Extrair xisto (fracking) é o xis da questão, diz ambientalista
“Muitas medidas que parecem boas para a economia podem ser muito danosas ao meio ambiente, como é o gás de xisto”, adverte Suzana Pádua, doutora em desenvolvimento sustentável pela UnB e mestre pela Universidade da Flórida, ela que é também uma das maiores lideranças da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais. Suzana Pádua fez a denúncia ao IHU On-Line e ao site EcoDebate: nós aqui do blog da ecologia e da cidadania Folha Verde News, que temos alertado sobre outras ameaças ao Aquífero Guarani, divulgamos mais este problema, talvez o pior deles, a extração do xisto, argumenta aqui o ecologista Antônio de Pádua Padinha, nosso editor.
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Fontes: IHU On-line
www.ecodebate.com.br
www.riosvivos.org.br
www.gaslandthemovie.com
http://folhaverdenews.blogspot.com
Esta denúncia sobre a ameaça do Xisto é muito qualificada,além do que citamos no post, a Drª Suzana Pádua tem tido atuação muito elogiada no Instituto Humanitas Unisinos (Universidade Vale dos Sinos, São Leoppoldo, Rio Grande do Sul).
ResponderExcluirO Brasil não precisa extrair Xisto e está entrando nesta aventura por causa do interesse de algumas multinacionais e de alguns outros países, porém, os riscos ambientais são os piores, também no caso do Aquífero Guarani: outros cientistas pedem que se analise melhor o atual processo de extração, que ainda precisaria evoluir mais.
ResponderExcluirA quem interessa a chamada "revolução do Xisto"?..."O Brasil é um dos poucos países do planeta a ter uma posição confortável em termos de recursos naturais. Por isso, deveria estar ditando regras, e não cedendo a pressões econômicas internacionais. Segundo o geólogo e professor emérito da Universidade Federal de Santa Catarina e coordenador do Projeto Rede Guarani/Serra Geral, Luiz Fernando Scheibe, especialista na questão do gás de xisto, nosso país nem precisa de gás neste momento, menos ainda entrar no processo de explorar o gás de xisto sem precisar. Ele defende uma moratória de cinco anos, período em que estudos podem ser realizados para aumentar as chances de se evitar danos maiores, especialmente ao maior patrimônio da atualidade: a água". Trecho da entrevista de Drª Suzana Pádua ao EcoDebate.
ResponderExcluir"Qualquer país com inteligência e sagacidade em relação ao futuro estaria defendendo o Aquífero Guarani com unhas e dentes, ao invés de planejar formas de danificá-lo por conta de divisas que serão resultado de práticas insustentáveis e irresponsáveis". (Idem, Ibidem).
ResponderExcluirIHU On-Line – Como vê a intenção do governo brasileiro de incluir o gás de xisto na matriz energética brasileira?
ResponderExcluirSuzana Padua - O Brasil parece querer progresso a qualquer custo. Ainda não acordou para o grande valor do que temos em nosso território em termos de biodiversidade e outras riquezas naturais. Deveríamos estar investindo maciçamente em tecnologias sustentáveis e salvaguardando nosso patrimônio natural. Temos feito o inverso, o que é uma lástima. Uma vez que a natureza seja impactada, jamais retorna ao estado original. Mesmo em casos de sucesso, como a recuperação de áreas degradadas, ou a despoluição de rios, por exemplo, o resultado final jamais alcança a diversidade do que havia originalmente. São bilhões de anos de evolução para se ter a vida encontrada em biomas como os encontrados no Brasil, mas para se destruir é rápido. Não que tenhamos de tratar a natureza como intocável. Não é isso. Simplesmente, é optar consciente e responsavelmente por caminhos que levem à vida e não à morte. Todos queremos desenvolvimento, conforto e progresso. Mas que tipo e a que preço é o que precisamos pensar agora. Se investíssemos em alternativas sustentáveis e limpas, chegaríamos a níveis altos de satisfação sem colocarmos em risco o que temos ainda em nosso território. As escolhas determinarão nosso destino, e o Xisto é apenas mais um elemento que está mostrando a força do poderio econômico frente à nossa própria preservação nessa Terra. Quando não houver mais água, e oxalá isso não aconteça, espero que lembremos que foi por conta de escolhas irresponsáveis que ficamos à deriva de um destino nada promissor.