Ruralistas querem se apossar do Ministério do Meio Ambiente é a notícia mais absurda deste fim de semana em Brasília em clima de fim de feira ou fim de mundo
Site da Amazônia revela a pior notícia destes dias:ruralistas querem se apossar do Ministério do Meio Ambiente
Por e-mail chegou ao nosso blog a informação do site amazonia.org.br alertando
sobre este fato que parece ficção de filme de horror mas é a realidade
do dia a dia na política brasileira de agora. Por sua vez, o principal
portal de notícias da Alemanha Deustche Welle confirma esta articulação, entrevistando o presidente da Frente Parlamentar Agropecuária,
uma das maiores e mais poderosas bancadas do atual Congresso Nacional
do Brasil. Do outro lado da disputa pelo comando da área ambiental do
país a Frente Parlamentar Ambientalista procura fechar forças em torno
de Edson Duarte (PV) tem o apoio de ambientalistas, como Alfredo Sirkis,
coordenador do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e diretor do
Centro Brasil no Clima. “Um ministro precisa ter um perfil apropriado. O
que se espera do cargo não é conhecimento científico. Ele tem de saber
articular a favor dos propósitos políticos do meio ambiente e recorrer a
cientistas sempre que precisar", argumenta Sirkis, enquanto o coordenador de políticas públicas do Greenpeace,
Marcio Astrini
lembra que a bancada ruralista representa (mal) somente o interesse do
agronegócio. Astrini, Sirkis e a maioria dos ecologistas e cientistas
brasileiros consideram os parlamentares ruralistas totalmente contrários
e negativos à urgente necessidade de reequilibrar o Meio Ambiente
brasileiro, rumo a um desenvolvimento sustentável em que a economia e a
ecologia tenham o mesmo peso no planejamento do Brasil.
Edson Duarte (PV) é o nome indicado para assumir o Ministério do Meio Ambiente...
...ele foi indicado pela Frente Parlamentar Ambientalista...
...porém o projeto da bancada ruralista é outro
Criada
em 1992, a pasta do Meio Ambiente era comumente utilizada como
moeda de troca em composições de governo. Essa fama diminuiu apenas em
1999, na época de Fernando Henrique Cardoso, simpático a questões
ecológicas. De lá para cá parecia que haveria um avanço,
apenas políticos com bandeira ambiental assumiram o posto, como Marina
Silva (2003 a 2008), Carlos Minc (2008 a 2010) e técnica do setor
Izabella Teixeira (2010
a 2016)..Mas agora, com o afastamento do cardo de José Sarney Filho
(PV) para se candidatar a Senador, a bancada ruralista está deixando
claro que quer assumir o comando do Ministério do Meio Ambiente, para
defender melhor os seus próprios interesses...Cada vez mais, como
estratégia de poder, o grupo ruralista
tenta tomar os espaços em que a pauta do ambiente é discutida. A
influência ruralista sobre o governo é tamanha que, no ano passado,
quase entregou a mineradores a Renca (Reserva Nacional de Cobre e
Associados), no coração da floresta amazônica. Mas a reação de
ambientalistas, produtores culturais, pesquisadores, artistas e comunidade internacional obrigou o presidente Michel Temer
a desistir do decreto que permitiria a exploração de ouro e cobre em
uma região do tamanho da Dinamarca no coração da Amazônia.
Os 130 povos indigenas não se sentem representados pelo Congresso Naciona
l
Agora,
a proximidade das eleições deste ano e o afastamento de Zequinha Sarney
para se candidatar ao Senado pelo Maranhão, voltou a empurrar a
bancada ruralista para a sala do Presidente da República. Acreditam
que a hora de emplacar um ruralista no Meio Ambiente
finalmente chegou. Eliseu Padilha teria avalizado os nomes. Não seria a
primeira vez que o ministro se interessa pela pauta ambiental. Veio de
seu gabinete, por exemplo, a indicação de Christianne Dias para a
presidência da Agência Nacional de Águas, uma atribuição do ministro do
Meio Ambiente. Ele também teria ajudado a redigir a MP 759, que deu
origem à lei 13.465, contestada no STF (Supremo Tribunal
Federal) por
promover “a privatização em massa e uma verdadeira liquidação dos bens
comuns, impactando terras públicas, florestas, águas e ilhas federais na
Amazônia e Zona Costeira Brasileira”.Agora, os nomes indicados pela
bancada ruralista para se apossar do Meio Ambiente são dois, um para ocupar o ministério deste setor e outro para administrar o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis), desejo antigo dos ruralistas. É o
instituto quem faz as operações de campo, multa, embarga e controla toda
a fiscalização ambiental no país. Maurício Lopes, agrônomo da Embrapa
é o favorito para os políticos ruralistas para ser o comandante
nacional do Ambiente, sendo um dos seus assessores mais diretos,
Evaristo Miranda, coordenador do Grupo de Inteligência Territorial Estratégica da
Embrapa, o aliado dos agronegociantes para ocupar o Ibama, levando
ao ápice o potencial dos ruralistas e dos lobbies que defendem o
"desenvolvimento a qualquer preço" a comandarem estes dois postos chaves
e avançados da luta socioambientalista. Parece um absurdo total, mas
isso está acontecendo agora no Brasil 2018. "O movimento de cidadania,
ambientalistas, cientistas e jovens deveriam sair às ruas tipo num bloco
de carnaval para denunciar esta trama que sinaliza o caos do clima, das
águas, de todo o ambiente, como também da mínima ética que deveria
existir na nação", comenta por aqui o editor deste blog que já passa de
600 mil visualizações (medições Google), o repórter de ecologia, Antônio
de Pádua Silva Padinha: "Sou uma voz clamando no deserto que se anuncia
na última natureza do Brasil, nas mãos ou nas contas dos políticos
ruralistas, nem precisa ser profeta para advinhar o que acontecerá nesse
país neste rumo", diz Padinha.
Congresso Nacional de maioria ruralista define o Brasil de hoje
Site da Alemanha confirma esta conspiração e alerta opinião pública
Não
são apenas os ecologistas e os cientistas que estão alertando sobre
este absurdo total, mais um no Brasil: o respeitado portal de notícias Deutsche Welle
entrevistou agora o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária,
Nilson Leitão (que chegou a defender o plantio de soja e a exploração
mineral em terras indígenas). Esta frente é uma das maiores e mais
poderosas bancadas no Congresso Nacional atualmente, contando hoje com
211 deputados. Leitão, do Mato Grosso, comentou no DW que,
era enaltecido pelo Governo quando
o assunto era produção agropecuária e desprezado quando a pauta era
ambiental, tentando assim justificar o apetite dos ruralisitas para
comandar o Ministério do Meio Ambiente. Ele é um técnico em
contabilidade e argumenta na matéria que organizações não governamentais
(ONGs) são mentirosas e
condena método de demarcação de terras indígenas feito pela Funai. Leitão repete que o
Brasil é o país com a legislação
ambiental mais rígida do mundo. E tem uma interferência internacional
enorme
para continuar com essa rigidez. Esta situação, para ele é que está
criando o caos e a insegurança no campo, deixando a entender que os
ruralistas é quem devem tomar as decisões sobre o que fazer ou não fazer
no Meio Ambiente do Brasil. Está bom assim ou você quer mais violência
verbal? O que falta para o Brasil assumir a liderança mundial da
destruição da ecologia?
Nilson Leitão preside a bancada ruralista e confirma projeto de neutralizar o MMA
"Esta situação do meio ambiente pode ser vista como até mais triste e absurda do que líderes políticos se corrompendo no Brasil": comentário de José Ribamar dos Santos, de São Paulo, executivo, que diz acompanhar sempre as matérias do site DW, "a mídia brasileira em geral é omissa".
"Na Embrapa, pesquisadores criticam veladamente os dois agrônomos ligados aos ruralistas por falta de diálogo nas decisões deles e as declarações políticas e públicas deles causaram estragos e mal estar entre técnicos e pesquisadores": comentário extraído de trecho da matéria do site Amazônia.
"Um técnico da Embrapa, com muitos anos de pesquisas, Zander Navarro foi demitido em janeiro por publicar um artigo no jornal “O Estado de S. Paulo”. No texto, ele critica a “escassa aplicabilidade” das pesquisas dessa instituição e lança a seguinte pergunta: “Como justificar que uma gigantesca e cara empresa pública trabalhe cada vez mais e quase exclusivamente para os ricos segmentos do empresariado rural?”
Para a líder da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), Miranda e Lopes “são ótimos nomes”. “Independentemente de quem for, o mais importante é que o novo ministro entenda e trabalhe as pautas do agronegócio...”
"Nenhum dos dois tem o perfil exigido para a função da Embrapa que assim como o país, precisa mudar e avançar mais": comentário de Alfredo Sirkis, do Centro Brasil do Clima.
"Esta situação do meio ambiente pode ser vista como até mais triste e absurda do que líderes políticos se corrompendo no Brasil": comentário de José Ribamar dos Santos, de São Paulo, executivo, que diz acompanhar sempre as matérias do site DW, "a mídia brasileira em geral é omissa".
ResponderExcluir"Na Embrapa, pesquisadores criticam veladamente os dois agrônomos ligados aos ruralistas por falta de diálogo nas decisões deles e as declarações políticas e públicas deles causaram estragos e mal estar entre técnicos e pesquisadores": comentário extraído de trecho da matéria do site Amazônia.
ResponderExcluir"Um técnico da Embrapa, com muitos anos de pesquisas, Zander Navarro foi demitido em janeiro por publicar um artigo no jornal “O Estado de S. Paulo”. No texto, ele critica a “escassa aplicabilidade” das pesquisas dessa instituição e lança a seguinte pergunta: “Como justificar que uma gigantesca e cara empresa pública trabalhe cada vez mais e quase exclusivamente para os ricos segmentos do empresariado rural?”
ResponderExcluirPara a líder da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), Miranda e Lopes “são ótimos nomes”. “Independentemente de quem for, o mais importante é que o novo ministro entenda e trabalhe as pautas do agronegócio...”
ResponderExcluir"Nenhum dos dois tem o perfil exigido para a função da Embrapa que assim como o país, precisa mudar e avançar mais": comentário de Alfredo Sirkis, do Centro Brasil do Clima.
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