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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

DEFENSORES DE ANIMAIS LUTAM CONTRA SAPATOS DE COURO

Protesto contra o uso de couro em sapatos

Um grupo de defensores dos animais se fantasiaram ontem de vaca e de boi para protestarem contra o uso do couro na fabricação de sapatos durante um protesto realizado num dos points da de moda em Nova York nos Estados Unidos, principal comprador de calçados fabricados em Franca (SP) e no sul do Brasil.
“Com os materiais ecológicos e duráveis na moda e disponíveis não há razão para que tenham que esquartejar animais para poder usar a sua pele”, disse Ashley Byrne, a responsável por esta iniciativa promovida pela organização Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA).
Seis integrantes da PETA chegaram em um veículo conversível fantasiados de vaca e tocando chocalho na porta do lugar, situado em pleno centro da cidade, perto do Museu de Arte Moderna (Moma) e do Radio City Music Hall.
Cerca de 200 manifestantes participaram da ação levando cartazes e gritando “os animais não são para vestir” e “virem vegetarianos”. “Viemos pedir aos fabricantes de sapatos que entrem no século 21 e se deem conta de que podem fabricar produtos com estilo e, ao mesmo tempo, que não prejudicam os animais”, assinalou Ashley que acrescentou, “nunca foi tão fácil encontrar sapatos, casacos e acessórios modernos que não sejam de couro”. Eles não citaram um detalhe, que a maior parte dos produtos em couro sintético vêm da China, o maior concorrente dos produtores brasileiros no mercado. "Não se trata de mercado e sim de uma atualização deste setor da moda, o couro artificial pode ser mais econômico, é mais ecológico, no sentido da não-violência contra animais como os bovinos, os calçadistas brasileiros precisam apenas investir em tecnologia para esta mudança de matéria-prima, algo que vai aumentar a força de mercado, diminuindo o preço dos calçados e produtos afins, diminuindo a penetração dos produtos made in China e além do mais avançando seu marketing, seus negócios, sem prejudicar a mão-de-obra, ao contrário, poderá haver então mais produção e portanto, mais empregos, será bom para todos", argumentou o ecologista norteamericano Ralph Willians, defendendo este avanço ético neste mercado de produção e consumo.
Bois e vacas seriam mais poupados com o uso dos sintéticos

Sapatos de couro natural...

...ou de couro artificial, esta é a questão

Descoberto o sapato mais antigo da Terra com 5500 anos, foi feito com couro bovino

O couro, usado para fabricar calçados, jaquetas, bolsas e cintos, é “muito tóxico para o meio ambiente, porque para que não estrague a peça o tratam com produtos químicos e frequentemente chegam a caixas d’água”, segundo a representante da PETA. (Em Franca e em alguns outros centros calçadistas há tratamento dos efluentes dos curtumes que tratam o couro, mas realmente a necessidade do uso de Cromo (metal pesado) no tratamento ou de produtos químicos na despoluição, este processo industrial até poderia ser mais sustentável com a utilização de couros sintéticos. Haveria mais economia na fabricação, mais ecologia, mas a questão que os calçadistas brasileiros levantam em suas feiras  -  como a Francal e a Couromoda  -  é sobre a qualidade tradicional dos produtos em couro animal, algo que defensores do sintético já procuram desmitificar).
A estilista britânica Stella McCartney, filha do ex-beatle Paul McCartney (ambos vegetarianos), é uma das mais sólidas defensoras da fabricação de artigos de alta costura sem usar material de origem animal, uma tendência que outras grandes marcas como Ralph Lauren e Calvin Klein se comprometeram a adotar.
Stella, que morou em uma fazenda quando era criança, chegou a declarar em uma entrevista ao jornal “The Guardian” que as pessoas que fazem parte da indústria da moda “não têm coração” porque, de outro modo, não continuariam usando couro ainda hoje em dia. A designer também se negou a desenhar complementos de couro quando trabalhou para Gucci e reclamou que seus colegas ignoram as campanhas que denunciam o uso desse material, apesar de que deveriam ser os pioneiros nessa prática.

Fontes:  www.ambientebrasil.com.br
               http://folhaverdenews.blogspot.com

2 comentários:

  1. Na sua essência, este protesto tem também a ver com a luta dos vegetarianos pelo não-consumo de carne, se diminuir a utilização do couro natural, os animais já serão mais poupados, como disse um manifestante, sendo um passo a mais para um outro tratamento mais ético ou menos violento e mais "humano" aos bois, vacas e animais em geral, o que será uma revolução na cultura da vida. Haverá grandes mudanças na economia, na ecologia e na vida nos próximos anos, esta poderá vir a ser uma delas.

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  2. Em Franca, capital nacional e sulamericana dos calçados masculinos - de couro - esta notícia pode até soar como uma adversidade ou pelo menos, mais uma polêmica, porém, na verdade a troca de couro natural por sintético ou artificial poderá vir a ser entendida como um avanço pelos benefícios econômicos, como preço e predomínio no mercado nacional e internacional. O conteúdo ecológico depende mais da visão cultural ou da consciência da pessoa. Os dois conteúdos juntos - economia e ecologia - significam sustentabilidade e futuro, para a indústria calçadista e também para todos os setores da vida.

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