Em São Paulo, o jornalista ambiental Randáu Marques comentou com o editor deste blog que a mídia, ecologistas, cientistas e até políticos com maior cidadania, "todos que prezam os interesses nacionais e da nossa natureza devem ficar muito atentos sobre eventual exploração de diamantes no Parque Nacional da Serra da Canastra, mesmo com o adiamento para 2012 do projeto específico para consumar isso". Órgãos governamentais como o Ibama, Instituto Chico Mendes e até a Polícia Federal, como também o Ministério Público, além de repórteres de jornais, rádios, TVs e sites jornalísticos já estiveram por estes dias contatando fontes em Delfinópolis ou em outras cidades aos pés da Serra da Canastra, como São João Batista da Glória, Pinhuí, ao vivo e pela distância por telefone ou via Internet, buscando informações sobre este problema que desde a semana pasada foi levantado, também aqui pelo blog de ecologia e jornalismo independente, Folha Verde News: a tentativa de redução do Parque Nacional da Serra da Canastra, com exclusão de áreas destinadas à extração de diamante e quartzito, abre precedente para que, em outros estados, unidades de conservação de proteção integral venham a ser reduzidas para atender ao interesse de mineradoras. Esta é também a opinião de Sônia Rigueira, presidente do Instituto Terra Brasilis, que realizou desde 2005 um plano de manejo para o parque, coordenado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente: "Mais grave do que o impacto da escavação, que altera a paisagem e o solo da região, é a abertura de precedente que afetar áreas de proteção da biodiversidade por interesses do setor de mineração. Todos sabemos que o Brasil tem um solo rico e, logicamente, são as áreas preservadas que ainda estão inexploradas"...
Na avaliação de Sônia Rigueira, que é bióloga e mestre em Ecologia, Conservação e Manejo de Vida Silvestre, em nome de um chamado desenvolvimentismo (desenvolver a qualquer preço e a custo dos recursos naturais e não um desenvolvimento sustentável, que valorize a ecologia na ação econômica) o país corre o risco de entrar na contramão da história ao liberar a exploração mineral na Serra da Canastra: "A decisão de permitir a mineração é meramente econômica. Não houve debate com a sociedade ou estudos técnicos e científicos para embasar a exclusão das áreas de mineração".
O acordo entre alguns parlamentares e o Governo no Congresso prevê que o Parque da Serra da Canastra seja reduzido de 200 mil para 120 mil hectares, separando as áreas para exploração de diamante em rochas, que terão de ser dinamitadas. Além desta possibilidade, ainda não concretizada, tem sido também constatadas invasões na Canastra de garimpeiros de diamante e até de ouro, com explorações clandestinas e criminosas das jazidas brasileiras em torno das nascentes do Rio São Francisco, que são contrabandeadas para os mercados negros, por exemplo, da Antuérpia, Holanda, África do Sul. Para exemplificar, uma pequena pedra de diamante, vendida por um garimpeiro clandestino por cerca de 3 milhões, no mercado negro chega a ser comercializada por 10 milhões de reais. O lobby internacional da exploração de riquezas minerais está atuando no Brasil e esta é também uma grande ameaça à jazidas da Serra da Canastra e de outros parques nacionais ou reservas da natureza do país.
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| Reservas ecológicas do Brasil têm jazias de ouro, diamantes, quartzo e outras riquezas minerais |
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| Na exploração de diamantes, dinamitações e na de ouro, poluição por mercúcio (metal pesado) |
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| As riquezas hidrominerais brasileiras ameaçadas por uma máfia... |
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| ...agora ambicionando agir na Serra da Canastra também |
Bancada (ou máfia) da mineração tem endereço: DNPM
Alguns indícios e outros fatos já confirmados já estão em reportagens e em investigações, questionando ou tentando flagrar as ações de uma verdadeira e também obscura bancada no Congresso - melhor seria dizer máfia - junto ao DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) em Brasília: com apoio do lobby internacional do setor, políticos da base governista e de outros partidos também tem sido favorecidos em suas requisições de áreas para mineração de diamante, ouro, prata, magnezita. quartzo, granito e até mesmo argila, areia, casacalho e água mineral. Não há um rigor de pesquisa ou um padrão técnico de avaliação, no caso o que já vem sendo constatado é um apadrinhamento dos políticos ligados ao DNPM e por extensão ao próprio Ministério das Minas e Energia: só para fundamentar esta informação, matérias ou investigações levantaram que ultimamente 10 parlamentares e outras dezenas de parentes deles conseguiram obter licenciamento para empresas de mineração em varidas regiões do país, também nas cercanias de áreas ambientalmente protegidas. Só para citar um dos nomes destes parlamentares incluídos nesta matérias como apadrinhados e/ou padrinhos de mineradoras, está o de Lobão Filho, cujo pai é o Edison Lobão, nada menos do que o Ministro das Minas e Energia: enfim, no momento em que a grande mídia nacional e internacional, bem como o Ministério Público, se voltarem com todas as suas atenções para este problema criminal, com certeza, mais um grande escândalo em Brasília está por acontecer.
Este cinturão de grandes interesses por enormes lucros imediatos com todo tipo de jazidas é que se aperta cada vez mais em torno dos parques nacionais ou de reservas ecológicas, como está ocorrendo agora com a Serra da Canastra, uma reserva de Cerrado e de riqueza hidromineral para a vida e o futuro da Nação, um patrimônio público, nacional que não é não destinado ao interesse de alguns poucos políticos e empresas multinacionais de mineração. (Padinha).
Fontes: Correio Braziliense (repórter Josie Jeronimo) |
Nesta postagem de hoje, continuando a discussão pública deste problema da Serra da Canastra e de outras reservas ou parques ecológicos, o blog Folha Verde News abre espaço para mais denúncias, constatações e investigações, jornalísticas e também criminais ou do MP, que estão em andamento. A intenção é mobilizar ecologistas, autoridades e opinião pública, algo que pode levar a uma nova realidade neste universo de total importância para a ecologia, o desenvolvimento sustentável e o futuro da Nação.
ResponderExcluirVeículos, só para exemplificar dois, como a Agência O Globo e como o jornal Correio Braziliense não iriam abrir espaço a matérias como estas, que começam a se transformar num clamor pela ecologia do país, se não houvessem fontes fidedignas e informações confirmdas, não somente suspeitas ou suposições e especulações. Dentro deste contexto, nosso blog publica estas informações em busca do interesse público maior e da defesa da ecologia, a bem do país e da nossa população.
ResponderExcluirNos reservamos o direito de não explicitar algumas fontes de informação ou entidades, no local, nacionais e também de âmbito internacional, que por enquanto ainda não foram citadas aqui no Folha Verde News. Também, deixamos claro que nem todos os integrantes do DNPM ou do Ministério das Minas e Energia, como também nem todos parlamentares de Brasília, estejam coniventes ou envolvidos com estes problemas que abordamos neste post, o que serve para para o internauta separar o joio do trigo, assim como nosso blog faz, em busca da verdade dos fatos.
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