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sábado, 10 de setembro de 2011

O PODER DAS REPORTAGENS E DA TECNOLOGIA DIGITAL

Supercomputador pode prever revoluções


A high tech interpreta os sentimentos humanos e prevê fatos da realidade

Alimentar um supercomputador com artigos jornalísticos e sentimentos de época pode ajudar na previsão de eventos internacionais, segundo um estudo concluído agora nos Estados Unidos. A pesquisa se baseou em milhões de artigos e detectou uma piora do sentimento geral das nações antes dos recentes levantes no Egito e na Líbia. Embora a análise tenha sido feita retrospectivamente, cientistas dizem que o mesmo processo pode ser usado para antecipar conflitos que ainda estejam para acontecer. Kalev Leetaru, do Instituto para Computação na Área de Humanas, Artes e Ciências Sociais da Universidade do Illinois divulgou a pesquisa na publicação científica First Monday.
A informação usada no estudo foi tirada rede uma série de fontes que analisam a imprensa pelo mundo, como o Open Source Centre (mantido pelo governo americano) e o serviço BBC Monitoring. Também foram analisados sites de notícias, como o arquivo digitalizado do New York Times desde 1945.No total, foram estudados mais de 100 milhões de artigos.

Reportagens e artigos revelam o futuro...
Dois tipos As reportagens foram analisadas por dois tipos básicos de informações: sentimento (se ela representava notícias boas ou ruins) e localização (onde eles aconteciam e a localização de outros participantes no artigo). A detecção de sentimento buscou palavras como "terrível", "horrível" e "agradável". No quesito localização, o estudo pegou citações como "Cairo" e as converteu em coordenadas (latitude e longitude) em um mapa.
A análise de elementos das reportagens criou uma rede com mais de 100 trilhões de interconexões. Os dados foram colocados em um supercomputador SGI Altix, conhecido como Nautilus, na Universidade do Tennessee.Mais de 100 milhões de reportagens foram estudadas pelo computador. A máquina tem um poder de processamento de 8.2 teraflops (ou trilhões de operações de ponto flutuante por segundo).
Baseado em perguntas específicas, o Nautilus gerou gráficos para diferentes países que tiveram suas “primaveras árabes”. Em cada caso, os resultados agregados de milhares de reportagens mostrou uma notável queda no sentimento geral das nações antes dos levantes, tanto dentro do país como em reportagens do exterior.
No caso egípcio, o tom das coberturas de imprensa antes da queda do presidente Hosni Mubarak chegou a um ponto baixo só visto duas vezes nos 30 anos anteriores, antes do bombardeio americano de tropas iraquianas em 1991 e antes da invasão americana do Iraque em 2003.
"É muito parecido com as previsões econômicas feitas pelos algoritmos. Você sabe a direção que algo teve nos últimos tempos e quer saber o que vai acontecer", disse um especialista à BBC. O cientista também quer melhorar a resolução da análise, especialmente da geográfica, chegando a determinar cidades, “grupos de indivíduos e como eles interagem”.
"Faço uma comparação com a meteorologia. Nunca é perfeita, mas é ainda melhor do que palpites aleatórios", mostrando asim o alcance quase profético da alta tecnologia, alimentada com as informações da mídia e os sentimentos humanos de cada época e de cada lugar.

Fontes: BBC
             folhaverdenews.blogspot.com

2 comentários:

  1. Os supercomputadores substituirão os profetas em futuro próximo? No caso de profecias bem como de descobertas científicas (como as de Ensitein, por exemplo) existe um componente que falta às máquinas digitais mais contemporâneas do mundo: a intuição. Sem este poder natural do ser humano, desenvolvido apenas por algumas pessoas especiais, profecias e descobertas científicas ainda são impossíveis para os supercomputadores.

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  2. Vai daí desta conclusão sobre o valor da intuição, que o sistema educacional em todos os países deveria incentivar às crianças e estudantes de todas idades e graus a desenvolver este dom natural, raro e mágico do ser humano. E talvez o caminho para isso seja não só o sistema de educação oferecer quantidade de informações e sim também, aprofundar na qualidade delas, o que pode ser conseguido com a busca da sabedoria. Isso é algo que nas atuais sociedades de consumo não existe. Está aí uma revolução urgente e que não sei não se os supercomputadores podem detectar, pois são fruto eles também da cultura digital e contemporânea.

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