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domingo, 14 de outubro de 2018

FLORESTAS SIM E NÃO MONOCULTURAS OU PASTOS PODERIAM COLOCAR O BRASIL NO PRIMEIRO MUNDO DE ACORDO COM ESTUDO DA UNIVERSIDADE DE ZURIQUE


Florestas ricas em espécies variadas armazenam duas vezes mais carbono que monoculturas e acabam por ajudar além da ecologia também a economia: isso é consenso na Suíça, na Alemanha e na China mas no Brasil contraria os interesses do agronegócio e as metas deste país  com maioria de políticos ruralistas

Na Science a comparação destas duas realidades
 A pesquisa atualmente busca o futuro sustentável

O nível total de sequestro de carbono das florestas são hoje essenciais no combate do aquecimento global que já causa caos do ambiente e do clima, o equilíbrio poderá vir a ser alcançado com a riqueza de espécies de vida: esta é uma das conclusões do projeto BEF China, que fez experimentos sobre biodiversidade em colaboração com pesquisadores chineses, suíços e alemães dentro duma pesquisa de ponta da Universidade de Zurique. Além de evitar um clima ou um ambiente caóticos que geram desastres naturais e também  problemas de saúde, a biodiversidade das florestas ajuda a aumentar a produtividade agrícola e são um fato de avanço até das economias hoje em dia. Menos no Brasil, onde as matas nativas continuam virando cinza ou pastos para exportação de carne ou plantações de soja ou de cana bem como de outras monoculturas, que dão lucro para poucos porém prejuízos para todo um país, gerando dificuldades com a questão climática. Os desastres naturais e as ondas de doenças geram altos custos e diminuem o poder de investimentos que poderiam estar resgatando a ecologia que já vai ficando perdida  e também avançando a economia, ecologia e economia, dois fatores que agora caminham juntos na realidade de qualquer lugar do mundo. Menos por aqui no Brasil, com outros objetivos que não combinam com a busca do desenvolvimento sustentável.  


A atualidade brasileira contradiz o conteúdo...

...desta pesquisa da Universidade de Zurique


Matéria de destaque hoje no site brasileiro de assuntos socioambientais Eco Debate, informa que desde 2009, o projeto BEF-China iniciou um experimento de biodiversidade em uma floresta parcialmente preservada e com a colaboração de instituições da China, Alemanha e Suíça. O amplo projeto investigou o valor da diversidade de espécies de árvores para o funcionamento dos ecossistemas florestais. Com este enfoque foram plantados alguns grupos de árvores com diferentes números de espécies, desde as monoculturas até terrenos altamente diversificados, com 16 tipos diferentes de árvores al longo duma área total de 670 metros quadrados. Após oito anos, a área armazenava uma média de 32 toneladas de carbono por hectare em biomassa acima do solo. Já as monoculturas acumularam menos da metade, uma média de apenas 12 toneladas de carbono por hectare. Durante a fotossíntese, as plantas absorvem dióxido de carbono da atmosfera, convertem carbono em biomassa. Quando uma floresta armazena mais carbono, isso auxilia na redução dos gases de efeito estufa, ao mesmo tempo indica também uma alta produtividade florestal. A conclusão é que as florestas biodiversificadas são mais produtivas. Este fato (a biodiversidade aumentar a produtividade) já havia sido anteriormente demonstrado através de experimentos feitos na Europa e nos Estados Unidos. Eles agora deram base às pesquisas do professor Helge Bruelheide da Universidade Martinho Lutero de Halle-Wittenberg, co-diretor do Centro Alemão para Pesquisa Integrativa em Biodiversidade (iDiv), que supervisionou os experimentos de campo junto com o Instituto de Botânica da Academia Chinesa de Ciências. Tais pesquisas continuarão e vão se intensificar depois por mais  quatro anos: “Estas descobertas na prática têm grande relevância ecológica e econômica,” afirmou o pesquisador Bernhard Schmid, da Universidade de Zurique, autor sênior da equipe de redação, composta de 60 pessoas, que agora produziram esta publicação na revista Science


 A produtividade das florestas...

..vai além da beleza...

...gera desenvolvimento...

...em todos setores em volta


Um estudo anterior já havia encontrado uma correlação positiva entre a biodiversidade e o armazenamento de carbono. Contudo, ele foi baseado apenas na comparação entre a variação de diversidade de espécies em terrenos naturais. “Portanto, era impossível concluir se a maior biodiversidade era a causa da maior produtividade. Mas agora nós chegamos à mesma conclusão com um experimento sob condições controladas: uma floresta com um grande número de espécies de árvores é mais produtiva que uma monocultura,” acrescenta o Professor Dr. Keping Ma, da Academia Chinesa de Ciências e co-gestor do projeto. Além disso, tem um outro aspecto que é de grande importância na atualidade e que pode ser resumido aqui na seguinte expressão: maior produtividade, melhor proteção do clima, do ambiente, da saúde da população. A conclusão é que as florestas ricas em espécies também são as menos vulneráveis a doenças, fenômenos meteorológicos extremos ou desastres ambientais que estão se tornando cada vez mais freqüentes devido à mudança do clima e desequilíbrios do meio ambiente. 




Fontes:  EcoDebate - Science - Universidade de Zurique
               folhaverdenews.blogspot.com

7 comentários:

  1. A nossa equipe deste blog admite que não conseguiu captar e comunicar todos os conteúdos desta pesquisa de ponta, apesar da tradução de grande qualidade, como sempre, feita pro site nacional e socioambiental Eco Debate, o estudo original, Yuanyuan Huang et al.: Impacts of species richness on productivity in a large-scale subtropical forest experiment, Science, 5 Oktober 2018. DOI: 10.1126/science.aat6405
    http://dx.doi.org/10.1126/science.aat6405
    Tradução de Ivy do Carmo, Magma Translation (magmatranslation.com)

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  2. "Em todo o mundo, há planos para grandes programas de reflorestamento, com o objetivo de proteger o clima através do plantio de novas florestas ou de recuperação das que estão hoje agredidas ou também degradadas. Somente na China, entre 2010 e 2015, foram plantadas anualmente 1.5 milhão de hectares de novas florestas, ainda que a maior parte em regiões de monoculturas de rápido crescimento. Nosso novo estudo mostra que as florestas não são todas iguais no quesito proteção climática: as monoculturas não fornecem nem metade dos serviços ambientais desejados. O nível total de sequestro de carbono e a mitigação do aquecimento global só poderão ser alcançados com uma combinação de espécies, com a biodiversidade das florestas que extremo valor contemporâneo": comentário do Dr. Keping Ma, da Academia Chinesa de Ciências, um dos parceiros da pesquisa da Universidade de Zurique.

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  3. "Florestas ricas em espécies também contribuem para proteger a ameaçada biodiversidade do planeta. Há um conceito errôneo de que produtividade e biodiversidade se excluem mutuamente ainda é muito difundido. Mas o oposto é verdadeiro. As florestas ricas em espécies também são menos vulneráveis à doenças ou fenômenos meteorológicos extremos, que estão se tornando cada vez mais freqüentes devido à mudança de clima e o caos do ambiente. Se os efeitos observados no experimento forem extrapolados para as florestas existentes no mundo, pode-se concluir que uma redução de 10% das espécies de árvores levaria à perdas de produção mundiais no valor de 20 bilhões de dólares, por ano. Tal resultado mostra que o reflorestamento com uma combinação de diferentes espécies é economicamente vantajoso": comentário do pesquisador Bernhard Schmid da Universidade de Zurique.

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  6. "A postagem aqui de pesquisas de variados cientistas e universidades ajudam muito a luta do nosso movimento, não podemos ficar só na emoção ou no amor da natureza, a informação nos ajudam a lutar por uma gestão ambiental e um avanço sustentável do Brasil": comentário de Leonel dos Santos Moreira, engenheiro agrônomo recém formado pela USP e que pretende fazer pesquisas de campo no bioma Cerrado, de onde vieram seus familiares.

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  7. "Por sinal, esta pesquisa bate com conclusões de pesquisadores que foram enfocados na edição desta semana da revista Veja, Willian Nordhaus, da Universidade Yale (que vem alertando há 4 décadas sobre os riscos do aquecimento global) e Paulo Romer, da Universidade de Nova York, que vem propondo inovação nas políticas públicas de gestão para agilizar o desenvolvimento sustentável": comentário de Idário Ramos, economista, que se especializou na FGV e atua hoje em Brasília (DF).

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