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sábado, 24 de fevereiro de 2018

FIM DA AMAZÔNIA? ESTA CONCLUSÃO DUMA PESQUISA BINACIONAL SURPREENDE O PAÍS E O PLANETA PREOCUPADOS COM A DESTRUIÇÃO DA ECOLOGIA BRASILEIRA

A Amazônia segundo estudo publicado na revista internacional Science Advances está muito ameaçada de virar em breve um bioma mais pobre do que o Cerrado: o desmatamento na região norte do país está atingindo um limite irreversível e o pior está por acontecer já nestes próximos anos o que será um caos para o ciclo das águas e das chuvas desequilibrando todo o Brasil e toda a América do Sul

 A tragédia da Amazônia virando savana já começou a acontecer


Não dá mais para se esperar nem o ano que vem, é agora ou nunca, o desmatamento da Amazônia está prestes a atingir um determinado limite a partir do qual regiões da floresta tropical podem passar por mudanças irreversíveis, em que também suas paisagens podem se tornar semelhantes às de Cerrado, mas mais degradadas ainda, com vegetação rala e esparsa e baixa biodiversidade. O alerta foi feito em um editorial publicado agora na revista Science Advances. O artigo é assinado por Thomas Lovejoy, professor da George Mason University, nos Estados Unidos, lado a lado com Carlos Nobre, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas, um dos institutos apoiados pela FAPESP que tem parceria também com o CNPq, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Carlos Nobre se consagrou como pesquisador  do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), hoje se aposentou desta função porém foi vital nesta pesquisa avançada, segundo comentou o  americano Thomaz Lovejoy que esclareceu: "O sistema amazônico está prestes a atingir um ponto de inflexão”. Este ponto pode atualmente ser atingido caso o desmatamento arrase entre 20 e 25% da floresta original na Amazônia. A destruição florestal já passou dos 19% e está crescente. Siga as informações detalhadas desta pesquisa superimportante para o Brasil. 

Este é o ponto de inflexão, o sinal pro fim da Amazônia




Elton Alisson nos  passa esta informação via o site JB que reproduz a pesquisa da Fapesp que numa palavra é aterrorizante para todos os que amam a ecologia da nossa natureza, que está na UTI , o Brasil, assim como a saúde pública e a ética na política. De acordo com os pesquisadores, desde a década de 1970, quando os primeiros estudos foram realizados pelo professor Eneas Salati, vem sendo demonstrado que a Amazônia está sofrendo um apocalípse. Ela gera aproximadamente metade de suas próprias chuvas, e se levantando a questão de qual seria o nível de desmatamento e destruição da biodiversidade a partir do qual o ciclo hidrológico amazônico se degradaria ao ponto de não poder apoiar mais a existência dos ecossistemas da floresta tropical. Os primeiros modelos elaborados para responder a essa questão mostraram que a situação limite ou o chamado ponto de inflexão seria atingido quando o desmatamento da floresta original amazônica atingisse 40%. Nesse cenário, todas as regiões Central, Sul e Leste da Amazônia passariam a registrar menos chuvas e ter secas mais longas. Além disso, a vegetação das regiões mais ao Sul e  ao Leste poderiam se tornar semelhantes à de savanas, algo que os ecologistas e os índios já vêm alertando com base nas primeiras pesquisas de mais de 40 anos atrás. Mas agora nas últimas décadas, outros fatores além do desmatamento começaram a impactar mais o ciclo hidrológico amazônico, como as mudanças climáticas e o uso indiscriminado do fogo por agropecuaristas durante períodos secos (com o objetivo de eliminar árvores derrubadas e limpar áreas para transformá-las em lavouras ou pastagens, em mais um crime ambiental de gravidade e impune).  A combinação desses três fatores agora indica que o novo ponto de inflexão a partir do qual ecossistemas na Amazônia oriental, Sul e Central podem deixar de ser floresta será atingido quando o desmatamento alcançar entre 20% e 25% da floresta original, ressaltam os pesquisadores. Os cálculos mais otimistas é que o caos amazônico já atingiu 19%. Estamos surpreendentemente à beira do fim da Amazônia como nossos pais a conheceram e como nossos netos jamais saberão como foi...A intensidade e a violência do desmatamento e da destruição estão acabando com o bioma Amazônia já nestes anos. 


O brasileiro Carlos Nobre fez estes estudos com  o americano Thomas Lovejoy



O cálculo é derivado de um estudo realizado pelo histórico cientistas Carlos Nobre (INPE) e outros pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e da Universidade de Brasília (UnB), publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences: "Apesar de não sabermos o ponto de inflexão exato, estimamos que a Amazônia está muito próxima de atingir esse limite que será irreversível, a Amazônia já tem 20% de área desmatada, equivalente a 1 milhão de quilômetros quadrados, ainda que 15% dessa área [150 mil km2] esteja em processo de recuperação”, concluíram Thomas Lovejoy, professor da George Mason University, nos Estados Unidos e a equipe de pesquisadores liderada por Carlos Nobre. A pergunta que fazemos às nossas autoridades ambientais do governo ou desgoverno é: precisa mais para se tomar medidas radicais capazes de reverter o fim da Amazônia, uma das maiores riquezas do Brasil?

Cientistas concluem que já atingimos o ponto de inflexão para a tragédia
Thomas Lovejoy acredita que mudança radical ainda salva a Amazônia


(Confira a seguir nossa seção de comentários aqui neste blog com m ais detalhes desta trágica realidade do país agora)



Desmatamento e desgoverno vencendo a poderosa floresta Amazônica
A principal floresta do Brasil chegou agora a uma situação limite



Fontes: Fapesp - JB
              folhaverdenews.blogspot.com

8 comentários:

  1. "Segundo os pesquisadores, todas as megassecas registradas na Amazônia em 2005, 2010 e entre 2015 e 2016, foram os primeiros indícios de que esse ponto de inflexão está próximo de ser atingido": comentário de Carlos Carlos Nobre (INPE) que fez estes estudos junto com o cientista americano Thomas Lovejoy.


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  2. "Eventos como as grandes secas juntamente com as inundações severas na região em 2009, 2012 e 2014, sugerem que todo o sistema amazônico está oscilando. A ação humana e falta de gestão potencializam essas perturbações que temos observados no ciclo hidrológico da Amazônia”: comentário de Thomas Lovejoy, professor da George Mason University, nos Estados Unidos, coordenador dos estudos lado a lado com Carlos Nobre, que é do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas no Brasil.



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  3. “Se não tivesse atividade humana na Amazônia, uma megasseca causaria a perda de um determinado número de árvores, que voltariam a crescer em um ano que chove muito e, dessa forma, a floresta atingiria o equilíbrio. Mas quando se tem uma megasseca combinada com o uso generalizado do fogo, a capacidade de regeneração da floresta diminui": comentário de um dos jovens pesquisadores que participaram dos estudos in loco ao site de notícias JB (Jornal do Brasil do Rio de Janeiro).


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  4. "A fim de evitar que a Amazônia atinja um limite irreversível, os pesquisadores sugerem a necessidade de não apenar controlar o desmatamento da região, mas também construir uma margem de segurança ao reduzir a área desmatada para menos de 20%. Enfim, uma gestão ambiental governamental na Amazônia é urgente": comentário extraído do sumário da pesquisa da Fapesp.



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  5. "Será preciso zerar o desmatamento na Amazônia e o Brasil cumprir o compromisso assumido no Acordo Climático de Paris, em 2015, de reflorestar 12 milhões de hectares de áreas desmatadas no país, das quais 50 mil km2 são da Amazônia": comentário do cientista Carlos Nobre em encontro com ativistas do Greenpeace.



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  6. Você pode por aqui sua informação ou comentário mas se preferir envie sua mensagem para o e-mail da nossa redação navepad@netsite.com.br como também você pode enviar material como vídeos, fotos, mapas diretamente pro e-mail do nosso editor de conteúdo deste blog, mande então para padinhafranca603@gmail.com


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  7. “Se for zerado o desmatamento na Amazônia e o Brasil cumprir seu compromisso de reflorestamento, em 2030 as áreas totalmente desmatadas na Amazônia estariam em torno de 16% a 17%, mesmo assim uma situação crítica demais porque o desmatamento total pode chegar no máximo entre 20 a 25% para se evitar o fim do bioma Amazônia": comentário de José Jorge, engenheiro ambiental pela Unesp, que já fez estudos sobre recuperação de áreas desmatadas no Cerrado e na Amazônia.

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  8. O editorial Amazon tipping point (doi: 10.1126/sciadv.aat2340), assinado por Thomas Lovejoy e Carlos Nobre, pode ser lido na revista Science Advances em http://advances.sciencemag.org/content/4/2/eaat2340.

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