Comunidades ribeirinhas relacionam falta de luz lá com aumento de ataques
de Morcegos, a maioria dos que vivem em torno de rios como o Unini já foi atacada, alguns contraíram raiva: além da escuridão, outras causas para o surto destes mamíferos (que índios chamavam de Andirá) são a seca chegando cada vez mais e o calor das queimadas ou incêndios florestais que aumentam e desequilibram o ecossistema das plantas, dos animais e a vida das pessoas
A Rádio Nacional da Amazônia deu um notícia, através da repórter Juliana Cézar Nunes, que revela bem a realidade socioambiental de pequenas comunidades, o chamado povo do mato: cita o caso da população ao longo de cidadezinhas em torno do Rio Unini, no Amazonas e em Roraima, sofrendo dias de tristeza e preocupação. Além de outros problemas, uma criança e um adolescente por lá morreram vítimas de raiva humana, possivelmente transmitida por morcegos. Outro adolescente da mesma família está internado em coma induzido com o mesmo diagnóstico. Um inquérito médico apura o caso e também aponta para outras causas como seca prolongada e focos de calor provocados por incêndios e queimadas que complicam de variadas formas a saúde da população do interior amazonense.
Tio das três vítimas, Jair Gomes Pereira, atribui o aumento dos ataques de morcego à falta de luz na comunidade e pede que o Poder Público garanta energia elétrica para a região. Ele explica que, para se livrar do morcego, basta acender a luz. "Lá na comunidade, o motor de luz deles está quebrado , desde julho,. Foi a época em que o morcego mais atacou. Ele ataca no escuro. A luz de lamparina não funciona porque o próprio morcego apaga a lamparina. Ele dá voos rasantes e apaga, o que resolve é iluminação". Aqui no Sudeste e no Sul, cidades na escuridão causam violência, lá, atraem Andirás.
Uma força tarefa atua na região do Rio Unini desde o final de novembro. O chefe na região do Departamento de Vigilância Ambiental, Cristiano Fernandes, não descarta a possibilidade de que a falta de luz tenha contribuído para o aumento dos ataques de morcego. Os casos estão sendo apurados e a análise também aponta para problemas socioambientais como seca prolongada e focos de calor provocados por incêndios e queimadas por conta da falta duma gestão ambiental sustentável, lá, como aqui, em diferentes proporções e dimensões. A escuridão, o excesso de calor e a fumaça também pelas queimadas e desmatamentos contribuem para o deslocamento de animais e abre a possibilidade de deslocamento também de colônias de morcegos, que se aproximam de outras áreas ocupadas por comunidades ribeirinhas e extrativistas, explica Fernandes. A sua análise bate com o último levantamento da Secretaria de Saúde do Amazonas que constatou que na área do Rio Unini 367 dos 624 moradores foram atacados por morcegos nos últimos meses, e a sorovacinação precisa ser ampliada na região. Somente 257 pessoas de 624 moradores à beira do Rio Unini relataram não terem sido agredidas por morcegos.
Com relação à falta de luz nas comunidades do Rio Unini, a reportagem da Rádio Nacional informou ter procurado o Ministério de Minas e Energia e a prefeitura municipal de Barcelos, a cidade mais estruturada da região, para sabe de eventuais soluções mas não recebeu o retorno até o momento em que a noticia foi pro ar. "Na região, tem sol 365 dias por ano e uma central de usina solar será a solução mais ecológica e econômica", comentou Alberto Campos, que é formado em Biologia em Manaus, mas sobrevive em Barcelos com a produção de frutas do mato e coleta de castanhas.
(Confira depois na seção de comentários aqui do nosso blog mais informações e mensagens)
Fontes: Rádio Nacional/Agência Brasil - www.folhaverdenews.com
O povo das comunidades como à beira do Rio Unini... |
...sofre com ataques de morcegos do mato (surto de raiva humana) |
A cidade de Barcelos, a maior na região do Rio Unini |
A Rádio Nacional da Amazônia deu um notícia, através da repórter Juliana Cézar Nunes, que revela bem a realidade socioambiental de pequenas comunidades, o chamado povo do mato: cita o caso da população ao longo de cidadezinhas em torno do Rio Unini, no Amazonas e em Roraima, sofrendo dias de tristeza e preocupação. Além de outros problemas, uma criança e um adolescente por lá morreram vítimas de raiva humana, possivelmente transmitida por morcegos. Outro adolescente da mesma família está internado em coma induzido com o mesmo diagnóstico. Um inquérito médico apura o caso e também aponta para outras causas como seca prolongada e focos de calor provocados por incêndios e queimadas que complicam de variadas formas a saúde da população do interior amazonense.
No extremo norte da Amazônia, perto do parque nacional Serra da Mocidade... |
...um paraíso da natureza... |
mas há problemas infernais na região do rio Unini |
Tio das três vítimas, Jair Gomes Pereira, atribui o aumento dos ataques de morcego à falta de luz na comunidade e pede que o Poder Público garanta energia elétrica para a região. Ele explica que, para se livrar do morcego, basta acender a luz. "Lá na comunidade, o motor de luz deles está quebrado , desde julho,. Foi a época em que o morcego mais atacou. Ele ataca no escuro. A luz de lamparina não funciona porque o próprio morcego apaga a lamparina. Ele dá voos rasantes e apaga, o que resolve é iluminação". Aqui no Sudeste e no Sul, cidades na escuridão causam violência, lá, atraem Andirás.
Aqui uma das crianças vítimas de raiva humana |
Queimadas, incêndios e secas ajudam o problema |
Desmatamentos desequilibram todos ecossistemas lá |
Uma força tarefa atua na região do Rio Unini desde o final de novembro. O chefe na região do Departamento de Vigilância Ambiental, Cristiano Fernandes, não descarta a possibilidade de que a falta de luz tenha contribuído para o aumento dos ataques de morcego. Os casos estão sendo apurados e a análise também aponta para problemas socioambientais como seca prolongada e focos de calor provocados por incêndios e queimadas por conta da falta duma gestão ambiental sustentável, lá, como aqui, em diferentes proporções e dimensões. A escuridão, o excesso de calor e a fumaça também pelas queimadas e desmatamentos contribuem para o deslocamento de animais e abre a possibilidade de deslocamento também de colônias de morcegos, que se aproximam de outras áreas ocupadas por comunidades ribeirinhas e extrativistas, explica Fernandes. A sua análise bate com o último levantamento da Secretaria de Saúde do Amazonas que constatou que na área do Rio Unini 367 dos 624 moradores foram atacados por morcegos nos últimos meses, e a sorovacinação precisa ser ampliada na região. Somente 257 pessoas de 624 moradores à beira do Rio Unini relataram não terem sido agredidas por morcegos.
Rio Unini cercado de escuridão e medo toda noite |
Com relação à falta de luz nas comunidades do Rio Unini, a reportagem da Rádio Nacional informou ter procurado o Ministério de Minas e Energia e a prefeitura municipal de Barcelos, a cidade mais estruturada da região, para sabe de eventuais soluções mas não recebeu o retorno até o momento em que a noticia foi pro ar. "Na região, tem sol 365 dias por ano e uma central de usina solar será a solução mais ecológica e econômica", comentou Alberto Campos, que é formado em Biologia em Manaus, mas sobrevive em Barcelos com a produção de frutas do mato e coleta de castanhas.
Muitos nas comunidades sobrevivem da floresta |
(Confira depois na seção de comentários aqui do nosso blog mais informações e mensagens)
Fontes: Rádio Nacional/Agência Brasil - www.folhaverdenews.com
O vídeo nesta webpágina registra uma expedição de pesquisadores à região do Parque Nacional Serra da Mocidade (Roraima), perto das comunidades que vivem em torno de rios como o Unini, onde surgiram casos de raiva humana. Pode virar um surto.
ResponderExcluirAlém de morcegos, que crescem em quantidade devido também a desequilíbrios como queimadas e incêndios florestais ou desmatamentos, além de secas que são inesperadas mas ocorrem e da escuridão que cerca as comunidades ribeirinhas.
ResponderExcluir"A questão da eletricidade e da energia solar precisa ser mais debatida na Amazônia, tanto para evitar tanta escuridão e problemas advindos como para ampliar o alcance da economia ecológica em toda a região amazônica": comentário do nosso editor de conteúdo deste blog, Antônio de Pádua Silva, ecologista Padinha.
ResponderExcluir"Na região, tem sol 365 dias por ano e uma central de usina solar será a solução mais ecológica e econômica": comentário de Alberto Campos, que é formado em Biologia em Manaus, mas sobrevive em Barcelos com a produção de frutas do mato e coleta de castanhas.
ResponderExcluirLogo mais, mais comentários e informações, você pode também colocar aqui a sua opinião, se precisar, envie sua mensagem pro e-mail da redação do nosso blog: navepad@netsite.com.br
ResponderExcluirPara nos mandar vídeos ou fotos ou todo tipo de material de informação você pode contatar direto nosso editor de conteúdo através do seu e-mail padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Um retrato interessante da realidade de Roraima, do Amazonas, da natureza e da população em torno dos rios, um outro Brasil": comentário de Mariana Portho, de São Paulo, estudante da USP.
ResponderExcluir"Pela manchete desta postagem pensei que fosse um filme de terror mas é a realidade de comunidades ribeirinhas lá do alto da Amazônia, nós aliás por todas as regiões do país estamos aterrorizados também por outras espécies de morcegos nos desafios do dia a dia em especial na saúde pública precária em todo lugar": comentário de Davi de Souza Alves, de Salvador (Bahia), jornalista.
ResponderExcluir"Vi no mapa aqui e conferi, esta região fica na fronteira com a Venezuela, de repente, se acontecer um surto de raiva por ali, diante das condições que está a vida no país vizinho, o problema será muito maior. Importante este alerta de vocês e da Rádio Nacional da Amazônia": comentário de Marilene Rodrigues Ribeiro, de Juiz de Fora (MG), biomédica.
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