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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

DALAI LAMA E O TIBET VIVEM UM NOVO MOMENTO EM SUA LUTA

Um jovem executivo é agora Primeiro Ministro e o país do Himalaia conseguirá sua libertação?

Dalai Lama renunciou às atividades políticas mas como líder espiritual continuará comandando os tibetanos em busca da libertação nacional perante a China? Até agora ele vinha liderando uma luta à base da não-violência para conquistar a liberdade política do Tibet, a expectativa lá e em todo o mundo é saber qual o rumo dessa luta, agora quando Dalai Lama empossou um Premier jovem e com grande conhecimento da cultura ocidental, embora se diga fiel às tradições culturais tibetanas: Lobsang Sangay, um advogado de 43 anos formado em Harvard, prestou juramento nesta segunda-feira como novo primeiro-ministro do governo e sucessor político do Dalai Lama.

O jovem advogado executará orientações do velho líder?

Sangay afirmou manter os ideais budistas também na política do Tibet
Sangay fez o juramento em uma cerimônia presidida pelo Dalai Lama no templo de Tsuglagkhang, o centro espiritual de Dharamsala, a cidade na região norte da Índia onde fica a sede do governo no exílio. Sangay, que nunca visitou o Tibete, sucederá o Dalai Lama em uma mudança histórica na política tibetana, já que pela primeira vez não estará dominada por líderes religiosos.
A figura do novo premier terá uma importância renovada, mas o Dalai Lama, de 76 anos, manterá a posição como líder espiritual e tomará as principais decisões políticas.
O desafio de Sangay é gigantesco. O líder espiritual tem uma profunda influência sobre os tibetanos, enquanto o novo primeiro-ministro é pouco conhecido fora de algumas alas da comunidade no exílio.
Em público ele manifesta apoio à política do Dalai Lama de buscar uma "autonomia significativa" para o Tibete sob o controle da China, mas por sua idade e por ter integrado o Congresso da Juventude Tibetana é objeto de especulações de que poderia ocultar uma agenda mais radical.
O Dalai Lama luta pelos direitos dos tibetanos desde que partiu para o exílio na Índia em 1959, quando fracassou uma revolta contra o domínio chinês, exercido desde o início daquela década.
Após as ofertas tradicionais de chá adocicado e arroz, Sangay foi empossado exatamente nove segundos após a 09H09 local, pois o número nove é associado à longevidade.
Nascido e criado na região produtora de chá da Índia, Darjeeling (nordeste), Sangay estudou na Universidade de Délhi, antes de completar um mestrado na Faculdade de Direito de Harvard, nos Estados Unidos, onde passou a lecionar.
Seu perfil não é muito comum entre a nova geração de ativistas tibetanos no exílio, que, apesar de serem budistas praticantes, veem suas qualificações profissionais como algo crucial para exercer uma boa liderança.
Em entrevista à AFP em Dharamsala no início do ano, Sangay reconheceu que o Dalai Lama era insubstituível, mas acrescentou que há uma fome na comunidade tibetana "para ver a nova geração assumir a liderança."
O novo primeiro-ministro foi eleito em abril, quando ele derrotou facilmente dois outros candidatos e ganhou 55% dos votos dos 49 mil que votaram no exílio na Índia e em outros países. A figura escolhida é vista como um alívio para o Dalai Lama em sua luta pela autonomia do Tibete, mas não estará isenta de dificuldades, disseram especialistas.O governo no exílio não é reconhecido tanto pela China ou por outros países e a sua legitimidade aos olhos dos tibetanos que vivem no Tibete, que pode ser questionada agora que já não é liderado pelo Dalai Lama. Mas há os que pensam ao contrário, a luta tibetana ficará mais forte agora, unindo juventude de um executivo e a experiência de um grande líder espiritual. Os fatos mostrarão quem está mais próximo da nova realidade do Tibet, o único país da Terra que vinha sendo governado pelos princípios da Não-Violência.
Dalai Lama: "Abandono a política mas não a luta do meu povo"

Fontes: APF
             Yahoo
              http://folhaverdenews.blogspot.com

2 comentários:

  1. Um conflito supercontemporâneo, este que o Tibet e Dalai Lama está vivendo: será a política o melhor caminho para se criar o futuro? Até aqui entre nós, no blog Folha Verde, nosso editor, o ecologista Padinha dias atrás abandonou também a política partidária, sem se afastar da luta pela ecologia. Guardadas as devidas proporções, isso serve prá gente entender esse conflito entre os ideais e o dia a dia da política.

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  2. Só de publicar em primeira mão no Brasil, quase ao mesmo tempo que o site nacional de notícias Yahoo, nosso blog de ecologia se sente honrado de postar uma discussão de nível tão elevado, como o uso da Não-Violência na libertação nacional e na solução dos problemas de um país, no caso o Tibet: Dalai Lama, seu povo e a estratégia da vida tibetana são uma energia pura, capaz de avançar o ser (des)humano da atualidade, num mundo de violência, corrupção, consumismo e injustiças, que são o dia a dia de praticamente todo país no planeta.

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