PODCAST

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

BRASIL E PLANETA CLAMAM POR DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Futuro da Amazônia é teste político para Dilma, diz Financial Times: país e mundo de olho nela

Área desmatada da floresta amazônica
FT pergunta: novo Código Florestal anistiará desmatamatadores?

As disputas em torno do novo Código Florestal brasileiro, já aprovado em primeira instância pela Câmara dos Deputados e agora aguardando votação pelo Senado, representam um "teste político prematuro" para a presidente Dilma Rousseff, na avaliação de reportagem publicada nesta segunda-feira pelo diário econômico britânico Financial Times.Para o jornal, a promessa de Dilma de vetar uma anistia ao desmatamento prevista no projeto poderá colocá-la em rota de colisão com a bancada ruralista no Congresso e ameaçar o controle da coalizão governista. Por outro lado, nacional e internacionalmente há a pressão por parte dos ambientalistas em defesa dos recursos naturais, das florestas e do Desenvolvimento Sustentável.
A reportagem observa que as discussões sobre o novo Código Florestal opõem fazendeiros a favor da anistia, preocupados com o custo do cumprimento das normas ambientais, e ambientalistas preocupados com os danos provocados pela anistia, além de "um nascente setor da indústria de investimentos que procura monetizar a proteção da floresta".
"Para a presidente Dilma Rousseff, que prometeu vetar a anistia, enfrentando o poderoso lobby agrícola do país, que envolve multinacionais do agrotóxico, a questão significa um teste precoce. Sua habilidade para controlar uma coalizão rebelde ao tentar se igualar ao desempenho de Luiz Inácio Lula da Silva, seu bem sucedido e popular antecessor, será acompanhada de perto tanto pelos eleitores quanto por investidores", diz o texto do jornal inglês.
Monitoramento
O jornal comenta que "um dos sucessos do Brasil nos últimos anos tem sido uma significativa redução no desmatamento da Amazônia, combinada com um aumento na produção agrícola alcançada por meio de avanços tecnológicos". A reportagem observa que 17% da floresta já foi desmatada desde os anos 1960, principalmente para abrir espaço para a criação de gado. "Mas após atingir um pico de cerca de 27 mil quilômetros quadrados em 2004, a taxa de desmatamento anual caiu para quase 6.500 quilômetros quadrados no ano passado", diz o jornal. "O monitoramento das florestas por satélite, apoiado por um fortalecimento da fiscalização, particularmente contra os grandes fazendeiros, foi usado para conseguir a redução", afirma o texto, referindo-se em especial à época em que a ambientalista Marina Silva foi ministra do Meio Ambiente do Governo Lula.
O jornal observa que o projeto do novo Código Florestal, que teria o objetivo declarado de proteger os pequenos produtores de terra, mantém as metas para a proteção das florestas - de 80% da área da floresta amazônica e 20% em outras florestas -, mas estabelece uma anistia para aqueles que desmataram ilegalmente até 22 junho de 2008.
Hidroelétricas também são uma polêmica e um problema grave


Protesto contra a hidroelétrica de Belo Monte
Megahidrelétricas na Amazônia causam protestos no Brasil e também no exterior

Para a reportagem do Financial Times, Dilma terá que avaliar se a batalha política sobre o novo Código Florestal vale a pena. "Ela já enfrenta problemas para controlar sua coalizão multipartidária indisciplinada, depois de perder quatro ministros desde sua posse, em janeiro, em meio a escândalos éticos e de corrupção". O jornal observa ainda que, além de tudo isso, a presidente "também tem seus próprios planos para a região", incluindo a construção de um sistema de grandes hidroelétricas para aumentar a capacidade de geração de energia e fomentar o crescimento econômico. Cientistas brasileiros propõem pequenas e médias hidrelétricas conjugadas com energias Eólica e Solar, mas não tem sido ouvidos nos debates.
Para o diário, a presidente terá que equilibrar essas preocupações com as preocupações ambientais tanto no Brasil quanto nos mercados de exportação nos países desenvolvidos. "Ainda assim, independentemente de como será alcançado, o melhor manejo da terra na Amazônia brasileira é uma prioridade urgente não apenas para o ambiente, mas também para os 24 milhões de habitantes da região, uma mistura de índios, fazendeiros, pequenos produtores e peões pobres que vêm vivendo em constante conflito por décadas", comenta um dos jornais de maior influência no planeta hoje.

Presidente do Brasil vive a tensão deste momento de decisão


Fontes: BBC
              http://folhaverdenews.blogspot.com

3 comentários:

  1. Inteligência, ética, bom senso são exigidos agora em decisões como Código Florestal e Belo Monte ou na implatação do Desenvolvimento Sustentável, priorizando-se energias como a Solar e a Eólica. Presidente Dilma e o Brasil diante de um momento histórico, que pode consgrá-los mundialmente ou torná-los co-responsáveis por tragédias sociais e ambientais que virão com mais desequilíbrios na já sutil ecologia do país e do planeta.

    ResponderExcluir
  2. Não somente todo um movimento socioambiental no país e em vários pontos do planeta, formado por ecologistas qwue lutam pelo futuro da vida: aqui e em vários países a mídia, os cientistas e a própria História de olho na decisões brasileiras que podem acabar por desequilibrar de vez ou ajudar na restauração do equilíbrio do meio ambiente, fundamental para que exista amanhã.

    ResponderExcluir
  3. Ainda não tenho os detalhes mas a partir desta sexta-feira haverá um refortalecimento do PV Franca e destas lutas pela sustentabilidade e pela vida futura, a bem da população daqui da cidade e região também, OK?

    ResponderExcluir

Translation

translation