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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

AMBIENTALISTAS DE TODO PAÍS E RURALISTAS DE MINAS CONTRA CF

Código Florestal desagrada muitos e Marina Silva pede o veto da Presidente Dilma


O novo Código Florestal, pré-aprovado no Senado agora e antes, na Câmara, recebe críticas em toda a Nação, em especial do movimento socioambientalista, de cientistas e de universitários, mas surpreendentemente desagrada também alguns ruralistas, como é o caso dos criadores de gado em Minas Gerais. Daniel Camargos, do jornal e site Estado de Minas nos informa que "as mudanças introduzidas no texto aprovado no Senado não agradou aos pecuaristas mineiros por proibir o uso do topo dos morros para pastagens. No Rio e Espírito Santo também estão sendo feitas estas mesmas reclamações".
O ecologista e repórter Padinha, do blog Folha Verde News, que está em Belo Horizonte neste feriado, comentou por sua vez que "na verdade, não agradou a Nação, é importante você ler as críticas feitas por Marina Silva por exemplo para entender por que a luta agora já é pelo veto aos pontos mais obscuros do Código Florestal, por parte da Presidente da República, que pode fazer isso na hora da promulgação, esta lei teria que ser um estímulo ao Desenvolvimento Sustentável, equilibrando a economia rural com a defesa da ecologia, mas os parlamentares em Brasília parecem não ter este alcance cultural e político que variados setores da população já alcançaram neste debate de interesse nacional".

A reclamação dos pecuaristas mineiros

Um dos pontos incluídos na reforma do Código Florestal, aprovada na noite de terça-feira no Senado, pode afetar diretamente a pecuária de Minas. A proibição de utilizar o último terço das montanhas (o topo dos morros) para pastagens é um problema para os pecuaristas. A topografia mineira é rica em regiões montanhosas, onde a pecuária é atividade forte. “Regiões como o Sul de Minas, Zona da Mata, Serra da Canastra e Rio Doce são montanhosas e, muitas vezes, no alto do morro há um planalto utilizado para as pastagens”, entende o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões
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A bancada ruralista mineira vai tentar derrubar esse ponto. No Senado, foram acolhidas 26 emendas modificando a redação do código aprovada pela Câmara dos Deputados. Agora o código retorna para a Câmara, que pode apenas excluir as modificações, sem acrescentar mais nada. Pecuaristas argumentam que tentarão excluir a proibição das pastagens nos topos dos morros, pois Minas, Rio de Janeiro e Espírito Santo têm pecuária muita intensa em regiões montanhosas. Na análise geral que se pode capar hoje em BH, o projeto do novo CF não agradou a ninguém: “Os ambientalistas queriam que fosse mais favorável ao meio ambiente e os produtores que fosse mais favorável à produção”.
O presidente estadual do Partido Verde (PV), Ronaldo Vasconcellos, explica que o partido é a favor da proibição das pastagens nos topos dos morros. Porém, ele ressalta que entende as peculiaridades da pecuária mineira e tem posição pessoal contrária à da maioria dos ambientalistas nessa questão. Vasconcellos avalia que o Código Florestal saiu do Senado em uma condição “quase aceitável”. Ele avalia que muitos pontos poderiam ser melhorados, mas ressalta: “Entre o bom e o ótimo prefiro ficar com o bom, para não ficar pior ainda”.

Deslizamentos, um dos problemas

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) também apoiou a emenda e externou, em plenário, a preocupação com a preservação da vegetação nativa nos topos de morro em declives de 25 a 45 graus. “Não podemos minimizar o risco que corremos”, disse o senador se referindo às catástrofes ocorridas no início do ano na região serrana do Rio de Janeiro, quando mais de 900 pessoas morreram em razão de deslizamentos de terra. O presidente da Comissão Nacional da Pecuária de Leite da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Rodrigo Alvim, reforça que a modificação feita no Senado terá um impacto na pecuária mineira. “Ainda não fizemos o cálculo, mas o estado pode ter a produção de leite reduzida significativamente”, afirma Alvim. Roberto Simões, da Faemg, também critica a falta de fontes de financiamento para determinações do código, como a reposição de beiras de rio com plantações de árvores nativas. “O produtor não dispõe desse recurso”, contestou.  O coordenador da campanha do Código Florestal do Greenpeace, Márcio Astrini, avalia que distorções locais, como acontece com a proibição das pastagens nos topos das montanhas, são reflexo de um trabalho que não foi feito. “Os analistas técnicos não foram escutados corretamente”, alega. Astrini entende, entretanto, que a mesma regra que pode parecer restritiva para uma região pode, por exemplo, ser extremamente importante para impedir o desmatamento da Amazônia. “Quando mistura várias realidades causa a injustiça da lei”, avalia, discordando da estrutura de conteúdo da nova lei. Enfim, em vários setores que já se manifestaram, a população espera uma atitude de Dilma Rousseff para evitar maiores problemas.

Fontes: www.em.com.br
             http:// folhaverdenews.blogspot.com

5 comentários:

  1. Um Código Florestal no Brasil precisa ser a base de uma nova união nacional e não o contrário.

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  2. O Desenvolvimento Sustentável, em suma, um equilíbrio entre produção econômica e defesa ecológica, não está fundamentado na atual versão do Código Florestal, pré-aprovado pelo Senado e pela Câmara.

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  3. O veto da Presidente da República conseguirá reconstruir estes limites e contradições que estão invibializando o Código Florestal?

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  4. Quais serão as consequências deste retrocesso legal, desta desunião nacional e deste impasse nesta legislação básica da vida ambiental e rural do Brasil?...

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  5. O imediatismo das atitudes dos nossos parlamentares ignora as necessidades futuras da nação. Aliás, ignoram o próprio conceito do Desenvolvimento Sustentável que visa garantir que a exploração atual dos recursos naturais não comprometa as gerações futuras. Será que vale mais um punhado de gado no topo dos morros do que a vida? Cassiano Pimentel

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