2015: a population-level modelling analysis
    DOI: https://doi.org/10.1016/S1473-3099(18)30605-4







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  3. "ALERTA QUE INFEÇÕES RESISTENTES A ANTIBIÓTICOS É UMA EPIDEMIA QUE DIZIMARÁ 10 MILHÕES DE PESSOAS NAS PRÓXIMAS DÉCADAS": comentário que resume matéria no site El Pais: "A “epidemia” que matará mais gente do que o câncer (se não for evitada ou não se descobrir uma alternativa de cura)".

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  4. "A ONU pela OMS vem debatendo a resistência aos antibióticos, que poderá matar de mais de 10 milhões de pessoas até 2050": comentário de Abdoul Gadiri Diallo, médico do centro de saúde CMC Flamboyants em Conacri, Guiné.

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  5. "Há muitos perigos que ameaçam a humanidade em seu caminho rumo a um mundo melhor em 2030, quando terá que prestar contas para comprovar se os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram alcançados. Certamente, o mais conhecido é a mudança climática, que há anos está na agenda internacional. Outro perigo, mais desconhecido da opinião pública, pode se tornar a primeira causa de morte em 2050 se não forem tomadas medidas contundentes para detê-lo: a resistência aos antibióticos": comentário de Dominic Chavez, do Banco Mundial.


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  6. “Trata-se de uma ameaça terrível, com grandes implicações para a saúde humana. Se não abordarmos isso, o avanço em direção aos ODS será freado e nos levará ao passado, quando as pessoas arriscavam suas vidas devido a uma infecção em uma pequena cirurgia. É um problema urgente”: comentário de Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), em uma reunião no âmbito da 72ª Assembleia das Nações Unidas (ONU), em Nova York. York.

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  7. "A resistência aos antibióticos é uma resposta dos microrganismos ao uso desses medicamentos. Seu uso — e especialmente seu abuso — faz com que, por meio de diferentes mecanismos biológicos, percam sua eficácia. As bactérias deixam de ser sensíveis aos seus efeitos e são necessários princípios ativos cada vez mais agressivos — e tóxicos para o organismo humano — para eliminá-las. Com sorte. Porque já existem superbactérias que resistem até mesmo aos antibióticos de última geração. As resistências estão aqui para ficar e vão piorar”: comentário de Sally Davies, diretora médica do Reino Unido.

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  8. "Por causa dessa resistência, cerca de 700.000 pessoas morrem todos os anos no mundo. O cenário com o qual os especialistas trabalham em seus estudos é que, se a situação não mudar, esse número chegue a 10 milhões até 2050. Para se ter uma ideia da magnitude da tragédia, hoje morrem pouco mais de oito milhões de pessoas por ano devido ao câncer. A grande maioria dos casos fatais estaria na Ásia (4,7 milhões) e na África (4,1 milhões), seguidas pela América Latina (392.000), Europa (390.000), América do Norte (317.000) e Oceania (22.000)": comentário extraído da matéria sobre bactérias resistentes no site da Espanha El Pais.


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  9. "Nós aqui no Brasil ficamos mais preocupados ainda, não bastam as ameaças de caos no clima e no ambiente, agora esse drama das bactérias resistentes, podendo virar epidemia até por volta de 2030. Um drama deste porte colocado frente à frente com a atual estrutura da Saúde Pública em nosso país, isso já é o prenúncio duma tragédia": comentário de Jorge Passos Silva, economista, de origem portuguesa e atuando em São Paulo.

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  10. "A preocupação passou do plano científico, onde vem sendo debatida há décadas, para o político. Há cerca de um ano, na 71ª Assembleia Geral da ONU, o assunto foi discutido no mais alto nível pela primeira vez. Exatamente um ano depois, quando mudaram tanto o Secretário-Geral da ONU como o diretor da OMS, a preocupação de perder o interesse gerado foi explicitada por alguns oradores do encontro chamado Progressos, desafios, oportunidades e novas formas de abordar a resistência aos antibióticos, organizado pela UN Foundation. Essas novas formas passam por abordar os dois grandes geradores de resistências: o uso indevido em seres humanos e o abuso nos animais. No que diz respeito às pessoas, são drogas que muitas vezes não exigem receita e é frequente que sejam consumidas à vontade. Particularmente perigoso é tomar de forma incompleta, porque o micro-organismo não chega a ser eliminado, mas conhece seu inimigo aprendendo a lutar contra ele. Já se debate que sempre é necessária a receita, mas em muitas partes do mundo este é um processo complicado que privaria milhões de pessoas do tratamento. Precisamos encontrar as soluções mais adequadas para cada realidade de cada país”: comentário de Julie Gerverding, vice-presidenta da indústria farmacêutica Merck. (O comentário continua).

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  11. “O necessário é um diagnóstico no começo para que o paciente tenha o tratamento correto o quanto antes. Por causa das resistências já morrem cerca de 700.000 pessoas por ano no mundo. As campanhas de informação, tanto para médicos quanto para pacientes, são uma das principais ferramentas para evitar esse mau uso de antibióticos": comentário também de Julie Geverding, VP da indústria farmacêutica Merck.

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  12. "Estamos desenvolvendo em 20 países uma campanha que incentiva o uso de menos remédios. Nos consultórios, por exemplo, facilitam uma lista de perguntas que o próprio paciente deveria fazer ao seu médico se ele prescrever um antibiótico para ter certeza que é absolutamente necessário.
    Mas talvez a arma mais valiosa para combater a resistência sejam as vacinas. Com elas, evitamos um grande número de doenças bacterianas comuns, o que torna os antibióticos desnecessários. “Imunizar 100% das crianças do mundo seria mais eficaz do que qualquer outra coisa”: comentário de Tim Evans, diretor de Saúde do Banco Mundial.

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  13. "Calculamos os custos da resistência. Em março passado publicamos um relatório mostrando que antibióticos não apenas são um perigo para a saúde, mas também para a economia. No melhor dos cenários, calculam uma queda do PIB mundial de 1,1% em comparação com o que aconteceria se não existisse, o que equivale a um trilhão de dólares por ano até 2030. O cenário mais pessimista eleva esse número para 3,8% de queda, 3,4 trilhões anualmente. Não só o medicamento em seres humanos tem um papel importante nestes números. Outro dos grandes focos de resistência é a agricultura e o gado. Os animais recebem enormes quantidades de antibióticos para prevenir e curar as doenças comuns que ocorrem em ambientes lotados. E em muitos países (não na União Europeia), ainda está permitido administrar pequenas doses para favorecer a engorda. Este é o ambiente perfeito para que as bactérias se tornem resistentes": comentário de Jean Halloran, diretora das iniciativas de alimentação da União de Consumidores na UE.

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  14. "Pelo visto, por aqui no Brasil, tanto no caso de pessoas com infecções como no gado, tanto para evitar doenças como para a engorda, há um abuso de antibióticos, desta forma, esta nova epidemia deverá chegar ainda antes de 2030, caso autoridades governamentais da saúde não tomem medidas como incentivo a pesquisas e ações preventivas, incluindo vacinações bem como alternativas de Medicina Natural": comentário de Joaquim Silveira, terapeuta naturista, estudante de Medicina na USP, dimensionando o estudo feito pelo CEPCD na realidade brasileira.

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  15. "Caramba, muito estressante esta situação, nem uma música de altíssimo astral, como a que está no vídeo oriental postada aqui neste blog, nos acalma": comentário de Joseana Santos, de São Paulo, que relata três casos em sua família de infecções hospitalares e mortes: "Isso virou rotina no Brasil".

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