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sábado, 24 de março de 2018

ESTADOS UNIDOS (E O PLANETA TAMBÉM) VIVENCIAM UM MOMENTO HISTÓRICO PELA NÃO VIOLÊNCIA E PELA PAZ ATRAVÉS DA CIDADANIA DE JOVENS EM WASHINGTON


Estudantes americanos se mobilizam em 800 cidades na marcha de hoje contra as armasou a favor da não violência e da vida na maior manifestação que rola em Washington: cerca de 500 mil pessoas (número semelhante ao registrado em 2017 na Marcha das Mulheres) agora em 2018 é maior por envolver cidadãos e cidadãs de todos os setores da população que são mobilizados pela iniciativa dos jovens



Jovens e crianças estão fazendo história com o protesto em Washington
Time Multidão de 500 mil pessoas colocou na rua a luta pela paz na vida


Ainda há 2 dias a brasileira Albertina Lourencci que mora na Califórnia nos mandou fotos e posts dos estudantes (por exemplo, virando matéria de capa na revista Time) por liderarem este movimento de cidadania pela paz, contra a violência das armas. Com certeza, devido a toda essa mobilização em praticamente todo o país, a polícia americana tomará cuidados extras para não agredir crianças e jovens. Como todo evento de massa, sempre há algum risco de que aconteçam incidentes, todos os que amam a liberdade e a não violência, seja onde for, em todo lugar da Terra, esperamos que tudo corra bem. As notícias não param de chegar via web. Uma relata que Zoe Gordon tem 15 anos e neste sábado estará nas ruas de Washington para fazer história ao lado de centenas de milhares de outros estudantes que exigirão leis mais rigorosas sobre a venda de armas na Marcha por Nossas Vidas, programada para ocorrer em 837 cidades dos Estados Unidos, ocorrendo simultaneamente também em cerca de outros 40 países.Crianças e jovens têm mesmo este poder de mobilizar todo mundo, este acontecimento se trata dum avanço para a cultura da vida em plena era da violência.


 Não só jornais de estudantes e redes sociais apoiam a manifestação


"Isso não é um golpe publicitário ou apenas um dia, um evento. É um movimento”, afirmou Delaney Tarr, 17, estudante da Flórida.


Vem acontecendo protestos em todas as cidades e regiões dos States, maior manifestação é esta de hoje na capital americana, 500 mil pessoas seria um número semelhante ao que foi registrado na Marcha das Mulheres, em janeiro de 2017. Mas nesse sábado poderá haver um novo record de participação de pessoas de todas as iades e setores da população na marcha dos estudantes. Sobrevivente do ataque a tiros na Flórida que deixou 17 mortos na escola secundária Marjory Stoneman Douglas, há cinco semanas, Zoe Gordon disse que participa do movimento em homenagem às vítimas do massacre: "Estou indo porque estou viva e eles, não, usarei minha voz para promover a deles, como teriam feito se estivessem aqui". 



Assim como a marcha das mulheres fez história...

...estudantes marcham hoje contra a violência das armas


Como muitos dos organizadores e participantes da marcha, Zoe acredita que é protagonista de um movimento dos estudantes para mudar o presente e criar o futuro: "Nós vamos fazer história. Nós vamos provocar mudanças. Não vamos parar até que elas ocorram". Todos sabem que os jovens terão o desafio de manter a mobilização em um cenário no qual a cobertura de suas ações pela mídia nacional e mundial e a receptividade do público para a sua mensagem podem tanto aumentar como diminuir: "Não importa, estamos fazendo a nossa parte", argumenta com bom senso Zoe Gordon. 



A garotada se sente fazendo a sua parte pela paz na vida



Por enquanto, o Congresso dos USA se mostrou imune à pressão dos adolescentes e rejeitou aprovar qualquer restrição significativa ao comércio e ao porte de armas no país. Mas, por exemplo, diante da reação ao ataque na Flórida, a Assembleia Legislativa da Flórida aumentou a idade mínima para compra de armas, de 18 para 21 anos, e criou um período de espera de três dias para a entrega de armas a um comprador. As medidas estão longe das que são exigidas pelos estudantes, mas representaram um desafio à Associação Nacional do Rifle (NRA), a imprensa tem alertado também que há um lobby pró armas poderoso que pode impedir mudanças e avanços. Uma das editoras do jornal dos estudantes na Marjory Stoneman Douglas, Rebecca Schneid, de 16 anos, disse que a marcha deste sábado é "só o começo de um movimento que pode durar anos, não vamos parar. Vamos continuar a marchar e a pressionar os legisladores. Mais importante, vamos usar nosso voto para tirá-los de seus cargos. Vamos votar em pessoas que nos escutem", escreveu a garota, lembrando que os estudantes viverão mais que os políticos que comandam hoje o país...


 A população mobilizada pela violência dos fatos e...
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Rebecca Schneid estava na aula de jornalismo quando o ataque ocorreu e se escondeu com outros 19 estudantes no local onde são guardados equipamentos fotográficos. A jovem futura repórter relata: "Foram duas horas de puro terror. Realmente achei que ia morrer." Segundo a estudante, a crescente influência do movimento iniciado em sua escola aumentou sua convicção de que ela e seus colegas conseguirão realizar mudanças. As propostas dos adolescentes incluem a proibição de vendas de fuzis semiautomáticos e de cartuchos de munição com mais de dez balas, a elevação para 21 anos da idade mínima para compra de armas, a verificação de antecedentes em todas as transações e o aumento dos recursos destinados ao tratamento de problemas mentais.


...pela garotada americana (70% do povo a favor dos estudantes)


Pesquisa NPR Ipsos divulgada há alguns dias mostrou que a maioria dos eleitores apoia as propostas dos estudantes. Entre os entrevistados, 70% disseram ser favoráveis ao veto à venda de fuzis semiautomáticos e cartuchos com mais de dez balas. A checagem de antecedentes de todos os compradores de armas foi defendida por 94%, as transações feitas em feiras de armas não passam nem pela mais básica verificação. A proposta do presidente Donald Trump de armar professores foi rejeitada por 59%. Enfim, a nação toda dos Estados Unidos da América parece estar renascendo num sentimento de cidadania, de liberdade e de amor à vida e à paz. Os jovens têm esse poder de mudanças. 



Rebecca Schneid e suas amigas do jornal dos estudantes da Flórida...

...têm o apoio de boa parte dos Estados Unidos no protesto hoje


Fontes: Reuters - A Crítica (Campo Grande) - NBC News
              folhaverdenews.blogspot.com

9 comentários:

  1. Logo mais, atualizaremos aqui nesta seção de comentários as informações sobre este evento de cidadania que pode avançar a não violência e a paz.

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  2. Aguarde a nossa próxima edição de comentários, você pode colocar aqui sua opinião ou então enviar a sua mensagem pro e-mail da redação do nosso blog de ecologia e cidadania: navepad@netsite.com.br

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  3. Vídeos, fotos, charges, material de informação podem ser enviados diretamente pro e-mail do nosso editor deste blog padinhafranca603@gmail.com

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  4. "Estopu aqui em Washington, como free lancer de alguns jornais e sites de notícias brasileiros, depois poderei mandar aí para vocês mais algumas coisas que forem acontecendo": comentário de Jennifer Santos, que se prepara para um estágio de jornalismo na NBC News.

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  5. "Superlegal, eu vi o post que vocês fizeram no Face e depois pude acompanhar ao vivo pela Globo News essa marcha pela vida, realmente, a nova geração americana avançou muito agora em defesa duma melhor realidade": comentário de Moacyr Fernandes, do Rio de Janeiro, estudante da Unesp em Bauru (SP).

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  6. "Contei 20 estudantes bem jovens e de várias regiões dos States falando no evento, bom que não teve lá nenhuma político e eles sabem que na eleição de novembro, os políticos terão que dar resposta a este movimento em não terão voto": comentário de Marina Alves, de São Paulo, estudante.

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  7. "Milhares de pessoas, talvez mais de 500 mil, entre estudantes, professores e artistas jovens estiveram na marcha hoje, em Washington, contra a venda de armas nos Estados Unidos. Após o último ataque na escola Marjory Stoneman Douglas, na Flórida, a questão do porte de armamentos tomou conta do país e ganhou o apoio de diversos setores da população": comentário no site DW, na Alemanha, sobre a repercussão do evento dos estudantes em Washington.

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  8. "A advogada Amal Clooney - que doou 500 mil dólares para os organizadores da marcha - mostra o grau da mobilização da cidadania americana para esta causa, a marcha é só o começo": comentário também de Marina Alves, estudante da USP em SP.

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  9. "Um evento digno de Martin Luther King e de Gandhi, muito positivo sem violência, os jovens pedindo mudanças nas leis de controle de armas, vejo que ninguém precisa ir para a escola com medo de violência": comentário da cantora Taylor Swift, que estava em meio à multidão e nem costuma se manifestar sobre questões políticas. Ela foi entrevistada no local pela NBC News.

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