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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

CASTELINHO BUSCA RESGATAR A MELHOR TRADIÇÃO BRASILEIRA DO FUTEBOL

Até um Torneio-Início como nos bons tempos do futebol-arte acontecerá agora com Veteranos

Como em todos os clubes esportivos e de lazer no país do futebol a AEC Castelinho, de Franca (SP) tem várias opções para a prática do jogo de bola, em especial, o society ou chacrobol, como é chamado na cidade: nos quatro campos para futebol de chácara, com grama natural como manda a tradição da bola, há várias categorias, quarta-feira jogam mais os jovens, no domingo há uma mistura com atletas de várias idades e desde algum tempo, foi ali criado nas sextas-feiras no final das tardes um espaço para os veteranos, ex-jogadores e atletas com 40 anos ou mais. Entre estes esportistas mais experientes estão alguns futebolistas recordistas em tempo de futebol.  É o caso, por exemplo, de Luís Bernardes, conhecido na noite e no meio futebolístico onde está há quase cinco décadas como Luizinho Seresta, tem também o Bitica, que jogou na Francana dos bons tempos, o Dr. Robert, um meia no estilo clássico e assim por diante. Por sinal, Luizinho Seresta foi um dos fundadores da Sexta Master, que todo início de final da semana reúne ali até 12 equipes de jogadores veteranos para jogos de society ou chacrobol, sendo que nas sextas-feiras o clube oferece também por volta das 19h um happy hour com som ao vivo, prestigiando grupos de músicos da cidade e da região, música e bola, outra tradição do país do futebol que ali então se mantém viva. Há outros clubes em Franca que mantém futebol para veteranos e masters, como o Clube de Campo, o Yara Clube, os Servidores Municipais e também uma divisão especial na Liga de Futebol de campo da cidade, com times tradicionalíssimos como o Palmeiras FC ou ainda também o Internacional EC. Porém,  no Castelinho, a Sexta Master, onde jogam também alguns diretores do clube que são boleiros, como Francisco Polaco ou Alexandre Gravata, esta divisão tem uma frequência maior e mais constante de futebolistas. E agora, a equipe coordenadora do futebol dos veteranos, que é gerida numa espécie de autogestão, está programando um Torneio-Início com 8 times a partir desta próxima sexta-feira, 27 de setembro, com alguns detalhes que fazem a diferença. O ecologista e boleiro Padinha fala que é um futebol sustentável, porque resgata as melhores tradições deste esporte: "Tenta se coibir a violência e dar espaço prá arte da bola", diz ele, editor do blog Folha Verde News. Enquanto isso o Zé Arnica procura destacar a intensidade da disputa: "Ninguém dá mole, é uma correria". Há alguns futebolistas que mostram muito estilo, como Chulinha, Robertinho, Fabiano, Mané,  Serginho, Milton Lima, Pretinho, Denin, Mineiro, um grande goleiro que é taxista, um ala que é industrial de calçados, um cabelereiro que é zagueirão, um dentista que faz lançamentos tipo Douglas do Corinthians, um médico matador, um superatleta que não dá botinada, um vendedor velocista, um ex-promotor de jogos com masters no Maracanã, um policial que solta bombas, um advogado que chega correndo no campo com terno e gravata, um japonês que enxerga mais que a maioria, um sindicalista que vive discutindo as regras, um espiritualista que joga e ora, enfim, a fauna futebolística é completa na Sexta Master. Ali toda sexta empresários ou desempregados, não importa, ali a resenha é sempre diversão pura, a rapaziada está em busca de amizade, humor, jogar conversa fora, ficar em forma, ganhar saúde e alegria através do jogo da bola, isso que é a melhor tradição deste esporte, que também tem um conteúdo de ecologia humana e arte da vida. Na atualidade de consumo e de violência do futebol profissional, estes ingredientes estão quase em extinção no jogo da bola e no dia a dia da vida. Os boleiros do Castelinho jogam todos no time do futebol de verdade, para que ele não acabe e fique como uma semente de cultura brasileira e opção de lazer ou alegria de viver para as novas gerações do país da bola.


Foto de David Radesca (também boleiro) mostra coordenadores do Sexta Master do Castelinho preparando um torneio, num giro da esquerda para a direita, José Ilso, Manoel, Alexandre Gravata, o líder Luizinho Seresta, Renato Tadeu, Renato Carioca, Serginho Nardi (Casão) e o recentemente campeão Giovani, nos bastidores do sucesso dos Veteranos
Fonte: http://folhaverdenews.blogspot.com


6 comentários:

  1. Nosso blog procura resgatar o lado ecologia e cidadania do futebol, mostrando o que acontece dentro e fora do campo na Sexta Master, jogo de chácara dos veteranos no clube AEC Castelinho de Franca, a reportagem por tabela critica a violência e outros problemas atuais do futebol no país da bola e da Copa de 2014.

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  2. "Com certeza, não se trata somente de jogar bola mas também de conviver, fazer amigos, se divertir, tirar o stress, fazer aquela resenha e de quebra, resgatar o futebol de verdade", filosofa Luizinho Seresta, um dos líderes e boleiros da Sexta Master do Castelinho.

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  3. Mande vc tb a sua opinião, mensagem ou comentário do que acontece com o futebol na sua cidade ou no seu bairro aqui para o nosso blog Folha Verde News pelo e-mail navepad@netsite.com.br

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  4. "O Torneio-Início, que era tradicional em competições futebolísticas no país, como no Rio-São Paulo por exemplo, é um dia de jogo em que os times se apresentam com mais liberdade de jogo, antes de começar o campeonato propriamente dito", informa o boleiro Renato Carioca.

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  5. "Na Sexta Master do Castelinho tem caras que sonham que estão jogando no Pacaembu ou no Maracanã, outros que pensam que são craques e na real são cabeças de bagre, outros ainda que tomam um goró antes de jogar, mas tudo bem, o que vale é a alegria da coisa", falou por telefone um dos boleiros do Castelinho que pediu para não entregar o seu nome. OK, está dado o recado.

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  6. "Oi, Folha Verde, eu sou comerciante e gosto de bater bola na praia, jogar uma pelada, descalço, que é onde rola o futebol mais gostoso e curti muito este post aqui nesse blog que estou pondo entre meus favoritos agora": foi a mensagem do Fábio Moreira , do Rio de Janeiro, empresário e peladeiro que entre os boleiros é chamado de "Cafuringa".

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