A pesquisadora alemã Miriam
Müller
diz que a culpa não é dos jovens que não estudam e não trabalham: algo urgente precisa ser feito para mudar esta situação porque a atual geração
nem nem só aumenta
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23% dos jovens brasileiros abandonam os estudos e não trabalham |
A gente recebeu e-mail da ONU Brasil aqui
no nosso blog da ecologia e da cidadania, e depois reafirmamos todos os
dados acessando o site nacional de assuntos socioambientais EcoDebate: apresentamos
aqui a seguir um resumo deste estudo feito agora pelo Banco Mundial
sobre esta parcela da juventude que está desempregada mas não se prepara
para competir no mercado de trabalho, ausentes dos estudos regulares e
sem ânimo para ir à luta. No
Brasil, 11 milhões de pessoas, quase um quarto da população que tem
entre 15 e 29
anos, realmente não estudam nem trabalham. "A força de trabalho está
ficando cada vez mais velha e começará a diminuir
em 2035, estes números então são muito preocupantes", comentou a cientista social brasileira Ana Luíza Machado que esteva lado a lado com a pesquisadora alemã Miriam Müller neste trabalho de muito valor.
Para mais informações sobre jovens que não estudam nem trabalham, os pesquisadores do Banco
Mundial fizeram 77 entrevistas qualitativas com jovens pernambucanos
de 18 a 25 anos, moradores tanto de zonas urbanas quanto das rurais em
busca dum espelho do que acontece em todo o país. O
resultado é o estudo "Se já é difícil imagina para mim" que está sendo
lançado agora neste fim de março pelo Banco Mundial. A coordenadora de
toda esta pesquisa, Miriam Müller, profissional da Alemanha, "é preciso
desconstruir o termo nem-nem, que não
reflete as muitas diferenças entre esses jovens e joga sobre eles um
estigma enorme, que seja a ser monstruoso ou devastador na vida de parte
da juventude brasileira atual".
“A culpa
não é dos jovens", argumenta ainda Miriam Müller. O estudo mostra que algumas condições relacionadas à pobreza
e ao gênero produzem um conjunto de barreiras difíceis de serem superadas. Algumas
limitações prejudicam sobretudo as mulheres, que se veem afetadas na capacidade
de imaginar o futuro, perseverar e ter resiliência”, avalia a cientista
social alemã. Este
fenômeno dos jovens fora da escola e do mercado de trabalho também não é uma exclusividade
brasileira, o documento lembra que este drama abrange toda a América Latina e o Caribe,
com consequências desafiadoras para os governos e para a população desta região do planeta. Trabalhos
anteriores feitos nesta região sugerem, por exemplo, que o problema pode ameaçar toda
produtividade e o crescimento econômico a longo prazo. Além disso, como 66% dos
nem-nens são mulheres na América Latina, "este fato pode
contribuir para até uma transmissão intergeracional da desigualdade de gênero".
Os jovens
brasileiros considerados nem-nens ou definidos como
“desengajados” na sua maior parte teriam diversas razões para passarem
por esta situação. A primeira delas é o que a pesquisa chama de
barreiras à
motivação interna, ou seja, uma falta de aspiração ou predisposição para
voltar aos
estudos ou ao trabalho. Nesse
perfil dramático se encontram principalmente as mulheres casadas e com
filhos pequenos,
vivendo sob normas sociais que reforçam seu papel de cuidadoras e
restringem
suas oportunidades econômicas no mercado de trabalho. Num
segundo grupo, estão aqueles que expressaram motivação para voltar a
trabalhar
ou estudar, mas não tomaram uma providência ou porque faltam algumas
ferramentas
necessárias para realizar essa aspiração ou não têm resposta de empresas
ao envio de currículos. Por exemplo, ambora muitos dos entrevistados
tenham
se inscrito no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou enviado
currículos, não conseguiram ter uma sequência nesse caminho. E há também
carência de informações sobre este caminho.
O estudo do Banco Mundial conta a história de jovens que, embora tenham se esforçado
para estudar ou trabalhar, desistiram por causa de barreiras externas. Entre
elas, estão os desafios de conciliar emprego e sala de aula, poucos recursos
financeiros ou qualificação, falta de transporte público seguro para se
locomover entre uma atividade e outra ou a crise econômica do país. As jovens que já
são mães ainda relataram uma discriminação extra que sofreram por parte de potenciais fontes empregadoras.
(As alternativas de solução indicadas pela cientista social Miriam Müller
incluem até novas saídas, como maior acesso a informações de como mudar
de vida bem como programas de apoio governamental para os jovens
superarem as dificuldades, confira na seção de comentários aqui do nosso blog outros detalhes mais, também mensagens e opiniões)
Fontes: ONU Brasil - EcoDebate - Banco Mundial
folhaverdenews.blogspot.com
"A culpa não é dos jovens. O estudo mostra que algumas condições relacionadas à pobreza e ao gênero produzem um conjunto de barreiras difíceis de superar": comentário da cientista social alemã
ResponderExcluirMiriam Müller, autora do relatório para o Banco Mundial.
Segundo matérias da ONU Brasil e do site Eco Dabate,depois de ouvir esses jovens, suas frustrações e necessidades, a equipe de pesquisadoras fez uma série de recomendações de políticas públicas para fortalecer a capacidade dos jovens de aspirarem a objetivos, criar e levar adiante seus projetos de vida. É insuficiente aumentar a oferta de cursos técnicos com o objetivo de viabilizar a participação dos jovens no mercado de trabalho se isso não estiver associado a intervenções que:
ResponderExcluirFacilitem o acesso a informações sobre oportunidades e como elas podem concretamente mudar suas vidas;
Incutam um sentimento de pertencimento e preparação entre os jovens que sentem que as oportunidades disponíveis não são para eles;
Ofereçam programas de apoio ou de mentoria para ajudar esses jovens a lidar com as dificuldades associadas ao cumprimento de objetivos.
"O estudo do Banco Mundial propõe intervenções específicas para as áreas rurais, onde a divisão do trabalho ainda se baseia muito no gênero. No campo, ainda é preciso conscientizar sobre possibilidades de trabalho além da agricultura e conectar os jovens a oportunidades, garantindo mobilidade a preços acessíveis entre a zona rural e os centros urbanos.Tudo isso pode fazer a diferença para os futuros integrantes da força de trabalho do país, donos de um potencial que o país não pode mais desperdiçar": comentário extraído do estudo feito para o Banco Mundial
ResponderExcluir"Pela primeira vez, uma pesquisa do Banco Mundial mostrou o que leva mais de 23% dos jovens brasileiros, de 15 a 29 anos, a abandonar a escola e o trabalho. No Brasil, 23,5% dos jovens entre 15 e 29 anos nem estudam e nem trabalham": comentário sobre a pesquisa no site OSul.
ResponderExcluirLogo mais, aqui nesta seção, outros comentários e informações que ajudam a debater a geração chamada nem-nem. Você pode aqui direto a sua opinião ou se precisar envie uma mensagem com este conteúdo para o e-mail da redação do nosso blog de ecologia e de cidadania: navepad@netsite.com.br
ResponderExcluirVocê pode enviar material de informação como vídeos, fotos, charges, diretamente pro e-mail do editor deste blog: padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Este estudo foi apresentado no encontro “Juventudes e gênero”, promovido pelo Banco Mundial, juntamente com o Instituto Promundo, a Fundação Roberto Marinho e Canal Futura, no Rio de Janeiro. “Eles não se veem como geradores de renda, sentem-se incapazes. Por isso é importante mostrar modelos positivas de jovens que conseguiram, para mostrar que é possível”, afirmou Miriam Müller, autora do estudo juntamente com a cientista social brasileira com Ana Luiza Machado": comentário de Nestor Ramos, jornalista free-lancer na mídia do Rio e de São paulo, que nos envia material de informação sobre este tema. A gente agradece, abraço e paz aí.
ResponderExcluir"Pela primeira vez, uma pesquisa do Banco Mundial mostrou o que leva 23,5 por cento dos jovens brasileiros de 15 a 29 anos a abandonar a escola e o trabalho. Uma perspectiva qualitativa sobre os jovens que nem estudam nem trabalham no Brasil, o estudo lista três barreiras que limitam a ascensão educacional e no trabalho: desmotivação pessoal, principalmente das meninas que são levadas a acreditar que devem ficar apenas no papel de dona de casa e mãe, percepção de incapacidade, apesar de quererem trabalhar ou estudar; e a falta de políticas públicas de transporte e creches além da falta de oportunidades no mercado": comentário que está inserido em matéria nessa pauta no site OSul.
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