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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

CRESCE DESMATAMENTO TAMBÉM NO AMAZONAS

Desmate da Amazônia volta a aumentar

O repórter da Folha de SP, Cláudio Ângelo informa que o desmatamento na Amazônia deve reverter sua tendência de queda em 2011: dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgados hoje mostram que o acumulado do ano até agora atingiu 2.429 quilômetros quadrados, contra 2.295 quilômetros quadrados no ano passado. E isto ainda faltando um mês para o encerramento da série anual.
Ou seja, mesmo que em julho não caia uma só árvore na Amazônia, o crescimento da taxa entre agosto de 2010 e julho de 2011 terá sido de 6% se comparado ao igual período do biênio 2009/2010 (o desmatamento é medido sempre de agosto a julho do ano seguinte).É uma margem pequena, praticamente empate técnico. A possibilidade de desmatamento zero em julho, porém, é remota, já que o mês de seca (o chamado "verão" amazônico) costuma ser o pico da devastação.
Em junho, os dados do sistema Deter (que vê o desmatamento em tempo real, mas com menos precisão) indicam um desmatamento de 312,69 quilômetros. É um aumento de 28% em relação ao mesmo mês do ano passado, e de 16% em relação a maio deste ano.
Em 2010, a Amazônia registrou o menor desmatamento já medido desde que o Inpe começou a série histórica com satélites, em 1988: foram 6.451 quilômetros quadrados medidos pelo Prodes, o sistema que dá a taxa oficial.
O Deter é mais rápido que o Prodes, porém é "míope": não detecta pequenas áreas desmatadas, portanto, o governo evita usá-lo para cálculo de área. No entanto, o comportamento da série do Deter permite estimar a tendência da devastação.

A série de dados do Deter indica que a reversão da tendência de queda do desmatamento começou em março. Em abril, quando o debate sobre o Código Florestal começou a pegar fogo no Congresso, a devastação medida pelo Deter cresceu 835%, o que levou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a convocar uma espécie de "gabinete de crise".Segundo o governo, expectativas do setor produtivo em relação à anistia a desmatadores prevista no projeto então em discussão na Câmara dos Deputados, somados ao mercado de commodities agrícolas aquecido e a uma lei de zoneamento complacente em Mato Grosso, foram culpados pela escalada.O Ibama suspendeu todas as suas operações de fiscalização no restante do Brasil e deslocou mais de 500 agentes para reforçar a fiscalização na Amazônia.
Mas ações do próprio governo também estão se mostrando corresponsáveis pelo aumento no desmate.
Entre os municípios mais desmatados em junho estão Porto Velho (RO) e Altamira (PA), o que provavelmente reflete impactos das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, e Belo Monte, no rio Xingu.

Na Amazônia e também nas últimas matas nativas do Sudeste e outras regiões brasileiras...

E se depender de muitos dos parlamentares do Brasil a tendência vai aumentar

Aumenta uso de madeira 

A demanda por madeira destinada à produção de energia aumenta de maneira estável, e os analistas do setor acreditam que a tendência será reforçada com a decisão de alguns países industrializados de privilegiar fontes de energia renováveis e limpas frente à nuclear.É o que revela a revista anual do mercado de produtos florestais da Unece (Comissão Econômica da ONU para a Europa), que indica que o consumo de produtos florestais subiu 5,6% em 2010 nas regiões da América do Norte, Europa e em países do antigo bloco soviético.O posicionamento sobre matéria energética mudou em certos países europeus após o acidente nuclear de Fukushima --como o anúncio da Alemanha de abandonar totalmente a energia atômica até 2022--, mas também o aumento do preço do petróleo e do carvão impulsionou fortemente o mercado madeireiro. Abandonar o Nuclear é ecologicamente correto, mas o que se espera é um fortalecimento das energias tipo Solar ou Eólica e não que as florestas do Brasil paguem o pato, comentou o ecologista editor de nosso blog.


Fontes: EFE
              folha.com
              http://folhaverdenews.blogspot.com

Um comentário:

  1. Tem sido observado um aumento recente nas estradas e rodovias do nordeste paulista e sudoeste mineiro, onde restam manchas de matas nativas, a passagem de muitos caminhões com carregamento de madeira e carvão: não há informações do Ibama ou da Polícia Ambiental que esteja sendo intensificada a fiscalização...

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