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quinta-feira, 29 de março de 2012

NO BRICS O BRASIL PODE FAZER O NEGÓCIO DA CHINA

Chineses já são os maiores parceiros do país no mercado mundial: ecologia entrará em pauta

Enquanto na ecologia a liderança brasileira no contexto deste encontro do Brics, acontecendo em Nova Delhi até hoje, na economia, os chineses são um dos líderes mundias na atualidade: a posição de ponta do Brasil se deve mais ao potencial da nossa natureza e à realização em junho no Rio de Janeiro da Conferência Mundial da ONU de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), já do ponto de vista econômico, a parceria com a China é a que se mostra mais aberta a contrapartidas positivas para produtos brasileiros, levando em conta os números do mercado de exportação e de importação com os países do Brics, além de Brasil e China, Rússia, Índia e África do Sul.O Brasil vai fazer agora no Brics o negócio da China ou será o inverso? Quem questiona é o editor do blog de ecologia, Folha Verde News, o repórter Padinha.

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A China figura como o parceiro comercial do Brasil no oriente

As exportações brasileiras para o megamercado chinês tiveram maior estabilidade no índice de complementaridade comercial (IC), entre 2000 e 2010, comparado às importações de produtos brasileiros pela China, no âmbito do Brics – bloco que reúne o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul. O repórter Lourenço Canuto em Nova Delhi pela Agência Brasil passou as principais informações deste post para a Rede Brasil Atual, o site Vermelho e o nosso blog Folha Verde News: de acordo com o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Flávio Lyrio Carneiro, coordenador de estudo divulgado hoje no Boletim de Economia e Política Internacional, o Brasil tem possibilidade de equilibrar esse fluxo comercial com mais reciprocidade em muitas categorias de produtos.A Índia foi, no período, o parceiro comercial cujas importações foram menos complementares às exportações brasileiras, seguida da Rússia e da África do Sul. O IC do Brasil com a China subiu, no período analisado, de 9% para 17% na área de produtos primários; e de 28% para 32%, de manufaturados. O índice caiu de 24% para 14% em produtos de baixa tecnologia e de 34% para 31% em produtos de alta tecnologia. Com a Rússia, a distribuição do total de produtos com IC subiu de 12% para 14% no período; caiu de 26% para 24% na área de manufaturados; de 24% para 18% na área de baixa tecnologia, subindo de 33% para 38% na área de alta tecnologia. Já o IC dos produtos primários subiu de 24% para 59%; dos manufaturados caiu de 74% para 40%; e o IC dos produtos de baixa e alta tecnologia ficou estável no período.Entre o Brasil e a Índia, a distribuição do total de produtos neste índice de complementariedade registrou queda de 10% para 9% nos produtos primários; de 34% para 31% nos manufaturados; e de 17% para 13% em produtos de baixa tecnologia. Já nos produtos de alta tecnologia, houve elevação de 34% para 41%. Com a China, houve clara tendência de expansão do IC nas categorias dos produtos primários e de manufaturas, em detrimento da indústria de baixa e média tecnologia, enquanto, na alta tecnologia, o índice manteve-se relativamente estável.
Para o especialista Flávio Carneiro, essa trajetória pode significar um refoo à tendência de ampliação da participação dos produtos primários e de manufaturas na pauta exportadora do Brasil. Na média tecnologia, há complementaridade em pouco menos de um terço dos produtos no comércio com a China. Nas exportações brasileiras para a Índia, a categoria de média tecnologia assume posição de destaque ao chegar aos 40% em 2010. A contrapartida de IC da Índia na área de manufaturas apresentou ligeiro decréscimo, ao contrário do verificado com a China, não tendo havido acréscimo na parcela referente aos produtos primários. A redução na concentração dos produtos de baixa tecnologia foi comum a ambos, assim como a reciprocidade comercial na categoria de alta tecnologia. O que se espera, em especial a partir da Conferência Mundial da ONU no Brasil em junho (a Rio+20) é que além de confirmar estas tendências de mercado, na ecologia haja uma troca de experiências positivas entre todos os cinco países do Brics, especialmente entre nosso país e a China, que tem além do megamercado econômico, gigantescos problemas de meio ambiente, o que faz aumentar o interesse chinês na área de sustentabilidade. Se bem que o Brasil por enquanto possui em Desenvolvimento Sustentável mais palavras, promessas e projetos do que realizações e know-how, conforme analisa Antônio de Pádua, o ecologista Padinha, aqui do Folha Verde News.

Fontes: Agência Brasil
              www.redebrasilatual.com.br
              http://folhaverdenews.blogspot.com
 

4 comentários:

  1. Além dos negócios da China, inclusive dezenas de empresários de vários setores da economia foram com a Presidente Dilma ao Brics, foram lá com essa perspectiva, a expectativa é que se abram mais rotas e contrapartidas nas áreas de meio ambiente e de Desenvolvimento Sustentável.

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  2. Pena que a Presidente e o Governo do Brasil não visualizaram este potencial de liderança brasileira em ecologia...

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  3. Esta falta de visão de futuro está prejudicando a Nação, não só no exterior, também aqui dentro do país, como aliás comentou a ecologista Marina Silva, considerando o atual Governo como o de maior retrocesso na área ambiental neste século.

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  4. E a dimensão é fora do comum. Segundo informa agora a BBC, pelas estimativas do FMI, em 2012, os países dos Brics deverão responder por 56% do crescimento da economia mundial, enquanto os países do G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) deverão ser responsáveis por apenas 9% do crescimento. Isso poderia ter a correspondência na área de ecologia e sustentabilidade...

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