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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O JEJUM OU A GREVE DE FOME COMO ARMA DA NÂO-VIOLÊNCIA


Professores acampam e fazem greve de fome em Minas e na Índia jovem faz jejum há 10 anos

Já há mais de 24 horas professores da rede estadual de Minas, em greve há 106 dias, acampam na Assembleia Legislativa do Estado. Dois professores, que fazem parte da vigília, iniciaram uma greve de fome por tempo indeterminado em favor do movimento devalorização da Educaçãoouseja, o problema não é só por aqui em São Paulo mas em todo o país: na Índia a luta da cidadania é contra o abuso de autoridade de militares...

 

Dois professores estaduais de Minas Gerais entraram em greve de fome para protestar por melhores salários.Segundo o Sindi-UTE (sindicato que representa a categoria), cerca de 250 professores dormiram nas dependências externas da Casa. No momento, diz o sindicato, há cerca de 500 grevistas no local. Para a Assembleia, são cerca de 300 pessoas.O objetivo da vigília, segundo Beatriz Cerqueira, coordenadora do sindicato, é sensibilizar os deputados para que não votem a proposta feita pelo governo, da qual o sindicato discorda.
Dois professores da rede estadual de educação protestam desde o final da tarde de segunda-feira (19) em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte. Os educadores Abdon Geraldo Guimarães e Marilda de Abreu Araújo afirmaram que estão em greve de fome por tempo indeterminado e só pretendem sair do local quando as negociações salariais entre o governo e o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute) forem retomadas.
"O nosso propósito é que o governo se sensibilize e abra negociação com o sindicato, porque o que ele está oferecendo não atende a categoria, e também em solidariedade aos companheiros que estão desde o dia 8 em greve. Alguns estão até sem alimento em casa. Nós vamos ficar até o dia que o governo fizer abertura (das negociações), ou que a greve chegue ao fim", disse Marilda, que é diretora do Sind-Ute e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).


EM GREVE DE FOME HÁ 10 ANOS NO PAÍS DE GANDHI

Uma indiana que está em greve de fome há mais de dez anos foi  criticada pela mídia de lá por ela ter revelado que estava noiva...Considerada a pessoa em greve de fome há mais tempo no mundo, Irom Sharmila Chanu, de 39 anos, iniciou seu protesto em 2000, após o assassinato de dez jovens da região nordeste do país, Manipur, onde ela mora. Os jovens foram ao que tudo indica assassinados por um grupo paramilitar e ela resolveu protestar contra as mortes e contra uma lei que dá poderes especiais às Forças Armadas. Segundo o correspondente da BBC na Índia, Subir Bhaumik, desde que começou o jejum, Sharmila virou um ícone em Manipur. Logo que começou sua greve de fome, ela foi presa e... acusada de tentativa de suicídio. E desde então, é obrigada a se alimentar por uma sonda em um hospital, sob custódia da Justiça da Índia.
A tática de jejuar começou com Gandhi

Recentemente, ativista da não-violência jejuou e consegui vitória contra corrupção na Índia....

...agora esta jovem tem sido obrigada a se alimentar com soro e jejua há dez anos contra abuso de poder militar no interior do país de Gandhi
Na entrevista, Sharmila reclamou que alguns indianos, insatisfeitos com o namoro, se comportaram de forma rude com seu noivo que é de origem britânica. Para ela, a rejeição a ele não se deve apenas ao argumento dos simpatizantes de que seria uma manobra do governo, mas também por fatores sociais. "Ele é de Goa, mas é um cidadão britânico. Por isso estão contra o relacionamento", disse a ativista ao jornal Calcutta Telegraph. Muitos de seus defensores já protestaram contra o jornal, por ter dado mais importância ao relacionamento do que à campanha da ativista.
Longa greve
O irmão de Sharmila conta que ela começou seu protesto logo depois do assassinato dos jovens. "Os assassinatos ocorreram no dia 2 de novembro de 2000. Era uma quinta-feira e Sharmila sempre jejuava na quinta-feira, desde criança", disse à BBC Irom Singhajit Singh. "Naquele dia ela estava de jejum e simplesmente decidiu continuar." O Estado indiano de Manipur tem uma população de cerca de 2,5 milhões de pessoas e uma grande presença do Exército, de paramilitares e da polícia, que combatem pelo menos 12 grupos insurgentes desde 1980. O governo da Índia alega que a lei que dá poderes especiais às Forças Armadas para deter pessoas sem julgamento e também imunidade mesmo depois de casos de assassinatos de civis é necessária. Segundo o governo, a lei promulgada em 1958 é necessária para restaurar a normalidade no Estado. Mas os grupos representantes da sociedade civil afirmam que esta lei causou grandes violações aos direitos humanos por parte de soldados e funcionários da polícia.
Fontes: BBC
              http://folhaverdenews.blogspot.com
              www.terra.coim.br
              vermelho.org.br

2 comentários:

  1. Em BH nosso editor Padinha esteve ao vivo contatando este movimento que nesta semana cresceu muito, graças também à coragem e despreendimento de todos os educadores que acamparam e dos dois líderes que fazem jejum por sua luta pelo avanço da educação e valorização do trabalho dos professores.

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  2. O jejum público ou a greve de fome sensibilizam e mobilizam a opinião pública e isso pode avançar a luta em todos os lugares onde ele é usado como uma forma pacífica de lutar.

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