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terça-feira, 17 de julho de 2018

QUASE 1,5 MILHÃO DE QUILÔMETROS QUADRADOS DO BRASIL VIRANDO DESERTO E NOSSA MACRORREGIÃO ESTÁ ENTRANDO NESSE MAPA DA SECA CADA VEZ MAIS


Ambiente já está virando deserto em 15% do país avançando por Minas Gerais também até na divisa com São Paulo onde  não chove há cerca de 90 dias e se torna mais do que urgente uma gestão ambiental por parte das autoridades políticas que parece que não se preocupam com a seca e só com a próxima eleição

 A desertificação alcança também a Bahia...
...a falta de chuva e de gestão faz chegar a São Paulo....
... o novo deserto que já marca Minas e o São Francisco


O deserto está cada vez mais próximo, já atingiu antes e volta a atacar agora algumas das nascentes do Rio São Francisco, na Serra da Canastra, sudoeste mineiro, em linha reta distante somente 100km da Franca, nordeste paulista: a gente aqui do blog da ecologia e da cidadania Folha Verde News não quer alarmar porém temos que enfocar este drama, constatado pelo instituto Climatempo, registra que a seca em São Paulo já contabiliza hoje quase 80 dias praticamente sem chuva, sendo esta situação comparável apenas ao ano de 2000, quando choveu só 21,5 mm do inicio de maio até o fim da primeira quinzena de julho. Agora a seca está mais brava; A falta de chuva por exemplo na região da cidade de São Paulo chama a atenção desde maio. Pela medição do Instituto Nacional de Meteorologia, a chuva de maio de 2018 ficou 86% abaixo da sua média histórica. Foram 10,8 mm acumulados e a média é de 78 mm. Em junho choveu 12,7 mm, 75% abaixo da média histórica para o mês, que é de aproximadamente 50 mm. De 1 a 16 julho não houve nenhum registro de chuva na região do Mirante de Santana, na zona norte capital paulista, local onde o INMET coleta dados meteorológicos da Grande São Paulo desde 1943. Por sua vez, o site Envolverde, ligado à Carta Capital, em reportagem de Júlio Ottoboni detecta dados mais alarmantes ainda para pelo menos 1,3 milhão de quilômetros quadrados pelo Brasil afora, já em processo de transformação em deserto. Acompanhe a seguir um resumo destas informações que ficam mais perigosas porque não há sinal de um programa objetivo de gestão ambiental por aqui e por toda essa vasta área do nosso interior. Confira. 


Salvar as nascentes pode evitar o avanço do deserto...

... que já está chegando aqui entre Minas e São Paulo




Cerca de 1,3 milhão de quilômetros quadrados do território brasileiro está sob risco de se transformar em deserto rapidamente, uma área equivalente ao estado do Pará. Essa área sujeita à desertificação corresponde a mais de 15% do solo nacional, segundo dados do Insa (Instituto Nacional do Semiárido), órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Essa região, em estimativa, tem cerca de 23 milhões de habitantes atualmente mas esta situação, o processo de desertificação pode causar em breve um dos maiores êxodos urbanos da América Latina. Os pontos mais críticos por enquanto desta área que pode se tornar um grande deserto envolve 1.488 municípios em nove Estados da Região Semiárida do Nordeste brasileiro, do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. A situação em grande parte de Minas Gerais (também por aqui entre o sudoeste mineiro e o nordeste paulista) ficou preocupante, pois com as mudanças climáticas além de alterar as condições para o surgimento da florestas em áreas de mananciais, a exploração de minérios e de monoculturas como a cana em áreas de baixo índice de chuvas está empobrecendo o solo cada vez mais arenoso. A velocidade deste processo que já atingiu a região do Vale do Rio Doce, das nascentes do Rio São Francisco até vários outros cursos dágua que ficam mais ao norte mineiro, esta desertificação também já afeta diretamente a Grande Belo Horizonte.
Além do mais as queimadas ajudam o "avanço" do deserto

Desertificação já mostra sinais em Capitólio 


O longo período de estiagem deixa a região metropolitana de Belo Horizonte em situação prá lá de crítica. Segundo a Copasa (a Sabesp em Minas Gerais) essa é a pior crise dos últimos 100 anos. Os dados mostram que a precipitação nos primeiros nove meses do ano de 2017 é a metade da média histórica em 65 anos para o mesmo período. Desde 2015 a situação só tem se agravado. Mas não há registro de gestão ambiental governamental no sentido de barrar o avanço do deserto. Para muitos pesquisadores isso tem ligação com a estiagem em São Paulo no triênio 2013/14 e 15 que também afetou parte da região do Espírito Santo. Essa grande região de quase 1,5 milhão de quilômetros quadrados de todo o território brasileiro se encontra na faixa dos desertos do Hemisfério Sul ( como também existe na porção norte) que inclui os desertos da Namíbia, Kalahari, Atacama, bem como os que existem na Austrália. A situação foi exposta no Fórum Mundial da Água. Ecologistas falaram sobre isso, como novos profetas, literalmente, no deserto da política atual, sem sinais de gestão em desenvolvimento sustentável, capaz de reequilibrar o ambiente e ao mesmo tempo também a economia nesta zona se desertificando. Além dos problemas locais de cada microrregião, há o drama global das mudanças do clima, da carência cada vez maior de água, da irregularidade das chuvas e da proximidade do caos. Não queremos ser alarmistas contudo está é a dura e seca realidade, que precisa ser modificada. A gente espera que a desertificação entre nos debates dos candidatos na eleição de outubro porque se trata da pauta mais urgente para recuperar a ecologia cada vez mais perdida por aqui no Brasil.
Urge provocar chuva (ela pode vir em 10 dias, veja comentários)

 A macrorregião que era um oásis vai virar um novo deserto?


  
Fontes: Climatempo - Terra - Envolverde -Inmet - Insa
              folhaverdenews.blogspot.com

8 comentários:

  1. SALVAR AS NASCENTES é a primeira gestão para evitar o "avanço" do deserto pelo interior do país, nossa macrorregião já está começando a entrar no mapa do novo deserto do Brasil...

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  2. "A situação nesta área em processo de desertificação está tão grave que usando a tecnologia atual governos deveriam provocar chuvas": comentário de Arnaldo José Freitas, engenheiro, que nos envia notícia sobre tecnologia de "fabricação" de chuvas que amenizam a seca. A gente agradece e vamos divulgar. Abraços, Arnaldo José, paz aí em São Paulo.

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  3. "Há também outro enfoque, a conscientização dos agricultores sobre o manejo adequado da terra somada à difusão de tecnologias adaptadas ao Semiárido são elementos fundamentais para combater o processo de desertificação no país": comentário de Naidison Batista,coordenador da ASA, sigla da Articulação no Semiárido Brasileiro.


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  4. "São Paulo teve um mês de junho com menos chuva em 75 anos. Agora em julçho, chegamos a quase 80 dias sem chuva. Já são 32 dias consecutivos sem chuva no Mirante. Em 4 destes 32 dias, alguns poucos locais da cidade registraram chuva leve, mas por pouco tempo. O último registro de alguma precipitação na estação meteorológica do Mirante de Santana foi no dia 14 de junho, mas apenas 0,2 mm, que correspondem tecnicamente a chuviscos. Entre 12 e 13 de junho choveu 6,8 mm, o segundo maior acumulado de chuva em 24 horas no Mirante desde o início de maio": comentário do INMET.

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  5. "Na prática, São Paulo está praticamente sem chuva há quase 80 dias. Do dia 1 de maio até 16 de julho, portanto em 77 dias, registramos alguma chuva no Mirante em apenas 8 dias. A soma das precipitações de maio e de junho foi de apenas 23,5 mm e ainda não houve registro de chuva no Mirante de Santana em julho! Há quase 20 anos não se tinha uma situação de tão pouca assim neste período. A última vez que isto ocorreu foi em 2000, quando choveu 9,3 mm em maio e 12,2 mm em junho, num total de 21,5 mm nos dois meses. O tempo seco predominou de 1 a 14 de julho de 2000, e entre os dias 15 e 16 de julho daquele ano choveu 37,5 mm": comentário também do INMET.

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  6. "Todos estes dados e informações, o gráfico, as fotos, o alerta, tudo muito atual e necessário, a situação piorou muito de 2000 a 2018 e se não houve uma gestão radical, o Brasil terá em breve um primeiro grande deserto": comentário de Antônio Ramos Duarte, geólogo pela Unesp, que hoje atua com fruticultura no sul da Bahia.

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  7. Mande sua informação ou mensagem pro e-mail da redação deste blog navepad@netsite.com.br e você pode também mandar vídeos, fotos, material de informação direto pro e-mail do nosso editor de conteúdo padinhafranca603@gmail.com

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  8. "Eu estava em Brasília no último Fórum Mundial da Água que foi aqui no Brasil e houve palestra para informar que esta grande região de quase 1,5 milhão de quilômetros quadrados de todo o território brasileiro se encontra na faixa dos desertos do Hemisfério Sul que inclui os desertos da Namíbia, Kalahari, Atacama, bem como o deserto da Austrália. Realmente, é urgente alguma ação governamental": comentário de Vladimir Pereira dos Santos, de Campinas (SP), professor de Geografia pela Unesp e ecologista.

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