Giovana Girardi, repórter do site e do jornal O Estado de
São Paulo, mostra em primeira mão a pesquisa e seus resultados fora do
comum: por aqui em Franca, dias atrás ela fora entrevistada junto com Cláudio Sandoval na escola agrícola
da Fundação Paula Sousa por Cássio Freires, da Rádio Imperador AM
e pelo nosso blog Folha Verde News, ela não podia ainda então revelar o
teor da matéria que estava sendo feita com ela por um veículo de comunicação de
abrangência nacional, agora finalmente, o Brasil inteiro começa a conhecer mais
este avanço tecnológico e medicinal desenvolvido pela cientista Drª Joana D'Arc
Félix de Sousa, que criou pele artificial a partir da derme de suínos, com um
processo de purificação para que o material possa ser usado em humanos e mais,
com um custo também extraordinário, 1,5m desta pele custa R$ 60, contra R$ 5
mil da tradicionalmente utilizada na medicina. O
resultado é pele sem material genético suíno, o que facilita a sua
utilização médica em seres humanos. Drª
Joana é PhD em Química, com Graduação, Mestrado e Doutorado pela
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e Pós-Doutorado pela Harvard
University (Cambridge/MA/USA). Ela já havia anos antes recebido um prêmio internacional de tratamento químico de lixo orgânico e industrial na própria Harvard. Uma especialista de vanguarda em aproveitamento de
resíduos sólidos, com foco nos restos de processamentos em curtumes, desenvolveu
agora uma pesquisa inusitada para a produção de pele artificial. O material,
produzido com base na derme de porcos, tem como objetivo final oferecer uma
alternativa barata ao tecido menos ofertado em bancos de órgãos: a pele humana. Um avanço também para o trabalho dos cientistas no interior do Brasil.
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Drª Joana quando entrevistada por Cássio Freires dias antes de estourar esta notícia |
O trabalho foi realizado pela
química de Franca (SP), Joana D’Arc Félix de Sousa com
seus alunos do curso técnico em curtimento (beneficiamento de pele de
bois e porcos para a fabricação de couro) da Escola Técnica Estadual
(Etec) de Franca. A região, no norte do Estado, é polo produtor de calçados e há
curtumes por todo lado. Não à toa que Joana, que já havia se destacado
na cidade por ajudar a encontrar soluções para os resíduos, depois se voltou
para o aproveitamento dos restos dos curtumes que, sem isso,
simplesmente seguiriam para aterros, complicando assim o problema ambiental. A inspiração para a investigação surpreendente para o seu tipo de
experiência, conta a pesquisadora, surgiu ao ver uma notícia de que
estava faltando pele humana para transplantes. Na ocasião, só havia três
bancos no País – Porto Alegre, São Paulo e Recife. Há alguns meses,
Curitiba também inaugurou o seu. A pele de porco, que tem 78% de semelhança com a humana, já é usada
em enxertos temporários em humanos, mas não de modo definitivo porque
causa rejeição. A ideia foi tentar eliminar esse impedimento. Para isso,
a derme suína foi utilizada como uma espécie de matriz para criar um
modelo mais adequado ao ser humano, o que demanda novos trabalhos e investimentos na sua pequisa inédita e de extremo valor. "Drª Joana merece o apoio dos órgãos governamentais e das empresas ou fundações para que possa alcançar os seus objetivos, de interesse de todos os que lutam por soluções sustentáveis para os problemas da atualidade, sejam eles socioambientais ou mesmo médicos, como agora no caso da pele artifical", comentou o nosso editor, o repórter e ecologista Padinha, do
Folha Verde News que vem acompanhando o seu trabalho há mais de uma década. "O porco é o animal que traz mais semelhanças com a gente em relação aos
órgãos. Já se trabalhou com macacos, por exemplo, sem sucesso. Mas,
mesmo com porcos, ocorre rejeição. Além disso, a pele de porco tem muita
gordura e é preciso retirá-la", contou ao site do jornal
Estadão. A saída dela foi eliminar todo o material genético suíno, por meio de um
processo de purificação da pele que eliminou gordura, proteínas e as
células suínas. Com o material limpo, a etapa seguinte foi
preenchê-lo com colágeno de boi, a fim de manter as características
estruturais da pele humana. A substância já é normalmente extraída e pode ser comprada para
colocação, por exemplo, em cosméticos, a preços que podem chegar a R$ 53
o quilo. "Mas eu não queria gastar dinheiro", conta Joana... "A alternativa foi
extrair a substância de resíduos de couro curtido. Franca gera em torno
de 80 toneladas por dia do material, que vai para aterros. O chamado
wet
blue tem bastante metal, que precisou ser eliminado. Mesmo assim,
obtivemos o colágeno a R$ 2 o quilo". Um projeto portanto sustentável gerando um novo produto a partir de resíduos tratados de couro. Tudo isso tornou a produção muito barata. Segundo a pesquisadora, 1,5
metro da pele obtida com base na derme de porco sai por, no máximo, R$
60, enquanto uma pele artificial pode custar R$ 5 mil a mesma metragem.
Já foram solicitadas patentes ao
IPT da USP para este grande avanço.Amostras do material estão sendo enviadas para análise da
pesquisadora Silvya Stuchi Maria-Engler, da
Faculdade de Ciências
Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), que há bastante tempo desenvolve
peles artificiais e vai testar a compatibilidade com a humana. Testes
clínicos serão realizados após a confirmação que se aguarda com muita expectativa nos meios científicos e médicos do país e do exterior.
Fontes: www.estadao.com.br
http://folhaverdenews.blogspot.com
A inspiração para a investigação surpreendente para o seu tipo de experiência, conta na matéria a pesquisadora Drª Joana, surgiu ao ver uma notícia de que estava faltando pele humana para transplantes. Agora esta car~encia está bem perto de ser resolvida.
ResponderExcluirJá foram solicitadas patentes ao IPT da USP para este grande avanço e amostras do material estão sendo enviadas para análise da pesquisadora Silvya Stuchi Maria-Engler, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), a partir disso, o processo desenvolvido pela Drª Joana poderá se tornar de vez uma solução sustentável para a falta de pele em transplantes.
ResponderExcluirNa prática são dois ou três processos simultâneos de pesquisa sendo desenvolvidos e em estágio final de resultados, Drª Joana precisa ser apoiada no seu trabalho de pesquisadora e de educadora, porque além do mais está promovendo uma reciclagem de resíduos de couro, uma purificação de materiais e o desenvolvimento de pele artificial para uso humano.
ResponderExcluirCaso vc tenha alguma informação, comentário ou mensagem sobre esta pauta ou sobre o trabalho de Drª Joana, envie para o e-mail do nosso blog: navepad@netsite.com.br
ResponderExcluirA Drª Joana D'Arc entrou em contato com o nosso blog para agradecer a matéria sobre o seu trabalho e nos informou que depois foi contatada pela revista Veja, que está programando uma reportagem com ela. Ótimo, fundamental divulgar as ações positivas, como as desta cientista, para assim valorizar a luta de todos os pesquisadores.
ResponderExcluirConfirmado, recebemos por e-mail o link da matéria com Drª Joana que foi postada hoje no site da revista Veja/Abril:
ResponderExcluirhttp://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/brasileira-cria-pele-artificial-com-tecido-de-porco