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terça-feira, 27 de março de 2012

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E NÃO-VIOLÊNCIA EM PAUTA NO BRICS

Criação de Banco de Desenvolvimento discutida na Índia onde se questiona também a liberdade do Tibet

Com informações da BBC via Iracema Sodré e de Cláudio Ângelo, da Folha e UOL, bem como em especial da entidade mundial de ecologia e de cidadania Avaaz, o nosso blog Folha Verde News resume, interpreta e traz aqui para você as principais informações sobre o Brics (cúpula de dirigentes do Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul), um encontro que deve ser dominado por discussões sobre como estimular o crescimento econômico de forma sustentável e equilibrada. Os líderes dos cinco países do bloco Brics - além da presidente brasileira, participarão do encontro o premiê indiano, Manmohan Singh, e os presidentes Dmitri Medvedev, da Rússia, Hu Jintao, da China, e Jacob Zuma, da África do Sul – discutirão a criação de um banco de desenvolvimento do bloco, dedicado a investir em projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em países pobres e emergentes. Esta talvez seja a notícia mais importante mas a criação do banco deverá demorar 3 anos. "A criação do Banco de Desenvolvimento dos Brics tem a intençãode se ter dinheiro para investir nos próprios países do grupo e em outros países em desenvolvimento", diz Fabiano Mielniczuk, coordenador de pesquisa do Brics Policy Center. "Até o momento, estes países foram forçados a se submeter a políticas de condicionalidade, tendo de cumprir exigências feitas pelo Banco Mundial ou o FMI em troca de empréstimos. Isso não aconteceria com o banco dos Brics." Dentro deste contexto, foi muito comentada nos bastidores o anúncio pelo Banco Mundial da doação de US$ 15,9 milhões para a criação e manutenção de áreas protegidas na Amazônia. Talvez, como reação ao projeto do Banco Brics...De toda forma, o dinheiropoderá ser usado pelo Ministério do Meio Ambiente para criar mais 13,5 milhões de hectares de unidades de conservação, além de consolidar 32 milhões de hectares em áreas já existentes. A verba vem do GEF (Fundo Mundial para o Ambiente) e integra o chamado programa Arpa (Áreas Protegidas da Amazônia). É uma fração dos US$ 141 milhões estimados para a segunda fase do programa, criado em 2002. Mesmo subfinanciado, o Arpa tem sido a principal fonte de verba para investimentos em algumas unidades de conservação, diante da falta de verba crônica do Instituto Chico Mendes, órgão responsável pela biodiversidade. 


Presidente Dilma chegou hoje à Índia disposta a debater problemas e soluções
 Cúpula da ONU no Rio em junho também discutida com Dilma Rousseff agora em Nova Délhi

Às vésperas da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (que acontece em junho, no Rio de Janeiro), a pauta de discussões dos Brics também incluirá temas ligados à economia verde (que prevê a utilização do meio ambiente para gerar riqueza, sem degradação) como forma de distribuir renda e gerar inclusão social. Isso envolve a transferência de tecnologia de países ricos para aqueles em desenvolvimento. Nesse sentido, os outros países dos Brics têm muito a dialogar com a China, que polui muito, mas investe pesado em pesquisa para migrar para tecnologia limpa. Também serão discutidas questões relativas a paz e segurança global, incluindo a situação na Síria e no Irã. Paralelamente à cúpula dos Brics, está programado um fórum financeiro, com a participação de presidentes de bancos centrais dos países. Haverá ainda um fórum empresarial, que contará com a presença de 60 executivos do Brasil, o que também gera expectativas. A Presidente Dilma ficou surpresa ao ser poerguntada por um repórter indiano sobre questões ecológicas do Brasil do momento, como o Código Florestal e a megausina hidrelétrica Belo Monte, no Xingu, na Amazônia.

Monge que se imolou com fogo pela liberdade do Tibet coloca a questão em pauta
Violência chinesa contra monges e a liberdade do Tibet

Uma polêmica maior que envolve a China e o Tibet, acaba ganhando espaço na mídia e nos diálogos entre chefes de estado presentes à capital da Índia, onde na véspera um monge tibetano ateou fogo em suas vestes, imolando-se dentro do movimento pela liberdade do Tibet, inclusive também pela livre expressão cultural e religiosa do povo do Himalaia.

Avaaz pede pela não-violência

“Temos de agir rapidamente -- essa situação horrível está saindo do controle por trás de uma cortina de censura. Cada vez mais temos visto que quando os próprios diplomatas são testemunhas das atrocidades, eles são motivados a agir, e aumentam a pressão política. Vamos responder ao apelo trágico de Palden e criar uma petição massiva para que seis líderes mundiais, que têm maior influência sobre Pequim, enviem uma missão ao Tibet e se posicionem contra a repressão. Assine a petição urgente:

 https://secure.avaaz.org/po/save_tibetan_lives/?vl

Os tibetanos estão sufocando com o estrangulamento feito pela China. Eles são impossibilitados de praticar sua religião livremente -- fazer o download de uma foto do Dalai Lama na Internet pode levar um tibetano à prisão. E a situação fica cada vez pior na medida em que as tropas chinesas estão bloqueando os maiores monastérios, sequestrando monges e levando-os para programas de "re-educação patriótica". Essa situação horrorosa está saindo do controle.

Liberdade no Tibet é também uma questão humanitária e de não-violência
  Fontes: BBC
               UOL
               Avaaz.org
               http://folhaverdenews.blogspot.com
 



3 comentários:

  1. O Brics (cúpula de dirigentes do Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) ganha maior importância na atualidade porque este grupo de cinco países significa uma possibilidade de novo foco de desenvolvimento no planeta, abalado pela crise financeira na Europa e Estados Unidos, entre outros problemas da atualidade internacional.

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  2. O Banco Mundial doa US$ 15,9 milhões para a criação e manutenção de áreas protegidas na Amazônia. Espera-se que o dinheiro venha mesmo a ser usado pelo Ministério do Meio Ambiente para criar mais 13,5 milhões de hectares de unidades de conservação, além de consolidar 32 milhões de hectares em áreas já existentes. A verba vem do GEF (Fundo Mundial para o Ambiente) e integra o chamado programa Arpa (Áreas Protegidas da Amazônia). É uma fração dos US$ 141 milhões estimados para a segunda fase do programa, criado em 2002. A cidadania brasileira precisa fiscalizar estes recursos e a sua destinação no Brasil.

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  3. O terceiro ponto a ser destacado nesta reportagem é a questão da liberdade do Tibet (espera-se que a Presidente Dilma se manifeste a favor), bem como, da livre expressão cultural e religosa dos monges tibetanos e de todo o povo do Himalaia, mudando esta situação embaraçosa para a China. Este é o sentido da iniciativa da Avaaz, que você deve participar, apoiando e ajudando assim a não-violência e uma nova realidade entre chineses e tibetanos.

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