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sexta-feira, 6 de abril de 2018

É O QUE FALTAVA PARA DESMORALIZAR O BRASIL NO MUNDO NESSE MOMENTO EM QUE A ECOLOGIA TEM ATÉ MAIOR IMPORTÂNCIA QUE A ECONOMIA QUANDO SE BUSCA UM EQUILÍBRIO SUSTENTÁVEL


Ruralistas querem se apossar do Ministério do Meio Ambiente é a notícia mais absurda deste fim de semana em Brasília em clima de fim de feira ou fim de mundo



Site da Amazônia revela a pior notícia destes dias:ruralistas querem se apossar do Ministério do Meio Ambiente


Por e-mail chegou ao nosso blog a informação do site amazonia.org.br alertando sobre este fato que parece ficção de filme de horror mas é a realidade do dia a dia na política brasileira de agora. Por sua vez, o principal portal de notícias da Alemanha Deustche Welle confirma esta articulação, entrevistando o presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, uma das maiores e mais poderosas bancadas do atual Congresso Nacional do Brasil. Do outro lado da disputa pelo comando da área ambiental do país a Frente Parlamentar Ambientalista procura fechar forças em torno de Edson Duarte (PV) tem o apoio de ambientalistas, como Alfredo Sirkis, coordenador do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e diretor do Centro Brasil no Clima. “Um ministro precisa ter um perfil apropriado. O que se espera do cargo não é conhecimento científico. Ele tem de saber articular a favor dos propósitos políticos do meio ambiente e recorrer a cientistas sempre que precisar", argumenta Sirkis, enquanto o coordenador de políticas públicas do Greenpeace, Marcio Astrini lembra que a bancada ruralista representa (mal) somente o interesse do agronegócio. Astrini, Sirkis e a maioria dos ecologistas e cientistas brasileiros consideram os parlamentares ruralistas totalmente contrários e negativos à urgente necessidade de reequilibrar o Meio Ambiente brasileiro, rumo a um desenvolvimento sustentável em que a economia e a ecologia tenham o mesmo peso no planejamento do Brasil. 
Edson Duarte (PV) é o nome indicado para assumir o Ministério do Meio Ambiente...
...ele foi indicado pela Frente Parlamentar Ambientalista...
...porém o projeto da bancada ruralista é outro

Criada em 1992, a pasta do Meio Ambiente era comumente utilizada como moeda de troca em composições de governo. Essa fama diminuiu apenas em 1999, na época de Fernando Henrique Cardoso, simpático a questões ecológicas. De lá para cá parecia que haveria um avanço, apenas políticos com bandeira ambiental assumiram o posto, como Marina Silva (2003 a 2008), Carlos Minc (2008 a 2010) e técnica do setor Izabella Teixeira (2010 a 2016)..Mas agora, com o afastamento do cardo de José Sarney Filho (PV) para se candidatar a Senador, a bancada ruralista está deixando claro que quer assumir o comando do Ministério do Meio Ambiente, para defender melhor os seus próprios interesses...Cada vez mais, como estratégia de poder, o grupo ruralista tenta tomar os espaços em que a pauta do ambiente é discutida. A influência ruralista sobre o governo é tamanha que, no ano passado, quase entregou a mineradores a Renca (Reserva Nacional de Cobre e Associados), no coração da floresta amazônica. Mas a reação de ambientalistas, produtores culturais, pesquisadores, artistas e comunidade internacional obrigou o presidente Michel Temer a desistir do decreto que permitiria a exploração de ouro e cobre em uma região do tamanho da Dinamarca no coração da Amazônia.

 Os 130 povos indigenas não se sentem representados pelo Congresso Nacional


Agora, a proximidade das eleições deste ano e o afastamento de Zequinha Sarney para se candidatar ao Senado pelo Maranhão, voltou a empurrar a bancada ruralista para a sala do  Presidente da República. Acreditam que a hora de emplacar um ruralista no Meio Ambiente finalmente chegou. Eliseu Padilha teria avalizado os nomes. Não seria a primeira vez que o ministro se interessa pela pauta ambiental. Veio de seu gabinete, por exemplo, a indicação de Christianne Dias para a presidência da Agência Nacional de Águas, uma atribuição do ministro do Meio Ambiente. Ele também teria ajudado a redigir a MP 759, que deu origem à lei 13.465, contestada no STF (Supremo Tribunal Federal) por promover “a privatização em massa e uma verdadeira liquidação dos bens comuns, impactando terras públicas, florestas, águas e ilhas federais na Amazônia e Zona Costeira Brasileira”.Agora, os nomes indicados pela bancada ruralista para se apossar do Meio Ambiente são dois, um para ocupar o ministério deste setor e outro para administrar o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), desejo antigo dos ruralistas. É o instituto quem faz as operações de campo, multa, embarga e controla toda a fiscalização ambiental no país. Maurício Lopes, agrônomo da Embrapa é o favorito para os políticos ruralistas para ser o comandante nacional do Ambiente, sendo um dos seus assessores mais diretos, Evaristo Miranda, coordenador do Grupo de Inteligência Territorial Estratégica da Embrapa, o  aliado dos agronegociantes para ocupar o Ibama, levando ao ápice o potencial dos ruralistas e dos lobbies que defendem o "desenvolvimento a qualquer preço" a comandarem estes dois postos chaves e avançados da luta socioambientalista. Parece um absurdo total, mas isso está acontecendo agora no Brasil 2018. "O movimento de cidadania, ambientalistas, cientistas e jovens deveriam sair às ruas tipo num bloco de carnaval para denunciar esta trama que sinaliza o caos do clima, das águas, de todo o ambiente, como também da mínima ética que deveria existir na nação", comenta por aqui o editor deste blog que já passa de 600 mil visualizações (medições Google), o repórter de ecologia, Antônio de Pádua Silva Padinha: "Sou uma voz clamando no deserto que se anuncia na última natureza do Brasil, nas mãos ou nas contas dos políticos ruralistas, nem precisa ser profeta para advinhar o que acontecerá nesse país neste rumo", diz Padinha.

Congresso Nacional de maioria ruralista define o Brasil de hoje



Site da Alemanha confirma esta conspiração e alerta opinião pública


Não são apenas os ecologistas e os cientistas que estão alertando sobre este absurdo total, mais um no Brasil: o respeitado portal de notícias Deutsche Welle entrevistou agora o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Nilson Leitão (que chegou a defender o plantio de soja e a exploração mineral em terras indígenas). Esta frente é uma das maiores e mais poderosas bancadas no Congresso Nacional atualmente, contando hoje com 211 deputados. Leitão, do Mato Grosso, comentou no DW que, era enaltecido pelo Governo quando o assunto era produção agropecuária e desprezado quando a pauta era ambiental, tentando assim justificar o apetite dos ruralisitas para comandar o Ministério do Meio Ambiente. Ele é um técnico em contabilidade e argumenta na matéria que organizações não governamentais (ONGs) são mentirosas e condena método de demarcação de terras indígenas feito pela Funai. Leitão repete que o Brasil é o país com a legislação ambiental mais rígida do mundo. E tem uma interferência internacional enorme para continuar com essa rigidez. Esta situação, para ele é que está criando o caos e a insegurança no campo, deixando a entender que os ruralistas é quem devem tomar as decisões sobre o que fazer ou não fazer no Meio Ambiente do Brasil. Está bom assim ou você quer mais violência verbal? O que falta para o Brasil assumir a liderança mundial da destruição da ecologia? 

Nilson Leitão preside a bancada ruralista e confirma projeto de neutralizar o MMA

Fontes: www.amazonia.org.br
              www.dw.com.br
              folhaverdenews.blogspot.com

5 comentários:

  1. "Esta situação do meio ambiente pode ser vista como até mais triste e absurda do que líderes políticos se corrompendo no Brasil": comentário de José Ribamar dos Santos, de São Paulo, executivo, que diz acompanhar sempre as matérias do site DW, "a mídia brasileira em geral é omissa".

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  2. "Na Embrapa, pesquisadores criticam veladamente os dois agrônomos ligados aos ruralistas por falta de diálogo nas decisões deles e as declarações políticas e públicas deles causaram estragos e mal estar entre técnicos e pesquisadores": comentário extraído de trecho da matéria do site Amazônia.

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  3. "Um técnico da Embrapa, com muitos anos de pesquisas, Zander Navarro foi demitido em janeiro por publicar um artigo no jornal “O Estado de S. Paulo”. No texto, ele critica a “escassa aplicabilidade” das pesquisas dessa instituição e lança a seguinte pergunta: “Como justificar que uma gigantesca e cara empresa pública trabalhe cada vez mais e quase exclusivamente para os ricos segmentos do empresariado rural?”

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  4. Para a líder da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), Miranda e Lopes “são ótimos nomes”. “Independentemente de quem for, o mais importante é que o novo ministro entenda e trabalhe as pautas do agronegócio...”

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  5. "Nenhum dos dois tem o perfil exigido para a função da Embrapa que assim como o país, precisa mudar e avançar mais": comentário de Alfredo Sirkis, do Centro Brasil do Clima.

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