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quarta-feira, 28 de março de 2018

É PROBLEMA TAMBÉM POR AQUI 11 MILHÕES DE JOVENS QUE HOJE NÃO ESTUDAM NEM TRABALHAM E SÃO 1/4 DE TODA A POPULAÇÃO DO BRASIL SEGUNDO PESQUISOU AGORA O BANCO MUNDIAL


A pesquisadora alemã Miriam Müller  diz que a culpa não é dos jovens que não estudam e não trabalham: algo urgente precisa ser feito para mudar esta situação porque a atual geração nem nem só aumenta
 

  23% dos jovens brasileiros abandonam os estudos e não trabalham


A gente recebeu e-mail da ONU Brasil aqui no nosso blog da ecologia e da cidadania, e depois reafirmamos todos os dados acessando o site nacional de assuntos socioambientais EcoDebate: apresentamos aqui a seguir um resumo deste estudo feito agora pelo Banco Mundial sobre esta parcela da juventude que está desempregada mas não se prepara para competir no mercado de trabalho, ausentes dos estudos regulares e sem ânimo para ir à luta. No Brasil, 11 milhões de pessoas, quase um quarto da população que tem entre 15 e 29 anos, realmente não estudam nem trabalham. "A força de trabalho está ficando cada vez mais velha e começará a diminuir em 2035, estes números então são muito preocupantes", comentou a cientista social brasileira Ana Luíza Machado que esteva lado a lado com a pesquisadora alemã Miriam Müller neste trabalho de muito valor.  

 
A cientista social alemã Miriam Müller coordenou o estudo do...


...Banco Mundial que tem dados também sobre o drama da mulher neste perfil


Para mais informações sobre jovens que não estudam nem trabalham, os pesquisadores do Banco Mundial fizeram 77 entrevistas qualitativas com jovens pernambucanos de 18 a 25 anos, moradores tanto de zonas urbanas quanto das rurais em busca dum espelho do que acontece em todo o país. O resultado é o estudo "Se já é difícil imagina para mim" que está sendo lançado agora neste fim de março pelo Banco Mundial. A coordenadora de toda esta pesquisa, Miriam Müller, profissional da Alemanha, "é preciso desconstruir o termo nem-nem, que não reflete as muitas diferenças entre esses jovens e joga sobre eles um estigma enorme, que seja a ser monstruoso ou devastador na vida de parte da juventude brasileira atual". 


Já há no país e na América Latina um estigma que marca...

...os caras da geração nem nem: isso precisa mudar também


“A culpa não é dos jovens", argumenta ainda Miriam Müller. O estudo mostra que algumas condições relacionadas à pobreza e ao gênero produzem um conjunto de barreiras difíceis de serem superadas. Algumas limitações prejudicam sobretudo as mulheres, que se veem afetadas na capacidade de imaginar o futuro, perseverar e ter resiliência”, avalia a cientista social alemã. Este fenômeno dos jovens fora da escola e do mercado de trabalho também  não é uma exclusividade brasileira, o documento lembra que este drama abrange toda a  América Latina e o Caribe, com consequências desafiadoras para os governos e para a população desta região do planeta. Trabalhos anteriores feitos nesta região sugerem, por exemplo, que o problema pode ameaçar toda produtividade e o crescimento econômico a longo prazo. Além disso, como 66% dos nem-nens são mulheres na América Latina, "este fato pode contribuir para até uma transmissão intergeracional da desigualdade de gênero". 



Miriam Müller registra o sufoco de jovens que não estudam nem trabalham



Os jovens brasileiros considerados nem-nens ou definidos como “desengajados” na sua maior parte teriam diversas razões para passarem por esta situação. A primeira delas é o que a pesquisa chama de barreiras à motivação interna, ou seja, uma falta de aspiração ou predisposição para voltar aos estudos ou ao trabalho. Nesse perfil dramático se encontram  principalmente as mulheres casadas e com filhos pequenos, vivendo sob normas sociais que reforçam seu papel de cuidadoras e restringem suas oportunidades econômicas no mercado de trabalho. Num segundo grupo, estão aqueles que expressaram motivação para voltar a trabalhar ou estudar, mas não tomaram uma providência ou porque faltam algumas  ferramentas necessárias para realizar essa aspiração ou não têm resposta de empresas ao envio de currículos. Por exemplo, ambora muitos dos entrevistados tenham se inscrito no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou enviado currículos, não conseguiram ter uma sequência nesse caminho. E há também carência de informações sobre este caminho. 

Um aumento de informações e de acesso a elas pode ajudar a mudar




O estudo do Banco Mundial conta a história de jovens que, embora tenham se esforçado para estudar ou trabalhar, desistiram por causa de barreiras externas. Entre elas, estão os desafios de conciliar emprego e sala de aula, poucos recursos financeiros ou qualificação, falta de transporte público seguro para se locomover entre uma atividade e outra ou a crise econômica do país. As jovens que já são mães ainda relataram uma discriminação extra que sofreram por parte de potenciais fontes empregadoras. 


(As alternativas de solução indicadas pela cientista social Miriam Müller incluem até novas saídas, como maior acesso a informações de como mudar de vida bem como programas de apoio governamental para os jovens superarem as dificuldades, confira na seção de comentários aqui do nosso blog outros detalhes mais, também mensagens e opiniões)





 Fontes: ONU Brasil - EcoDebate - Banco Mundial

              folhaverdenews.blogspot.com

8 comentários:

  1. "A culpa não é dos jovens. O estudo mostra que algumas condições relacionadas à pobreza e ao gênero produzem um conjunto de barreiras difíceis de superar": comentário da cientista social alemã
    Miriam Müller, autora do relatório para o Banco Mundial.

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  2. Segundo matérias da ONU Brasil e do site Eco Dabate,depois de ouvir esses jovens, suas frustrações e necessidades, a equipe de pesquisadoras fez uma série de recomendações de políticas públicas para fortalecer a capacidade dos jovens de aspirarem a objetivos, criar e levar adiante seus projetos de vida. É insuficiente aumentar a oferta de cursos técnicos com o objetivo de viabilizar a participação dos jovens no mercado de trabalho se isso não estiver associado a intervenções que:

    Facilitem o acesso a informações sobre oportunidades e como elas podem concretamente mudar suas vidas;

    Incutam um sentimento de pertencimento e preparação entre os jovens que sentem que as oportunidades disponíveis não são para eles;

    Ofereçam programas de apoio ou de mentoria para ajudar esses jovens a lidar com as dificuldades associadas ao cumprimento de objetivos.

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  3. "O estudo do Banco Mundial propõe intervenções específicas para as áreas rurais, onde a divisão do trabalho ainda se baseia muito no gênero. No campo, ainda é preciso conscientizar sobre possibilidades de trabalho além da agricultura e conectar os jovens a oportunidades, garantindo mobilidade a preços acessíveis entre a zona rural e os centros urbanos.Tudo isso pode fazer a diferença para os futuros integrantes da força de trabalho do país, donos de um potencial que o país não pode mais desperdiçar": comentário extraído do estudo feito para o Banco Mundial


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  4. "Pela primeira vez, uma pesquisa do Banco Mundial mostrou o que leva mais de 23% dos jovens brasileiros, de 15 a 29 anos, a abandonar a escola e o trabalho. No Brasil, 23,5% dos jovens entre 15 e 29 anos nem estudam e nem trabalham": comentário sobre a pesquisa no site OSul.

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  5. Logo mais, aqui nesta seção, outros comentários e informações que ajudam a debater a geração chamada nem-nem. Você pode aqui direto a sua opinião ou se precisar envie uma mensagem com este conteúdo para o e-mail da redação do nosso blog de ecologia e de cidadania: navepad@netsite.com.br

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  6. Você pode enviar material de informação como vídeos, fotos, charges, diretamente pro e-mail do editor deste blog: padinhafranca603@gmail.com

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  7. "Este estudo foi apresentado no encontro “Juventudes e gênero”, promovido pelo Banco Mundial, juntamente com o Instituto Promundo, a Fundação Roberto Marinho e Canal Futura, no Rio de Janeiro. “Eles não se veem como geradores de renda, sentem-se incapazes. Por isso é importante mostrar modelos positivas de jovens que conseguiram, para mostrar que é possível”, afirmou Miriam Müller, autora do estudo juntamente com a cientista social brasileira com Ana Luiza Machado": comentário de Nestor Ramos, jornalista free-lancer na mídia do Rio e de São paulo, que nos envia material de informação sobre este tema. A gente agradece, abraço e paz aí.

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  8. "Pela primeira vez, uma pesquisa do Banco Mundial mostrou o que leva 23,5 por cento dos jovens brasileiros de 15 a 29 anos a abandonar a escola e o trabalho. Uma perspectiva qualitativa sobre os jovens que nem estudam nem trabalham no Brasil, o estudo lista três barreiras que limitam a ascensão educacional e no trabalho: desmotivação pessoal, principalmente das meninas que são levadas a acreditar que devem ficar apenas no papel de dona de casa e mãe, percepção de incapacidade, apesar de quererem trabalhar ou estudar; e a falta de políticas públicas de transporte e creches além da falta de oportunidades no mercado": comentário que está inserido em matéria nessa pauta no site OSul.

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