Não teve gol de Ronaldo contra a Romênia, três chances perdidas no tempo, mas a presença de dois dos seus filhos, os garotos Ronald e Alex deram um toque a mais de beleza na festa da despedida do maior artilheiro das Copas do Mundo (até agora), despedida dos campos de futebol. Agora, ele começa um novo jogo, fora do campo, como cidadão ligado aos esportes e à cultura da vida. Agora, adorado por todas as crianças (de todas as idades...), ele vai superar mais este desafio de não poder mais jogar bola. Agora ele passa a ser novamente o Ronaldo Luís Nazário de Lima e com certeza, terá todo um futuro pela frente, como um empresário, amante do Brasil e um ser humano da paz. Assim que a equipe de Folha Verde News leu seu rosto no close final no Pacaembu de tantos Corinthians, de tantas emoções: em vez da lágrima, o sorriso. O choro ficou por conta da chuva, lavando São Paulo e parte do país, a natureza se manifestou chovendo frio nessa última noite. Mas não foi tristeza nem alegria e sim, calor humano. Calor humano da vida que continua para alguém deixando de ser estrela para voltar a ser um homem. (Padinha)
Arte de Maurício sobre o adeus do Fenômeno |
Não é fácil esta passagem, este apocalípse de uma pessoa, deixando de ser a estrela para ser um homem comum no dia a dia do jogo da vida. Mesmo que seja um milionário como Ronaldo Nazário de Lima. Fez fortuna como artista da bola, não roubou, não praticou violência. Nisso, tem mais cidadania que muita gente no Brasil e no mundo. E ele terá ainda muitas chances de fazer gols na vida, ajudando a criação do futuro como brasileiro e como ser humano. Não está morrendo e só mudando de vida.
ResponderExcluirO futebolzinho da Seleção Brasileira anda bastante mediocre, apesar de alguns talentos individuais, mas a culpa não é de Mano Menezes e nem somente dos jogadores e sim da estrutura atual do futebol, um grande negócio, que paga superbem aos atletas, mas exige deles sangue, suor, alma, toda a resistência para cumprir uma maratona de jogos que contraria a arte da bola e o rítmo natural do esporte. Neste contexto, com vários jogadores talentosos mais fatigados ou stressados, até mesmo gordo Ronaldo, mesmo perdendo 3 gols, acabou se destacando na mediocridade. Saudades de Pelé, Garrincha, Sócrates, Zico, uma era mais romântica do futebol, onde os maiores talentos briulhavam mais graças à estrutura mais espontânea das táticas de jogo e também devido a um calendário menos dominado pelos megainteresses comerciais: parafraseando o0 poeta Caetano, os megainteresses comerciais erguem mas destroem coisas belas.
ResponderExcluirNo day after, Ronaldo está anunciando que está montando uma empresa-movimento que se chamará Criando Fenômenos: a idéia dele é apoiar a formação cultural e esportiva das crianças carentes. Este tipo de caminho de cidadania será com certeza um recomeço bem legal para ele no jogo da vida. E ainda por cima, vai livrá-lo do excesso de comercialismo que abunda no e afunda o futebol.
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