No país do futebol, do samba, do carnaval, também do sexo (bumbuns), da corrupção (políticos) e da violência (bambambam), o destaque maior do desfile das escola em São Paulo, além do favoritismo da Gaviões da Fiel que balançou a massa na homenagem a Luís Inácio Lula da Silva, foi a recriação do clima no Brasil à época da Ditadura (foi entre 1964 e 1986), em especial, a realidade de Sampa na década de 70, com a explosao do movimento cultural do Tropicalismo. Veja um resumo do site Uol sobre este desfile da Águia de Ouro. Quarta escola a passar pelo Anhembi do Carnaval paulistano, entrou na avenida às 2h20 de domingo para festejar uma das principais manifestações culturais do país com o samba-enredo “Tropicália da Paz e Amor: O Movimento que não acabou”, com a estréia da roqueira Rita Lee neste tipo de evento.
Há menos de um mês aposentada da carreira de cantora de shows, Rita Lee entrou na pista do samba no terceiro carro alegórico, "Os Festivais da Música Popular Brasileira", ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Cauby Peixoto. Gil chorou o tempo todo, de pura emoção, comovendo a platéia.Enquanto aguardava a hora de entrar na avenida, Caetano comemorou a oportunidade de encontrar artistas como Rita Lee, Ângela Maria, Cauby Peixoto e Roberta Miranda, e mostrou-se empolgado com a participação no desfile. "Estou feliz, ainda mais que é em São Paulo. O Tropicalismo se deu em São Paulo", disse o músico baiano.
O enredo ainda prestou homenagem ao Cinema Novo e a um de seus principais expoentes, o diretor Gláuber Rocha, morto em 1981, representado pelo cineasta Fernando Meirelles, diretor de "Cidade de Deus", e seu filho Kiko, no quarto carro alegórico. Meirelles e o filho filmaram a passagem da Águia de Ouro do alto do carro, que contava com dois telões para as transmitir as imagens.
- O segundo carro alegórico da Águia de Ouro, "Antropofagia: Devoração, Tropicália, Adoração", fez referência ao jornalista Vladimir Herzog, torturado e morto pelo regime militar, com um destaque que era enforcado durante o desfile
Tortura e morte de Herzog marcou época
A beleza da corinthiana Sabrina Sato na homenagem a Lula/Gaviões da Fiel
Diego Figueiredo não quís participar e foi prá Bahia no trio com Margareth Menezes
Faltou no Tropicalismo referência à Sócrates e também à luta pelas Diretas Já
Recém-eleita Rainda do Bumbum preferiu curtir praia de nudismo do que desfilar na Águias em São Paulo
O Carnaval e mais ainda os desfiles de escola de samba são também a cultura indígena do Brasil
Fontes: www.uol.com.br
http://folhaverdenews.blogspot.com
Em contatos pessoais, também por e-mail, no Facebook, através de notícias na Internet ou de comentários na mídia em geral, o que se pode perceber que a maior parte das pessoas com consciência de cidadania ou de ecologia preferiram ficar fora do Carnaval, optando pela natureza neste feriado. Nem precisa ser uma praia de nudismo ou uma tribo indígena prá pessoa religar suas energias na parada para o Carnaval.
ResponderExcluirOutra opção foi o esporte, muita gente malhou ou nadou, jogou bola, tênis, fez caminhadas e até participou de lances radicais, como asa delta. Uma terceira via nesta Carnaval foi participar da festa de rua com uma mensagem crítica sobre a realidade, como é a tradição dos blocos carnavalescos de Brasília.
ResponderExcluirHouve ainda uma quarta tendência, que foi a do retiro espiritual (parece que esta foi a opção da cantora Gal Costa, que fugiu do desfile da Águias de Ouro, mesmo com o tema sendo o Tropicalismo, do que ela foi um ícone): muita gente preferiu fazer um jejum da festança e guardar energias para uma comunicação via diferentes religiões ou alternativas com Deus. Até no Carnaval.
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