Hoje termina o prazo dado pela OEA para o Governo Federal se manifestar sobre irregularidades socioambientais no projeto da megausina de Belo Monte no Rio Xingu, Pará, numa região estratégica para o equilíbrio ecológico da Amazônia. E de todo o país como também de várias regiões do planeta continuam críticas de vários setores (cientistas, ecologistas, MPF, entidades como Greenpeace, WWF, Avaaz, Xingu Vivo, Cimi) sobre erros e limites de todo o planejamento energético do Brasil: em vez de aproveitar o extraordinário potencial natural do país para alternativas mais ecológicas e mais econômicas de energia, como a Eólica e a Solar, estão sendo mantidos contra toda a tendência mundial de desenvolvimento uma série de megausinas hidrelétricas (como Belo Monte e dezenas de outras na Amazônia e até no Pantanal), outra de termelétricas e também projetando a ampliação do programa nuclear, neste momento crítico pós-Fukushima, quando vários países estão desativando as suas usinas, potencialmente, núcleos de acidentes naturais e ambientais, optando por outras opções menos obsoletas, mais racionais. Não é o caso brasileiro. Nem respondeu ainda a Organização dos Estados Americanos sobre a questão de Belo Monte e já vai arrumando novos problemas.. De repente, vai provocar uma ação da própria ONU. (Padinha)
Júlia Dias Carneiro/Estadão fez esta reportagem-bomba que publicamos aqui como alerta
A Eletronuclear, empresa ligada ao governo e responsável pela operação das usinas nucleares brasileiras, planeja construir de quatro a seis novos reatores para entrar em operação até 2030. A meta faz parte do Plano Nacional de Energia, traçado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e pelo Ministério de Minas e Energia. De acordo com Manuel Diaz Francisco, coordenador de Comunicação e Segurança da Eletronuclear, uma "pesquisa em todo o território nacional" já está em andamento para erguer as novas usinas, e os planos não serão afetados pelo recente acidente de Fukushima, no Japão. "Fukushima apareceu e vai causar um impacto. Mas temos todas as indicações de que o programa nuclear vai em frente. No fim do ano passado, assinamos um contrato com a EPE e a Secretaria de Assuntos Estratégicos para pesquisa de todo o território nacional, e em breve teremos um menu de opções", afirma Francisco.
De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética, o consumo de energia no Brasil vai crescer 3,7% ao ano até 2030. Hoje, a energia nuclear responde por 2,5% da energia elétrica no Brasil. Até 2030, a previsão é de que o percentual chegará a 5%.
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| Vem aí Angra III dentro de um programa cientificamente obsoleto |
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| ...como já pode prever a ciência contemporânea |
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| ...acidentes e problemas anbientais vêm aí também.... |
Estão planejadas construir duas usinas no Nordeste e duas Sudeste, cada uma com capacidade instalada de mil megawatts cada (Angra 1 e 2, juntas, têm capacidade instalada de quase 2 mil MW). Conforme a demanda, outras duas do mesmo tamanho poderão ser construídas.
Cronograma sinistro
O cronograma prevê que a primeira usina entre em operação em 2019, no Nordeste, e a quarta em 2025, no Sudeste. Assim, a construção da primeira deve ser iniciada já no fim de 2012 ou no início de 2013, segundo Francisco: "Por uma questão de responsabilidade socioeconômica, o Brasil precisa dar ao cidadão uma oferta maior de energia", diz o porta-voz da Eletronuclear.
(Cá entre nós, o conceito deles de responsabilidade socioeconômica teria que incluir o fator ambiental para atender os direitos de cidadania e o preceito mais básico de ecodesenvolvimento).
Fontes: http://www.estadao.com.br/
http://folhaverdenews.blogspot.com/



Na área energética o Brasil está abusando do bom senso,pode não só ampliar os problemas com a OEA e depois com a própria ONU na sequência, como também comprometer o futuro da vida no país...e até no planeta, uma vez que no contexto mundial o meio ambiente brasileiro é o ponto principal do equilíbrio ecológico da Terra.
ResponderExcluirA Bancada Verde, a Frente Ambientalista, o Cimi, movimentos como Xingu Vivo, Greenpeace, WWF, Avaaz, o MPF, a Assembléia Legislativa do Pará, cientistas ligados à SBPC e à ABC, pesquisadores do IPT da USP, todos estão aguardando as tratativas entre o Brasil e a OEA, que podem ajudar uma revisão nos erros e limites de Belo Monte e talvez até obrigando um avanço do ecodesenvolvimento (e do bom senso) em todo o programa energético do país.
ResponderExcluirEnquanto em vários países, como Alemanha, Inglaterra, Japão, pós-Fukushima a ordem é desativar as usinas nucleares e buscar alternativas mais ecológica, mais econômicas e menos desastrosas de energia, no Brasil se fala em Angra III e mais meia dúzia de outras nucleares até 2012. Além do mais, as megausinas hidrelétricas como Belo Monte no Xingu (e outras programadas para a Amazônia e o Pantanal), as poluentes termelétricas e a falta de investimentos no Brasil nas alternativas Eólica e Solar, isso, no país que tem maior potebncial para elas. Enfim, é preciso mudar todo o modelo energético brasileiro antes que tarde.
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