Os 30 tripulantes do navio Artic Sunrise do
Greenpeace, que estão presos
na Rússia há quase dois meses, entre eles a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, foram
transferidos nesta semana para a penitenciária de São Petersburgo, onde ficarão menos isolados e podem ter maior chance de libertação: eles foram
transportados da cidade de Murmansk (onde estavam num prisão gelada, remota, quase incomunicáveis) e o clima entre eles era de esperança ao viajarem em separado, num vagão acoplado a um
trem comum de passageiros. Enquanto o governo russo não deu nenhuma
explicação oficial para a transferência, ela ocorreu após o aumento de
protestos por todo o mundo contra a detenção dos 28 ativistas, um
fotógrafo russo e um cinegrafista do Reino Unido. Em cerca de 50 cidades brasileiras e de 500 em todo o planeta houve várias manifestações de ecologistas de variadas tendências e organizações pela liberdade dos ativistas do
Greenpeace: "Eles fizeram um protesto pacífico contra a poluição de áreas ainda preservadas do oceano Ártico, ameaçadas por conta unicamente do interesse da Gazprom, empresa petrolífera estatal da Rússia, a manifestação foi em defesa dos recursos naturais já escassos nos mares e em toda a natureza", comentou aqui no
Folha Verde News o nosso editor, o repórter e ecologista Antônio de Pádua Padinha: aqui no blog e também no
Facebook ele defendeu a soltura de todos os 30 ecologistas presos em condição desumana em Murmansk, pedindo em contrapartida a prisão das autoridades russas ou dirigentes da Gazprom, "eles sim cometeram um crime ambiental grave e descumpriram leis básicas do Direito Internacional, os 30 ativistas na verdade são hoje
heróis da ecologia em toda a Terra". Segundo informaram a
AP, a
Agência Estado e o jornal
Diário do Grande ABC a cidade de
Murmansk, onde eles eram mantidos, situa-se dentro do Círculo Ártico e
quase não recebe luz solar durante seu logo inverno, São Petersburgo,
por sua vez, é considerada mais acessível para advogados e familiares
dos detentos, isso muda bastante a situação.
De acordo com a televisão estatal russa, os
ativistas foram levados para três centros de detenção diferentes,
incluindo o presídio Kresty, construído em 1893, e onde tradicionalemnte tem sido mantidos
diversos presos políticos ao longo da história da Rússia. No fim de outubro o Comitê
Investigativo deste país afirmou que iria entrar com acusações de
pirataria, que poderiam levar a sentenças de até 15 anos. Depois de muitos protestos, os
presos tiveram abrandamento da culpabilidade e passaram a enfrentar uma acusação coletiva de vandalismo, com pena máxima de sete anos. Agora, com o aumento da pressão pela liberdade dos ativistas, vindas das ruas de várias cidade e até de autoridades de variados países, a Rússia, temendo um prejuízo maior de sua imagem no planeta, mudou a prisão para um cidade mais acessível e em condições que não lembram um campo de concentração, como Murmansk. Nesta mudança de prisão, está havendo um novo clima e mesmo que o
Greenpeace e a mídia não tenham recebido nenhum comunicado oficial do do governo russo sobre existir uma chance maior a partir de agora da libertação dos defensores do Ártico.
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Na transferência para São Petersburgo a brasileira Ana Paula já mostrava uma expressão mais calma |
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Gente de todos os setores e de todo o planeta pediram a liberdade... |
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...como na manifestação que foi feita na Avenida Paulista em São Paulo |
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Este navio quebra-gelo da Holanda é hoje símbolo da luta ecológica |
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Vários setores do ambientalismo em centenas de cidades do mundo estão mobilizados |
Fontes: Associated Press
Agência Estado
www.dgabs.com.br
http://folhaverdenews.blogspot.com
Nosso blog da ecologia e da cidadania nestes dois meses tem se empenhado na libertação dos ativistas do Greenpeace e dos dois jornalistas presos na Rússia, por uma identificação total com a luta do Artic Sunrise e também em defesa da liberdade de expressão.
ResponderExcluirReiteramos nosso argumento neste post que os presos na Rússia no protesto contra a poluição das reservas naturais do oceano Ártico são hoje aqui e em todo o planeta heróis da ecologia.
ResponderExcluirPor outro lado, reafirmamos também nossa primeira posição, quem deveria estar atrás das grades são autoridades russas (até o Presidente Putin) e em especial dirigentes da estatal petroleira Gazprom, eles sim cometeram crimes ambientais e ofenderam a legislação do Direito Internacional.
ResponderExcluirMande de onde vc estiver a sua informação, comentário, opinião ou mensagem sobre esta pauta aqui para o e-mail do nosso blog: navepad@netsite.com.br e nós estamos enviando esta postagem, assim como todas as outras ao longo destes dois meses, para a ONU, através da sua assessoria de comunicação, Unic.
ResponderExcluir"É, realmente, teríamos que inverter essa situação, libertar os ecologistas e os jornalistas e prender os responsáveis por crimes ambientais, como ameaça as últimas reservas do Oceano Ártico, que é vital para a Terra": este e-mail nos foi enviado pela ecologista Maiara, que mantém uma entidade socioambiental em Cuiabá, no Mato Grosso.
ResponderExcluirCriolo é verdade, diz Kaos, por telefone aqui ao editor do blog. Kaos é rapper que atua em Franca, Campinas e São Paulo.
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