Técnicos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) concluíram o primeiro estudo sobre as áreas de risco para o Aquífero Guarani no Estado de São Paulo. Hoje o maior vilão do aquífero são lixões desativados, segundo o responsável pelo estudo, José Luiz Albuquerque, pesquisador do departamento de hidrografia e avaliação socioambiental do IPT. Apesar da rigidez atual com os aterros, o total de lixões antigos é desconhecido. O estudo também aponta que os canaviais são maioria entre as chamadas zonas de potencial de risco na região, devido ao uso de agrotóxicos e ao tipo de manejo.
O mapeamento, que traz uma série de recomendações para a ocupação sustentável do manancial, embasará um futuro projeto de lei. O estudo dividiu em três categorias o solo dos 143 mil km2 do Aquífero. O mapa se divide em áreas de restrição à ocupação (172,9 km2 de áreas de preservação permanente e reservas legais), de ocupação dirigida (25,9 mil km2 considerados vulneráveis à contaminação) e de recuperação ambiental (degradadas por erosões, lixões ou favelas).
Para as áreas de restrição, o IPT indica, entre outros, promover o manejo sustentável e projetos ambientais.
Já para as áreas de ocupação dirigida, as diretrizes do estudo indicam, por exemplo, a necessidade de barrar indústrias de alto risco ambiental, culturas agrícolas que usem agrotóxicos de grande mobilidade e até mesmo a ocupação onde há supressão de florestas.
Já nas áreas degradadas, as regras são peculiares e definidas caso a caso.
Segundo Albuquerque, o estudo será levado para discussão de comitês de bacias hidrográficas e, depois, deverá se tornar um projeto que proteja o Aquífero Guarani, uma das maiores reserva de água do planeta.
Apesar de ter sido mapeado nos anos 70, até hoje o manancial não tem leis específicas que o protejam, de acordo com o pesquisador. Conforme ele disse, foram avaliados os graus de vulnerabilidade de acordo com a proximidade do solo com o manancial, a presença de mata nativa para protegê-lo e o tipo de atividade econômica.
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| Pelo estudo feito no IPT o problema dos canaviais.... |
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| ...vai além das queimadas e poluição, agrotóxicos e manejo |
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| Há uma grande minoria que mantém canaviais sustentáveis |
“Ainda tem muita discussão, porque o estudo esbarra em interesses particulares”, afirmou Alencastre.
O promotor Marcelo Pedroso Goulart, conhecido na região canavieira de Ribeirão Preto, como um membro do MP que realmente tenta defender a ecologia, acredita que o processo será lento por depender do crivo da Assembleia Legislativa, isto é, da velha política e dos grandes interesses.
Fontes: Ambiente Brasil
folha.com
http://folhaverdenews.blogspot.com/



Nós que vivemos aqui na grande região do interior do país sobre o Aquífero Guarani somos os maiores responsáveis pela preservação dos seus extraordinários recursos para o futuro da vida: a Bancada Verde do Congresso Nacional precisa pautar este problema, que também deve ser levando na discussão sobre o Código Florestal, urgentemente.
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