Gravou 50 anos da maior floresta tropical úmida do mundo e deixou sete toneladas de filmes nos arquivos da PUC de Goiás
Terminou por morrer em Londres aos 77 anos o documentarista Adrian Cowell: o cineasta, que vinha finalizando um filme sobre a violência no Sul do Pará, deixa um legado de 50 anos de gravações dos mais diferentes cenários e situações da Amazônia. Quem envia ao blog da ecologia Folha Verde News a triste notícia é o seu amigo e jornalista ambiental, Randáu de Azevedo Marques, comentando: "Pena que ele e o Padinha, que sabiam um do outro por mim, não tiveram a chance de se conhecerem ou de lutar lado a lado, Cowell foi um mestre do cinema documental e ecológico, este filão de cinema tem tudo a ver com as mudanças na realidade que precisam ser feitas no Brasil, produtores culturais ligados a esta luta precisam resgatar a memória e o trabalho dele".
Nada escapou às lentes de Cowell. Ele filmou a destruição da maior floresta tropical úmida do mundo, a situação dos povos indígenas, os sertanistas, garimpeiros e fazendeiros. É considerado o maior documentarista da Amazônia.
Cowell deixou sete toneladas de filmes. Esse acervo foi doado à Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiás, está disponível para consultas e eventuais trabalhos que registram por meio século as lutas de variadas formas pela sobrevivência dos povos da floresta e dela mesmo, que Cowell considerava a causa fundamental da ecologia no país e no planeta.
Fontes: G1
BBC
Folha Verde News
Conheci rapidamente Adrian Coweel, de passagem por São Paulo, numa mostra alternativa de documentários na Livraria Ibrex: ele estava na Caiixa Federal buscando recursos para a continuidade do seu trabalho, que poderá vir a ser tema e conteúdo de um programa na TV Brasil. O comentário é do nosso editor Padinha, relatando um encontro com o mestre do documentário ecológico, um grande defensor da natureza do Brasil e dos povos da floresta.
ResponderExcluirUm homem com este trabalho e esta luta mereceria sim estar recebendo um Prêmio Nobel da Paz para que fosse possível levar adiante as suas filmagens e as suas mensagens sobre a criação do futuro.
ResponderExcluirUm mestre dos documentaristas da floresta brasileira, um estrangeiro que era mais brasileiro do que a maioria, levou uma luta de meio século pela Amazônia e suas filmagens precisam ser resgatadas como um tesouro do Brasil.
ResponderExcluirAdrian foi parceiro dos povos da floresta, lutando há 40 anos contra os projetos faraônicos de megahidrelétricas na Amazônia, testemunha o jornalista e ecologista Randáu Marques, que fez várias reportagens com ele no Jornal da Tarde.
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