Nova Délhi na Índia está hoje em 1º lugar no ranking mundial do ar poluído que além de desequilibrar a ecologia do meio ambiente afeta demais a saúde da população
Índia assume nestes dias a liderança neste ranking negativo |
O governo indiano (que não tem tido uma história recente de gestão ambiental sustentável) está tentando tomar uma série de medidas de
emergência devido à poluição do ar que agora atingiu o pior índice do planeta. A gravidade da situação levou autoridades a implementarem medidas que atenuam mas não resolvem a essência do problema, que está ligada ao excesso de combustíveis poluentes e tóxicos. Medidas atenuantes como uma proibição total dos caminhões que entram na
capital da Índia, bem como suspensão temporária de alguns projetos de construção
civil, foi tomada ainda a decisão altamente dramática de fechar todas as
escolas por estes dias, no caso, em defesa da saúde das crianças, dos adolescentes e dos jovens que assim como os idosos e as pessoas alérgicas são os que mais sofrem com os efeitos da poluição atmosférica. Uma vergonha para o país que um dia foi liderado em sua independência através da Não Violência do líder Mahatma Gandhi, que lutava pela paz e foi um dos pioneiros a alertar sobre a necessidade duma nova estrutura sustentável de desenvolvimento, capaz de equilibrar economia com ecologia.
Só orando porque o Governo lá também não toma medidas necessárias |
"A Inglaterra destruiu a metade da natureza do planeta para assegurar a sua liderança mundial mas nós da Índia e de todos os países daqui para a frente, precisamos descobrir um novo modelo de desenvolvimento sem agressões e com paz". (Gandhi)
Líder da Não Violência já previa esse caos ambiental |
Um dos instrumentos monitores de poluição, que mede a quantidade de partículas por
metro cúbico de ar com medidas menores que 2,5 milionésimos de metro
(mícron), chegou à medição de 969, valendo lembrar que a Organização Mundial da Saúde, a OMS, considera que o limite
saudável é 25.A ONU está cobrando que a Índia pratique desde já os objetivos do desenvolvimento sustentável, antes que seja o caos. Um nova estrutura no sistema econômico e não somente medidas atenuantes da poluição, como são o aumento no preço dos estacionamentos e na frequência do transporte público, como ônibus e metrô. Isso ajuda mas não resolve, já avaliaram cientistas e ecologistas em vários países, como também aqui no Brasil, onde ainda vigora um sistema desatualizado que degrada os nossos recursos naturais e a saúde pública.
A Autoridade de Estradas Nacionais da Índia tomará várias medidas paliativas ou atenuantes como salpicar com água todas as obras de construção, que visitará de forma frequente para garantir que estas aderiram às normas de controle da poluição estipuladas, segundo um comunicado da organização. Gufran Beig, diretor do SAFAR, organização pública encarregada de supervisionar a qualidade do ar na Índia, disse que a poluição se mantém em um nível alto pela convergência de três fatores: as emissões frequentes da indústria e dos transportes com combustível à base de petróleo, as condições meteorológicas atuais e a queima de resíduos de agricultura (restolho) nas regiões dos arredores, as queimadas daqui poluindo também lá.
Gufran Beig afirmou que o vento empurrou para Délhi a fumaça gerada pela
queima de restolho nos estados de Punjab e Haryana e ao chegar à
capital, a poluição do ar ficou presa porque o vento é mínimo nestes dias na região e não há altos níveis de
umidade.A cidade de Nova Délhi ainda voltará a limitar o tráfego com rodízio de veículos
durante a próxima semana já que os níveis de PM2,5 e PM10 ultrapassam o
limite todos os dias, assim como São Paulo ou a capital mexicana fazem, em Délhi, o governo decidiu implementar um rodízio
de veículos entre 13 e 17 de novembro, anunciou em
entrevista coletiva o Ministro de Transporte, Kailash Gahlot, que por sinal não falou nada sobre a necessidade urgente duma nova gestão governamental de desenvolvimento sustenbtável. E este é o ponto X da questão, tanto lá como aqui, em quase toda a Terra.
Ainda no final da década de 70, para o programa Globo Repórter, o nosso editor de conteúdo aqui do blog escreveu o texto dum documentário sobre a Poluição do Ar em São Paulo, uma realização da Bilpm Filmes: "Talvez, tenha sido um trabalho pioneiro, o diretor José Anchieta colocava imagens de fumaça mixadas com música clássica e isso nos dava um sentimento de tristeza": comentário do repórter e ecologista Antônio de Pádua Silva Padinha.
ResponderExcluir50 anos depois...A reportagem feita em Campinas recentemente mostra que o problema continua. Não adiantam medidas atenuantes mas a mudança na estrutura energética, no tipo de combustível dos carros, principalmente.
ResponderExcluir"Isso tem a ver com todas questões ambientais, como a da mudança climática, consumismo e degradação do ambiente enfim. E foram utilizadas como ferramentas-base para a análise o documentário “Uma Verdade Inconveniente” e o episódio dos Simpsons “Embate de Titãs”. Outrossim, artigos acadêmicos, publicações especializadas e produções artísticas e literárias são também recursos aplicados. Isso também nos faz citar a frase, não me lembro o autor, que fiz que
ResponderExcluirO cérebro humano é maior que o dos primatas, mas os macacos não destroem o ambiente em que vivem”: comentário de Damien Dragone, que nos enviou e-mail de São Paulo, ele é engenheiro ambiental.
"Enquanto quase todos os homens sentem uma atração irresistível que os arrasta para a sociedade, poucos são atraídos fortemente para a natureza. Em suas relações com a natureza, os homens me parecem, em sua maior parte, e em que pese sua arte, inferiores aos animais. Nem sempre se estabelece uma bela relação como no caso dos animais. Como, entre nós, se aprecia pouco a beleza do panorama. Como se polui algo maravilhoso para a vida como o ar": comentário de Thoreau no seu clássico livro “Andar a pé”.
ResponderExcluir"Não só em termos de poluição do ar mas de toda a condição de vida das pessoas nas cidades, o mais urgente é mudar hoje o tipo de combustíveis ainda à base de petróleo, muito poluentes e que são uma fonte de cânceres e outras doenças": comentário de Rafael Mendes, estudante de Medicina pela USP.
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ResponderExcluir"O rodízio0 de veículos ou a proibição de carros circularem nos dias mais poluídos, tudo isso ameniza mas o que pode resolver mesmo é evitar que a poluição do ar ocorra. Como? mudando o combustível dos carros, por exemplo, veículos elétricos que não têm escapamento nem provocam ruídos, a poluição sonora assim como a do ar degeneram a condição de vida urbana": comentário de Daniela Naum, engenheira de trânsito, que é de Belo Horizonte e atua hoje em Vitória (ES).
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