Existe uma campanha aqui e no planeta que pretende fazer do Kayapó Raoni o 1º Prêmio Nobel brasileiro: hoje aqui no blog da gente um resumo das informações sendo uma delas que este velho líder indígena e ambiental do Pará poderá dividir o Nobel com a garota da Suécia Greta Thunberg também indo à luta pelo clima e pela ecologia da vida
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O Sínodo da Amazônia pode ajudar Raoni... |
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...ao menos dividir o Nobel da Paz com Greta Thunberg |
Agressões por parte de autoridades do Governo do Brasil ao cacique serviram para dar impulso à campanha do líder
indígena e do movimento ecológico brasileiro para receber a premiação, inédita em nosso país. A outra concorrente é
Greta Thunberg, da novíssima geração de ambientalistas, talvez os dois dividam a premiação a ser anunciada nesta 6ª feira em Estocolmo. O site do Instituto Socioambiental já havia postado um estudo completo de antropologia e de cidadania sobre os índios Kayapós (na realidade a denominação correta e ancestral da etnia é Mebêngôkre), assim como o ISA, vários veículos da mídia no exterior e cá entre nós por aqui, nestes dias, em especial a revista Veja desta semana e seu site veja.abril.com.br: a gente aqui do blog do movimento ecológico, científico, da cidadania e da não violência Folha Verde News resumimos por todos os principais ângulos esta informação. No vídeo já postado aqui em nossa webpágina hoje um pouco da história e do ativismo ecológico do Cacique Raoni, através da sua amizade de 40 anos com o cantor Sting, que ilustra em parte as lutas nos últimos 60 anos deste líder brasileiro dos povos da floresta, que chega aos 90 anos em plena batalha pelos seus ideais em busca da justiça ambiental e de um futuro que seja sustentável para os índios e para toda a população brasileira. É o conteúdo que está também implícito na matéria de Edoardo Ghirotto e Mariana Zylberkan na Veja e no Estadão, a quem raoni deu uma declaração que hoje corre o mundo: "Sou contra o plano do atual governo e, por isso, sou atacado. Mas não vou desistir. Vou até o fim”
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Recentemente Raoni causou furor em Brasília |
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Hoje está em ritual na aldeia Metuktire |
A semana
foi de ritual na aldeia Metuktire. No local, cercado pela imensidão da floresta amazônica no norte de Mato Grosso, vivem 320 índios Kayapós.
Por lá, o ícone Raoni participou com os outros homens de celebrações em homenagem às crianças do povoado. Em meio aos festejos, o cacique se
dedicava a cuidar da mulher, octogenária, debilitada e já sem conseguir andar
devido a problemas de saúde sobrecarga das tarefas cotidianas. Ele passou os últimos dias
praticamente isolado do burburinho em torno de seu nome. Raoni
entrou oficialmente na lista de concorrentes ao Nobel da Paz. A campanha vem se espalhando pelas redes sociais acompanhada da
hashtag #RaoniNobel. Sua vitória representaria um prêmio inédito para o Brasil. Em uma conversa intermediada por um tradutor, Raoni falou em seu idioma nativo sobre essa possibilidade. “Há anos trabalho pela
paz entre indígenas e brancos. As pessoas falam que esse prêmio é importante
para reconhecer a nossa luta”, acrescentando ainda: “O Presidente quer diminuir a terra
indígena e destruir a natureza para o garimpeiro entrar no nosso território.
Tentei pedir apoio ao Governo, mas só o povo me apoia. Sou contra esse plano de políticos e, por isso, sou atacado. Mas não vou desistir. Ficarei firme até o fim
para não destruírem a natureza e o meu povo”.
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Uma das aldeias dos Kayapós liderados por Raoni... |
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...onde ainda se vivenciam rituais nativos... |
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...no dia a dia em torno dos rios da Amazônia... |
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...onde o amor pela natureza é maior que outros interesses |
Embora o
comitê da Noruega responsável pelo Nobel seja blindado contra influências
externas, os governos nacionais costumam apoiar conterrâneos com chances de
receber o prêmio, já que a vitória representa uma honra para o país. No Brasil porém ocorre o contrário com o caso Raoni. A campanha começou a tomar força
justamente no momento em que membros do Governo do país passaram a atacar o cacique em público. Em uma de suas últimas declarações,
o Presidente desdenhou da preocupação em torno dos índios e da Amazônia,
dizendo que o interesse real é pelo minério não explorado na floresta. Ele argumentou que a Agência Brasileira de Inteligência
(Abin) vinha alertando sobre o que consideravam uma campanha de
difamação em curso no exterior. Entre os artífices de tal "manobra conspiratória" estariam Raoni e a respeitada entidade Rainforest Foundation, fundada
pelo cantor britânico Sting, amigo de longa data do cacique. Após o
recente desentendimento público e notório com o presidente francês
Emmanuel Macron em torno das queimadas na Amazônia, os canhões verbais e governamentais se
voltaram de vez contra o líder indígena. “Acabou o monopólio do senhor Raoni”, chegou a afirmar o Presidente em seu polêmico discurso na Assembleia-Geral da ONU.
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Encontros no exterior com Presidente da França... |
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...ou com amigos como o cantor e ecologista Sting fortalecem sua indicação ao Nobel da Paz |
A indicação de seu nome ao Nobel foi lançada desde o início de 2019
por um grupo de pesquisadores ligados à Fundação Darcy Ribeiro. Raoni foi
informado dessa iniciativa quando retornou de uma viagem à Europa no fim de maio,
após ter se encontrado com Emmanuel Macron e com o Papa Francisco. O movimento ecológico, científico e de cidadania vem buscando apoio também de governos estrangeiros para cacifar o
nome do cacique Raoni. Um dos responsáveis por transformar o cacique em uma personalidade
internacional, o cantor Sting declarou que não há momento mais
apropriado para este homem vencer o Nobel: “O mundo científico corrobora agora o
que Raoni soube durante toda a vida. E vemos muitos líderes mundiais em
negação patológica sobre os perigos que o planeta está enfrentando.
É absolutamente essencial que Raoni seja homenageado publicamente dessa
forma.” O vencedor da edição 2019 do Nobel da Paz será anunciado no próximo dia
11 de setembro. Graças ao barulho recente em torno de Raoni, o nome do cacique apareceu em
sites de apostas no exterior, que não têm obviamente nenhuma conexão com a
academia da Noruega mas servem de parâmetro para a popularidade de alguns
líderes. A grande favorita é a ativista sueca
Greta Thunberg, garota que lidera a nova e a novíssima geração de ecologistas para um equilíbrio sustentável do clima na Terra.
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Greta Thunber por sua vez lidera a luta pelo clima |
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Em várias aldeias e regiões do Brasil estes fatos repercutem demais agora |
O cacique
conta que seu pai o alertava desde criança de que caberia a ele fazer a
mediação entre brancos e o povo Kayapó, de tradição guerreira. Por volta dos 15
anos, Raoni teve o auxílio do seu irmão para implantar o botoque no lábio, símbolo
do poder de oratória em nome dos povos indígenas. Já como um jovem líder de sua aldeia, em 1954, avistou
pela primeira vez os forasteiros brancos. Os irmãos Villas Boas, sertanistas
fundamentais para o desbravamento do “Brasil profundo”, haviam encontrado o
povoado em que ele vivia. Com os Villas Boas, Raoni aprendeu português e partiu
em expedição para a região do Xingu. Começou a ter exposição internacional com
o documentário que levava seu nome e foi dirigido pelo belga Jean-Pierre
Dutilleux e pelo brasileiro Luiz Carlos Saldanha. Na Constituinte de 1987-1988,
com a bandeira brasileira em mãos, fez um discurso histórico pelos direitos dos índios: “Nós somos donos disso aqui, o Brasil é nosso também”, declarou. Em
1989, apresentado por Dutilleux ao cantor Sting, empreendeu uma turnê por
diversos países. Ao retornar ao Brasil, logrou os seus maiores feitos: a
homologação das demarcações de duas terras dos Kayapós e do Parque do Xingu.
Mais recentemente, havia criticado os petistas Lula e Dilma por
ocasião das obras da usina Belo Monte, construída na região.
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Momento que marca a história da ecologia.... |
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...em 60 anos de lutas do Cacique Raoni |
“Não gostei
do que o presidente falou, mas sou da paz e quero falar de coisas do meu povo”,
declarou Raoni no Congresso Nacional em Brasília recentemente onde foi recebido como uma celebridade: em postura oposta à do Presidente da República, Rodrigo Maia que preside a Câmara Federal, fumou o cachimbo da paz,
garantindo que a Câmara não pautaria projetos prejudiciais aos povos indígenas. Um sinal de fumaça.
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Uma das mobilizações indígenas de Raoni |
(Confira depois na seção de comentários deste blog da gente outras informações logo mais, OK?)
Os Kayapós vivem hoje em aldeias ao longo do curso superior dos rios Iriri, Bacajá e de outros afluentes do caudaloso rio Xingu, desenhando no Brasil Central um território quase tão grande quanto a Áustria. Antes da Colonização, tinham também aldeias na Serra da Canastra e regiões entre São Paulo e Minas Gerais. Hoje a terra dos Mebêngôkre é recoberta pela floresta equatorial, com exceção da porção oriental, preenchida por algumas áreas do Cerrado. Um povo de cosmologia e rituais complexos mas de amor radical à natureza, liderando a defesa da ecologia entre os indígenas uma vez que alguns índios e índios hoje em dia tomam outras posições, movidas por outros interesses.
Fontes: Veja - Conteúdo Estadão - ISA - Vaticannews
folhaverdenews.blogspot.com
"A cosmologia, vida ritual e organização social e o amor pela natureza desse povo são extremamente importantes, assim como são intensas e ambivalentes as relações com a sociedade nacional e com ambientalistas do mundo todo": comentário que extraímos do site do Instituto Socioambiental (ISA) sobre os Kayapós, que estão no Pará e Mato Grosso hoje, já estiveram muito tempo atrás (à época da Colonização) na divisa entre São Paulo e Minas Gerais, em torno da Serra da Canastra e do São Francisco e Rio Grande.
ResponderExcluir"No século XIX os Kayapós estavam divididos em três grandes grupos, os Irã'ãmranh-re ("os que passeiam nas planícies"), os Goroti Kumrenhtx ("os homens do verdadeiro grande grupo") e os Porekry ("os homens dos pequenos bambus"). Destes, descendem os sete subgrupos kayapó atuais: Gorotire, Kuben-Krân-Krên, Kôkraimôrô, Kararaô, Mekrãgnoti, Metyktire e Xikrin": comentário também em estudos científicos no site ISA sobre os MEBÊNGÔKRE - KAYAPÓS.
ResponderExcluir"Me intriga o fato que o Jornal Hoje, bem como parte da mídia do Brasil, fala de tudo, menos de Raoni e de sua possível conquista do Prêmio Nobel da Paz, o nome disso é preconceito ou outros interesses por trás": comentário de Antônio de Pádua Silva Padinha, editor deste blog, ecologista.
ResponderExcluir"Oficialmente, consta no passaporte de Raoni que ele nasceu em 20 de agosto de 1932. Ou seja, teria hoje 87 anos, está se aproximando dos 90 anos em plena saúde e lutando pelo que acredita": comentário extraído do site da Veja.
ResponderExcluir“Ele é um diplomata que dialoga com o mundo dos brancos em nome dos povos indígenas”: comentário de Márcio Meira, que conviveu com Raoni quando foi presidente da Funai entre 2007 e 2012.
ResponderExcluirDepois, mais tarde, volte aqui que vamos editar nesta seção outros comentários e informações sobre Raoni, também Greta Thunberg e o prêmio Nobel da Paz.
ResponderExcluirVocê pode postar direto aqui o seu comentário ou opinião, mas se preferir, envie seu conteúdo pro e-mail do editor deste blog que então depois, inserimos também a sua mensagem aqui, mande para padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"No início da década de 1990, Raoni aproveitou o prestígio pessoal que já tinha e a pressão internacional de alguns países, pesquisadores e ecologistas para lograr seus maiores feitos: a homologação das demarcações de duas terras dos Kayapós e do Parque Nacional do Xingu, onde vivem centenas de etnias de povos indígenas brasileiros": comentário de Denise Chrispim Marin, jornalista.
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