O Wangari Maathai Forest Champions Award reconhece pessoas que ajudaram a proteger e gerir de forma sustentável as florestas que é o caso desta ecologista
Maria Margarida Ribeiro da Silva da associação extrativista Arimum
Através do site GS Notícias (sobre gestão e sustentabilidade) fomos informados que Maria Margarida Ribeiro da Silva, 50, líder da Associação
Comunitária de Arimum no Pará, foi premiada em Bonn, na Alemanha. Ela teve que sair bem cedo de sua vila Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro, na reserva extrativista Verde para Sempre no rio Xingu
rumo ao município Porto de Moz, num trajeto de cinco horas de barco. Foi o início de uma longa jornada em que Margarida viajaria
36 horas de balsa até Belém, depois uma série de voos até São
Paulo, Lisboa e Bonn, na Alemanha, onde na sua chegada enfrentou uma temperatura muito baixa para ela que vive na Amazônia, quase zero grau do inverno europeu. Valeu a pena, logo ela estaria no Centro Mundial de Convenções, em Bonn, para ser recebida e receber a premiação,
um dos maiores prêmios de conservação
ambiental, o Wangari Maathai Forest Champions Award, que reconhece cidadãos ou cidadãs que ajudam a proteger e gerir de forma sustentável as
florestas. O nome do prêmio por sinal é uma homenagem à primeira mulher africana a
ganhar um Nobel da Paz. No caso de Maria Margarida Ribeiro da Silva, um reconhecimento ao trabalho dela e à luta de cerca de 90 reservas extrativistas que existem em todas as regiões do Brasil e que protegem a ecologia, ajudando também a economia de comunidades junto às matas que ainda restam no país, florestas de pé, graças também a estas comunidades e a todo o povo das florestas.
A cerimônia de entrega aconteceu agora recentemente no final de 2017 durante o Global Landscapes Forum e o prêmio foi entregue pelas mãos do líder indígena também do Brasil e também homenageado na festa, Marcos Terena. O fórum pôs em pauta a discussão sobre a conservação ambiental e a restauração de florestas. Margarida da Silva e sua experiência na gestão comunitária da reserva extrativista Verde para Sempre escolhida como representante desse novo momento, em que a comunidade internacional busca soluções para recuperar as florestas no mundo e fazer frente às mudanças cada vez mais graves do clima e do ambiente. O rumo é apoiar toda forma de desenvolvimento sustentável, como é o caso das reservas extrativistas. "Não sei nem como me escolheram, mas parece que a nossa experiência se destacou no nível regional, estadual, nacional e, agora, fora do país, vejo como importante para toda a luta do nosso setor naturista".
Com 1,3 milhão de hectares, o dobro do tamanho do DF, a Verde para Sempre nasceu após graves conflitos entre as comunidades locais e madeireiros no início dos anos 2000, uma época de muita violência e disputa de terras. A lembrança de Chico Mendes e da luta dos seringueiros, a morte da missionária Dorothy Stang, em 2005, no sudoeste do Pará, foi reflexo de um histórico movimento popular também pela reforma agrária e pelas práticas mais ecológicas na economia rural do país. Naquele ano, não muito longe de onde a irmã fora assassinada, Maria Margarida conseguia em sua comunidade a oficialização da maior reserva extrativista do país: "Foi uma luta muito dura para a regularização fundiária. Tivemos que enfrentar grileiros e pistoleiros", contou a ecologista premiada em entrevistas a sites como o DW e a jornais como a Folha de São Paulo. Ela ajudou a elaborar o pioneiro plano de manejo florestal comunitário para a reserva, permitindo que os moradores pudessem extrair e comercializar madeira e outros produtos de forma sustentável. Depois disso, Margarida e sua associação Arimum participaram da reformulação do Código Florestal, decretado em 2012 e com vários pontos que ainda precisam ser alterados, por terem em síntese, uma inspiração ruralista. Maria Margarida, em 2008, deu também sugestões para a criação do Fundo Amazônia. O apoio agora do Wangari Maathai Forest Champions Award veio em boa hora, em geral todas as comunidades extrativistas sofrem dificuldades de sobrevivência e a reserva Verde Para Sempre também.
(Confira na seção de comentários mais algumas informações sobre reservas extrativistas e a luta pela sobrevivência e pela sustentabilidade de alguns povos da floresta no Brasil)
Fontes: www.gsnoticias.com.br
folhaverdenews.blogspot.com
Reservas extrativistas ajudam a ecologia e a economia |
A cerimônia de entrega aconteceu agora recentemente no final de 2017 durante o Global Landscapes Forum e o prêmio foi entregue pelas mãos do líder indígena também do Brasil e também homenageado na festa, Marcos Terena. O fórum pôs em pauta a discussão sobre a conservação ambiental e a restauração de florestas. Margarida da Silva e sua experiência na gestão comunitária da reserva extrativista Verde para Sempre escolhida como representante desse novo momento, em que a comunidade internacional busca soluções para recuperar as florestas no mundo e fazer frente às mudanças cada vez mais graves do clima e do ambiente. O rumo é apoiar toda forma de desenvolvimento sustentável, como é o caso das reservas extrativistas. "Não sei nem como me escolheram, mas parece que a nossa experiência se destacou no nível regional, estadual, nacional e, agora, fora do país, vejo como importante para toda a luta do nosso setor naturista".
O mercado internacional de castanha do Pará privilegia as reservas extrativistas |
Com 1,3 milhão de hectares, o dobro do tamanho do DF, a Verde para Sempre nasceu após graves conflitos entre as comunidades locais e madeireiros no início dos anos 2000, uma época de muita violência e disputa de terras. A lembrança de Chico Mendes e da luta dos seringueiros, a morte da missionária Dorothy Stang, em 2005, no sudoeste do Pará, foi reflexo de um histórico movimento popular também pela reforma agrária e pelas práticas mais ecológicas na economia rural do país. Naquele ano, não muito longe de onde a irmã fora assassinada, Maria Margarida conseguia em sua comunidade a oficialização da maior reserva extrativista do país: "Foi uma luta muito dura para a regularização fundiária. Tivemos que enfrentar grileiros e pistoleiros", contou a ecologista premiada em entrevistas a sites como o DW e a jornais como a Folha de São Paulo. Ela ajudou a elaborar o pioneiro plano de manejo florestal comunitário para a reserva, permitindo que os moradores pudessem extrair e comercializar madeira e outros produtos de forma sustentável. Depois disso, Margarida e sua associação Arimum participaram da reformulação do Código Florestal, decretado em 2012 e com vários pontos que ainda precisam ser alterados, por terem em síntese, uma inspiração ruralista. Maria Margarida, em 2008, deu também sugestões para a criação do Fundo Amazônia. O apoio agora do Wangari Maathai Forest Champions Award veio em boa hora, em geral todas as comunidades extrativistas sofrem dificuldades de sobrevivência e a reserva Verde Para Sempre também.
Toda comunidade extrativista sobrevive com dificuldades assim como as florestas |
(Confira na seção de comentários mais algumas informações sobre reservas extrativistas e a luta pela sobrevivência e pela sustentabilidade de alguns povos da floresta no Brasil)
Prêmio valoriza a dura luta extrativista e seringueira na Amazônia |
Fontes: www.gsnoticias.com.br
folhaverdenews.blogspot.com
Este prêmio é um reconhecimento internacional e ocorre em um momento de cortes na área ambiental que afetará especialmente as comunidades tradicionais que tiram o seu sustento da floresta.
ResponderExcluirCriado em 2011 para ajudar a famílias em situação de extrema pobreza, incentivando práticas de proteção à natureza, o Bolsa Verde não terá recursos em 2018 para pagar as quase 60 mil famílias registradas, a maioria na Amazônia.
ResponderExcluir"O Bolsa Verde foi limado do orçamento", criticou Tasso Azevedo do Observatório do Clima e do projeto de mapeamento anual da cobertura do solo no Brasil (MapBiomas). "Durante a COP23 [Conferência da ONU sobre Mudança do Clima], perguntei ao ministro o que aconteceria com o Bolsa Verde se não tem recurso previsto no orçamento. Ele respondeu que o programa iria continuar, mas estão contando que este dinheiro viria do Fundo Amazônia".
ResponderExcluirLogo mais, mais informações e comentários, você pode colocar aqui direto a sua mensagem ou então enviar por e-mail para a redação do nosso blog de ecologia que aí postamos sua msm, mande então seu conteúdo para navepad@netsite.com.br
ResponderExcluirVídeos, fotos, material de informação mande para o e-mail do nosso editor de conteúdo, aberto também a sugestões de matérias, envie então a sua mensagem para padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Em Belém e em São Luís já tinha visto em jornais regionais este prêmio, importante para a proteção das florestas e apoio às comunidades extrativistas que no Brasil mesmo não são tão valorizadas": comentário de Antônio Porto, que é do Rio de Janeiro e viaja em busca de produtos naturais na Amazônia.
ResponderExcluir"A energia solar está chegando às comunidades que fazem o extrativismo. Para quase 40 mil famílias que moram em unidades de conservação da Amazônia, ela ainda é um sonho. Um sonho que, aos poucos, vem se tornando realidade com a chegada da energia solar fotovoltaica nas comunidades locais. Na primeira semana deste mês, a realidade da comunidade Cassianã, na Reserva Extrativista (Resex) Médio Purus, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), nos municípios de Lábrea, Pauiní e Tapauá, no Amazonas, começou a mudar com a primeira instalação fotovoltaica em uma escola que atende a cerca de 60 alunos. A partir de agora, eles poderão contar com aulas noturnas e usufruir de outros benefícios, como ventilador nas salas de aula, pesquisas pela internet e iluminação adequada, além de economizar despesas com o combustível usado para gerar energia": comentário de Raul Moreira, economista de Recife (PE) que nos enviou esta notícia para ilustrar nossa postagem de hoje.
ResponderExcluir