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domingo, 10 de dezembro de 2017

EM RORAIMA E EM TODA AMAZÔNIA O PARAÍSO VERDE E O INFERNO ESCURO: ANOITECE NA MATA COM CANTOS DE PÁSSAROS MAS LOGO VEM AS CRIATURAS DA NOITE INVADINDO AS CASAS

Comunidades ribeirinhas relacionam falta de luz lá com aumento de ataques de Morcegos, a maioria dos que vivem em torno de rios como o Unini já foi atacada, alguns contraíram raiva: além da escuridão, outras causas para o surto destes mamíferos (que índios chamavam de Andirá) são a seca chegando cada vez mais e o calor das queimadas ou incêndios florestais que aumentam e desequilibram o ecossistema das plantas, dos animais e a vida das pessoas

 
O povo das comunidades como à beira do Rio Unini...





...sofre com ataques de morcegos do mato (surto de raiva humana)

A cidade de Barcelos, a maior na região do Rio Unini


A Rádio Nacional da Amazônia deu um notícia, através da repórter Juliana Cézar Nunes, que revela bem a realidade socioambiental de pequenas comunidades, o chamado povo do mato: cita o caso da população ao longo de cidadezinhas em torno do Rio Unini, no Amazonas e em Roraima, sofrendo dias de tristeza e preocupação. Além de outros problemas, uma criança e um adolescente por lá morreram vítimas de raiva humana, possivelmente transmitida por morcegos. Outro adolescente da mesma família está internado em coma induzido com o mesmo diagnóstico. Um inquérito médico apura o caso e também aponta para outras causas como seca prolongada e focos de calor provocados por incêndios e queimadas que complicam de variadas formas a saúde da população do interior amazonense. 



No extremo norte da Amazônia, perto do parque nacional Serra da Mocidade...


 ...um paraíso da natureza...


mas há problemas infernais na região do rio Unini

 
Tio das três vítimas, Jair Gomes Pereira, atribui o aumento dos ataques de morcego à falta de luz na comunidade e pede que o Poder Público garanta energia elétrica para a região. Ele explica que, para se livrar do morcego, basta acender a luz. "Lá na comunidade, o motor de luz deles está quebrado , desde julho,. Foi a época em que o morcego mais atacou. Ele ataca no escuro. A luz de lamparina não funciona porque o próprio morcego apaga a lamparina. Ele dá voos rasantes e apaga, o que resolve é iluminação". Aqui no Sudeste e no Sul, cidades na escuridão causam violência, lá, atraem Andirás.




Aqui uma das crianças vítimas de raiva humana


 Queimadas, incêndios e secas ajudam o problema


 Desmatamentos desequilibram todos ecossistemas lá


Uma força tarefa atua na região do Rio Unini desde o final de novembro. O chefe na região do Departamento de Vigilância Ambiental, Cristiano Fernandes, não descarta a possibilidade de que a falta de luz tenha contribuído para o aumento dos ataques de morcego. Os casos estão sendo apurados e a análise também aponta para problemas socioambientais como seca prolongada e focos de calor provocados por incêndios e queimadas por conta da falta duma gestão ambiental sustentável, lá, como aqui, em diferentes proporções e dimensões. A escuridão, o excesso de calor e a fumaça também pelas queimadas e desmatamentos contribuem para o deslocamento de animais e abre a possibilidade de deslocamento também de colônias de morcegos, que se aproximam de outras áreas ocupadas por comunidades ribeirinhas e extrativistas, explica Fernandes. A sua análise bate com o último levantamento da Secretaria de Saúde do Amazonas que constatou que na área do Rio Unini 367 dos 624 moradores foram atacados por morcegos nos últimos meses, e a sorovacinação precisa ser ampliada na região. Somente 257 pessoas de 624 moradores à beira do Rio Unini relataram não terem sido agredidas por morcegos.




Rio Unini cercado de escuridão e medo toda noite


Com relação à falta de luz nas comunidades do Rio Unini, a reportagem da Rádio Nacional informou ter procurado o Ministério de Minas e Energia e a prefeitura municipal de Barcelos, a cidade mais estruturada da região, para sabe de eventuais soluções mas não recebeu o retorno até o momento em que a noticia foi pro ar. "Na região, tem sol 365 dias por ano e uma central de usina solar será a solução mais ecológica e econômica", comentou Alberto Campos, que é formado em Biologia em Manaus, mas sobrevive em Barcelos com a produção de frutas do mato e coleta de castanhas.



Muitos nas comunidades sobrevivem da floresta


(Confira depois na seção de comentários aqui do nosso blog mais informações e mensagens)



Fontes: Rádio Nacional/Agência Brasil - 
www.folhaverdenews.com

9 comentários:

  1. O vídeo nesta webpágina registra uma expedição de pesquisadores à região do Parque Nacional Serra da Mocidade (Roraima), perto das comunidades que vivem em torno de rios como o Unini, onde surgiram casos de raiva humana. Pode virar um surto.


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  2. Além de morcegos, que crescem em quantidade devido também a desequilíbrios como queimadas e incêndios florestais ou desmatamentos, além de secas que são inesperadas mas ocorrem e da escuridão que cerca as comunidades ribeirinhas.

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  3. "A questão da eletricidade e da energia solar precisa ser mais debatida na Amazônia, tanto para evitar tanta escuridão e problemas advindos como para ampliar o alcance da economia ecológica em toda a região amazônica": comentário do nosso editor de conteúdo deste blog, Antônio de Pádua Silva, ecologista Padinha.

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  4. "Na região, tem sol 365 dias por ano e uma central de usina solar será a solução mais ecológica e econômica": comentário de Alberto Campos, que é formado em Biologia em Manaus, mas sobrevive em Barcelos com a produção de frutas do mato e coleta de castanhas.


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  7. "Um retrato interessante da realidade de Roraima, do Amazonas, da natureza e da população em torno dos rios, um outro Brasil": comentário de Mariana Portho, de São Paulo, estudante da USP.

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  8. "Pela manchete desta postagem pensei que fosse um filme de terror mas é a realidade de comunidades ribeirinhas lá do alto da Amazônia, nós aliás por todas as regiões do país estamos aterrorizados também por outras espécies de morcegos nos desafios do dia a dia em especial na saúde pública precária em todo lugar": comentário de Davi de Souza Alves, de Salvador (Bahia), jornalista.

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  9. "Vi no mapa aqui e conferi, esta região fica na fronteira com a Venezuela, de repente, se acontecer um surto de raiva por ali, diante das condições que está a vida no país vizinho, o problema será muito maior. Importante este alerta de vocês e da Rádio Nacional da Amazônia": comentário de Marilene Rodrigues Ribeiro, de Juiz de Fora (MG), biomédica.

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