poderá ficar ao lado é de Marina e da nova política mais próxima da cidadania
"O PV caminha para a independência e não vai apoiar formalmente nem a petista Dilma Rousseff nem o tucano José Serra no segundo turno das eleições. Depois de mais de seis horas de reunião, os integrantes da Executiva do partido sinalizaram a tendência de liberar seus filiados para manifestações pessoais de apoio. No próximo domingo, o partido faz uma plenária para oficializar sua posição.
Verdes devem apoiar posição de Marina |
A Executiva do PV está dividida ou pelo menos em dúvida: parte defende o engajamento na candidatura de Serra e outra, na de Dilma. Nos três maiores Estados - São Paulo, Rio e Minas - são favoráveis ao candidato tucano. "Há um consenso de que qualquer que seja a decisão, que tudo será feito de uma maneira harmônica, preservadas a identidade e a autonomia da minoria", afirmou o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), um dos favoráveis ao apoio a Serra.
Já nos Estados do Norte e Nordeste prevalece o apoio à petista. Vários líderes já declararam voto na petista.
Participaram da reunião da Executiva ontem 53 integrantes - no total, são 57. Na plenária do dia 17, a previsão é de 156 votantes, entre integrantes da Executiva, conselheiros. A novidade da plenária que será realizada neste domingo é a abertura de 15 vagas para pessoas que não são do PV, mas participaram da campanha de Marina: cinco para delegados do Movimento Pró-Marina, cinco para delegados que contribuíram com o programa de campanha e outros cinco votos de líderes religiosos.
"São líderes de todas as crenças: padres, rabinos pastores. A presença deles é para consolidar o apoio que a Marina teve para além do partido", explicou Alfredo Sirkis, vice-presidente do PV.
Ao comentar a polêmica sobre o aborto, Marina observou que chegou a ser tachada de "conservadora" ao se posicionar contra a prática. Defendeu ainda que o debate sobre o tema seja de mérito e "não com rótulos". "É a primeira vez que vejo temas comportamentais assim tendo uma força tão grande na campanha eleitoral. Eu fui transparente com o eleitor e espero que este tema (aborto) seja tratado de forma responsável", disse.
Para o presidente nacional do PV, José Luiz Penna, o Estado laico está estremecido e há um crescimento da intolerância religiosa no País. "A forma laica de ser do Brasil anda muito estremecida, começa a haver manifestações muito estranhas, inclusive forma de intolerância religiosa", afirmou Penna, ao lembrar que este é um dos principais motivos das guerras que se perpetuam no mundo. O presidente do PV foi imediatamente contestado por Marina. "Não creio que tenha isso no Brasil."
Sustentabilidade. Marina vem sendo cortejada por Dilma e Serra. Ela contou que ontem de manhã teve uma conversa com a petista e que, na semana passada, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso procurou interlocutores do PV. Marina voltou a afirmar que o eventual apoio do PV a qualquer um dos candidatos será com base numa plataforma programática e não em troca de cargos. "Nós rechaçamos que a discussão seja em termos de cargos", afirmou Marina Silva.
A senadora e ecologista lamentou ainda que Serra e Dilma tenham abandonado suas propostas de governo no debate da TV Bandeirantes, no domingo. "Lamentavelmente, eu devo dizer, até com uma certa frustração, que não vi referências no primeiro debate à contribuição que a sociedade apresentou de sustentabilidade e de temas que apontamos como prioritários." Ela enfatizou que o país quer ouvir propostas para avançar".
Fontes: Estadão.com.br
(Repórteres Eugênia Lopes, Marta Salomon - O Estado de S.Paulo, Brasília)
http://folhaverdenews.blogspot.com/
Tudo indica que os Verdes se posicionarão de forma correta política e ecologicamente, sem atrelar o PV a partidos tradicionais e à velha política.
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