Com a adesão ao pacto, o BB se compromete, em primeiro lugar, a não financiar a produção de soja em áreas desmatadas no bioma amazônico após 24 de julho de 2006 – data em que o pacto foi criado. O Banco do Brasil também passará a exigir a regularidade ambiental nas propriedades rurais localizadas na Amazônia. Técnicos do banco avaliarão se os fazendeiros estão cumprindo o Código Florestal. Além disso, o banco oferecerá uma linha de crédito específica para que esses proprietários recomponham suas áreas de reserva legal e de preservação permanente – como as margens de rios.
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| Soja sem desmatamento e com recuperação ecológica: bom para todos |
O Greenpeace, umas das ONGs que assina o pacto, comemorou. “Essa sinalização é importante para o produtor rural, que passa a ter incentivos para preservar parte da propriedade, como exige a lei”, diz Paulo Adário, diretor da campanha Amazônia do Greenpeace. “Por outro lado, é o banco percebendo que dar crédito a desmatador é uma operação de risco”, diz.
A decisão do BB foi importante porque o banco é responsável por nada menos que 65% do crédito rural ofertado no País. Está presente em mais de 5 mil municípios, até em pequenas localidades e pode induzir outras instituições financeiras a fazerem o mesmo. Como o BNDES, que financia grandes empreendimentos da pecuária, como frigoríficos – hoje a criação de gado é apontada como um dos principais vetores do desmatamento na Amazônia. O BNDES irá no mesmo caminho do Banco do Brasil?
O anúncio da adesão do BB ao pacto da soja foi feita no mesmo período em que o governo divulgou a menor taxa de desmatamento na Amazônia nos últimos anos: foram derrubados 6.451 quilômetros quadrados de floresta entre agosto de 2009 e julho de 2010. É a menor taxa da história, e 14% abaixo dos valores registrados anteriormente. Ainda assim, muito significativa. “Mas o Brasil tem conseguido mostrar que é possível conciliar aumento da produção com a redução do desmatamento”, diz Adário. “A economia vai bem, o agronegócio vai bem, e o desmatamento cai. Esse é o caminho do futuro".
O caminho do futuro dos empreendimentos rurais passa por uma visão ecológica e esta mudança valorizará a produção agropecuária brasileira. Chegou a hora deste avanço.
Fontes: estadao.com
(Ecotendências, Andrea Vialli)
http://folhaverdenews.blogspot.com/

Este tipo de informação mostra que os políticos ruralistas em Brasília, que pretendem neutralizar o Código Florestal com mudanças radicais demais, estão sendo mais realistas do que o rei, ou seja, está na hora de um avanço ecológico geral. Há muito empresário rural com nova visão.
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