Em seu site nacional o Greenpeace denuncia o problema e fala em burocracia, Jeferson Ribeiro, da agência Reuters, relata que um dos principais protagonistas no debate global na área ambiental, o Brasil tem frustrado a expectativa dos doadores do Fundo Amazônia, criado há mais de 3 anos para financiar iniciativas de proteção florestal no país com recursos provenientes de países mais desenvolvidos. O Fundo Amazônia, gerido pelo Banco do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), já recebeu cerca de 830 milhões de reais em doações, mas desembolsou apenas cerca de 70 milhões até agora para financiar 23 projetos aprovados e contratados. Foram contratados, nesse mesmo período, 260 milhões de reais. Menos de 10% dos recursos foram utilizados e " isso não significa que os problemas da Amazônia diminuiram ou foram solucionados", como comenta o editor do blog de ecologia Folha Verde News, Padinha: "Está havendo mesmo má gestão, a criação do futuro ali está indo a passos de tartaruga e a destruição voando a jato".
Esse desempenho fraco tem como consequência direta o enfraquecimento do discurso brasileiro nos fóruns multilaterais, já que o Brasil sempre defendeu que a preservação das riquezas naturais nos países em desenvolvimento deve ser financiada pelas nações ricas. Além disso, o principal doador do Fundo, a Noruega, já se sente desconfortável com a situação. Uma fonte do governo norueguês disse à Reuters que já há questionamentos na imprensa daquele país e na sociedade sobre a aplicabilidade dos recursos doados ao Brasil. A Noruega se comprometeu a doar 1 bilhão de dólares para o Fundo Amazônia e até agora já assinou contratos com o BNDES no valor de 418 milhões de dólares. Esses recursos estão disponíveis para o Fundo Amazônia e ficam depositados no Banco Central da Noruega. O BNDES apenas disse, por meio da assessoria, que desconhece essa avaliação negativa...Qualquer projeto com foco na preservação ambiental pode captar junto ao BNDES, mas a burocracia imposta pelo banco nos últimos três anos tem tornado a aplicação desse dinheiro uma "epopéia", como descreveu o diretor do Museu da Amazônia, Ênio Candotti, dando razão aos argumentos dos ecologistas do Greenpeace.
Para exemplificar a situação, o projeto de implantação do Museu da Amazônia foi aprovado pelo BNDES e já recebeu 2,4 milhões do Fundo depois de uma longa espera que durou um ano e meio aproximadamente. O problema na legalização da área que é usada para concretizar o projeto, importante para educação ambiental, atrasou ainda mais o acesso aos recursos. Realidade bem Brasil na Amazônia também comentam alguns jornais noruegueses...
O Fundo Amazônia tem recursos para ajudar um desenvolvimento sustentável na região |
Mas má gestão e burocracia não alcançam o rítmo da destruição da ecologia amazônica |
Ecologistas do Brasil e do exterior, agora da Noruega, alertam sobre a contradição e o problema |
Fontes: http://br.reuters.com
www.greenpeace.org.br
http://folhaverdenews.blogspot.com
Com esta situação, o Brasil perde não apenas credibilidade internacional, mas também a luta ecológica para preservar, recuperar e preparar o futuro sustentável da Amazônia fica neutralizada. Cabe a pergunta: quem ganha com isso?...
ResponderExcluirNem todos os brasileiros são favoráveis à ecologia do Brasil, nem todos os estrangeiros se sensibilizam com o nosso potencial ecológico e de criação do futuro da vida, porém, nestes fatos está claro, que a Noruega sim. Por que não o BNDES ou os governantes do Amazonas e do próprio Brasil?...
ResponderExcluirDe toda forma, estas informações podem levar a uma mudança nesta situação absurda e que sejam agilizados os projetos amazônicos de caráter ecológico ou de conteúdo sustentável e não as megausinas hidrelétricas ou outra megalomanias do Governo ou de megaempresários que se beneficiam destas loucuras.
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