Superimportante esclarecer mitos e verdades sobre a febre amarela no Brasil: a gente consultou especialistas em regiões mais afetadas pelo surto como Mairiporã, Sorocaba e Campinas no interior paulista e você pode conferir as informações aqui no blog da gente agora
Macacos não são a causa e sim os mosquitos que proliferam |
Macacos têm sido apontados até como responsáveis pela propagação
da doença, circula em redes de whatzapps um áudio em tom cômico em que uma
brasileira pede imunização contra “a febre do macaco” e argumenta que os
primatas deveriam ser tratados. Na região de Belo Horizonte, macacos chegaram a ser mortos por pessoas mal informadas. Na verdade, estes animais são maiores
vítimas dos mosquitos transmissores, já que são os primeiros a serem
infectados pela doença. Enfim, o foco do problema são os mosquitos e não os macacos, alerta o portal Z1, que ouviu infectologistas e também pesquisadores ligados a institutos e laboratórios como o Vital Brasil: à medida que os casos de febre amarela se expandem pelo Brasil, mais aumentam as dúvidas em torno
desta doença que na verdade é transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes
(no caso da febre amarela silvestre ou rural) e Aedes Aegypti (para a
febre amarela urbana). "O macaco funciona para a febre amarela como
funciona a sirene de alarme nas comunidades que apresentam risco de
desabamentos em razão de fortes chuvas. Se as sirenes soam nestas
comunidades, é porque o risco é grande. A situação é similar: se há
macacos mortos em determinadas regiões, eles são sinais claros de que
foram contaminados pela febre amarela silvestre. Logo, o macaco não é
transmissor da doença e sim, vítima. Os vetores desta doença são sempre
os mosquitos (no caso da febre amarela silvestre, os mosquitos
Haemagogus e Sabethes, e no caso da febre amarela urbana, o Aedes
Aegypti). Os mosquitos contaminam os macacos por serem alvos mais fáceis
do que os primatas humanos já que gostam de ficar no alto das árvores”, informam em resumo os especialistas. A Saúde Pública daqui e de todo lugar deveria não só vacinar em massa as pessoas mas também combater a proliferação de mosquitos no meio rural e urbano.
Para avançar esta informação, o infectologista
Edimilson Migowski, diretor-presidente do Instituto Vital Brazil
esclareceu diversas questões relacionadas à doença causadora de índices
preocupantes de letalidade (mortes) devido a casos desta febre, que em algumas regiões virou surto. Migowski considera que o momento atual é grave e pede vacinação
imediata por todas as regiões com maior ou menor incidência do problema, O infectologista argumenta que a imunização é segura e causa,
no máximo, reações não esperadas para quem tem mais de 59 anos de idade: "Quando tomada pela primeira vez, a vacina pode provocar mais efeitos adversos, até de maior gravidade, quando se
compara às pessoas com menos de 60 anos. Mas não chega a ser um risco
que torne proibitiva a vacinação em pessoas com mais idosas.
Portanto, aconselho a vacinação também para esta faixa etária”.
Dúvidas também existem em relação às gestantes. Para o
infectologista, as circunstâncias em que as grávidas se encontram
determinarão a necessidade da imunização: segundo especialistas, se ela vive em área de risco, as chances da grávida adoecer de febre amarela pode ser muito grande. Normalmente se evita vacinar a gestante nos três
primeiros meses de gravidez (em que o risco de aborto espontâneo é
grande mesmo sem relação com a vacina) mas, se a situação for de elevado
risco e esta gestante não apresentar alergia, ela pode e deve ser
vacinada também. A vacina só deve ser evitada em mulheres
amamentando crianças com menos de 6 meses, bebês abaixo desta idade,
pessoas com alergia grave a ovo e paciente com baixa imunidade (como
pessoas sob tratamento de quimio e radioterapia, receptores de
corticoides e infectados pela Aids, orienta o infectologista Edimilson Migowski .
“A febre amarela mata de 30 a 50% dos infectados, 30 a 50 pessoas em
cada grupo de 100. A letalidade da febre amarela não é tão pequena
quanto a dengue mas é bem inferior à da raiva. Não dá para negligenciar
uma doença de tamanha gravidade” (Edimilson Migowski, Instituto Vital Brasil)
Vacinação fracionada é melhor do que nada |
(Confira aqui no blog da gente na seção de comentários outros detalhes sobre a febre amarela, também mensagens e opiniões)
Fontes: Z1portal.com.br
folhaverdenews.blogspot.com
Ao invés de histeria população e mídia precisam cobrar combate a mosquitos, o que a Saúde Pública não tem feito ao longo de todos estes anos, agora, só quem está desinformado bota culpa nos Macacos.
ResponderExcluirConfira aqui a seguir mais detalhes e mensagens, participe você também desta luta contra a febre amarela, a falta de gestão ambiental também explica o surto desta doença no Brasil.
ResponderExcluirVocê pode colocar direto aqui sua opinião ou informação, se preferir envie mensagem por e-mail para o webendereço da redação do nosso blog, que postamos para você, mande então seu conteúdo para navepad@netsite.com.br
ResponderExcluirMaterial de informação, vídeos, fotos, sugestão de pauta, envie diretamente pro e-mail do nosso editor deste blog padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Informações muito oportunas": comentário de Maria Alice Alves Monteiro, do Rio de Janeiro, ela informa que na sua cidade "chegou a haver uma perseguição e mortes de macacos quando na realidade eles são vítimas e não vetores da febre amarela". Ela é educadora ambiental.
ResponderExcluir"O crescente número de casos de febre amarela silvestre registrados em várias regiões trouxe à tona a preocupação a respeito da doença e seus riscos. Não sem motivos: a morte de primatas pode ser um dos primeiros sinais da proliferação da doença transmitida por mosquitos. No entanto, existe um longo caminho entre o adoecimento de macacos e o de humanos, e diversas medidas poderiam e deveriam ser tomadas pelas pessoas e pelas autoridades para prevenir o aumento do surto da doença": Maria de Lourdes Mendes, enfermeira, em São Paulo (SP).
ResponderExcluir“Os índices de cobertura vacinal se encontravam abaixo do esperado, se elevando para em torno de 80% até janeiro desse ano. Todos os municípios da região possuem a vacina. Transmitida nas áreas urbanas pelo infame Aedes aegypti, a febre amarela pode ser evitada tomando-se os já conhecidos cuidados para combater a proliferação do mosquito, como evitar pontos de água parada nas residências. Além disso, Juiz de Fora conta com 66 unidades de vacinação funcionando regularmente (incluindo 63 Unidades Básicas de Saúde, o PAM Marechal e os departamentos de Saúde do Idoso e da Criança e do Adolescente. Para compreender melhor como age a febre amarela, quais as formas de prevenção, qual o papel dos macacos na dinâmica da doença e como combater sua proliferação, entrevistamos três pesquisadores da UFJF, especializados em diferentes aspectos do ciclo da doença: Caroline do Vale, Izabela Palitot da Silva e Rodrigo Daniel de Souza, das áreas de Ecologia, Enfermagem e Medicina": comentário de Louise Candido de Souz, que trabalha como Referência Técnica em Imunização da Superintendência Regional de Saúde de Juiz de Fora (MG).
ResponderExcluir"A febre amarela é uma doença viral hemorrágica causada por um arbovírus, é transmitida pela picada do mosquito infectado pelo vírus e afeta principalmente os macacos e também as pessoas não vacinadas. Como podemos nos prevenir contra a febre amarela?...Existem duas maneiras: pela vacinação contra a doença e evitando a picada dos mosquitos transmissores. Creio que poderia ser feito um combate mais eficaz dos mosquitos no meio rural, nas matas e no meio urbano, em pontos de risco, cuidados ambientais e de saúde humana": comentário de Caroline do Vale, pesquisadora da Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais.
ResponderExcluir"Este cuidado com a eliminação de mosquitos transmissores ao máximo deveria mesmo ser feita. Os mosquitos, no entanto, uma vez infectados pelos vírus, permanecem dessa forma a vida toda, por isso, além de vetores transmissores são também reservatórios da doença para sempre": Maria Helena Bastos, de Mairiporã (SP), uma das cidades com maior índice de febre amarela.
ResponderExcluir