Zoobreviver é o título do livro dele lançado pela editora Patuá: aqui no blog da gente hoje um resumo da história emocionante deste ex-alcoólatra que depois de 20 anos morando na rua e também em abrigos em Sampa agora sobrevive dos direitos autorais de suas poesias (também vídeos no tema com informações sobre Eduardo Lacerda ele que ao organizar e editar o livro desse poeta das ruas reabriu um novo caminho na aventura da vida de Eugênio Ramos Gianotti que escrevendo renasceu a bem também da literatura brasileira aqui, agora)
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"Na rua e em todo lugar quase não falo apenas olho, escuto, penso e de vez quando escrevo para não ficar sozinho no mundo", disse Eugênio ao blog |
“Só a poesia nos salvará da peste e da imbecilidade", comenta
Marcus Vinicius Ozores em um dos vídeos que estão postados aqui no Folha Verde News para mostrar os
principais ângulos e fatos da aventura de Eugênio Gianotti, que parecia ser
apenas mais um dos cerca de 50 mil cidadãos e cidadãs que por variadas
circunstâncias estão perdidos na poluição e na violência das ruas na maior cidade
da América do Sul. No caso dele, aos 48 anos, abandonou sua casa, mulher e duas
filhas e foi morar na rua, devido ao alcoolismo. Com segundo grau completo, seu
refúgio no dia a dia eram bibliotecas públicas e livrarias, que frequentava
entre as andanças pelas ruas e abrigos de Sampa: "Era só eu e minha
mochila, tinha que fugir de ladrões e da polícia, acabei achando um cantinho
perto da Cacrolândia", conta Eugênio. Devido ao frio, as chuvas, a poluição e a pandemia,
ele acabou depois se fixando num abrigo. Para apenas um único amigo que fez em anos no local
mostrou um dia somente um poema, isso mudou a vida. A notícia de um poeta perdido nas
ruas chegou até uma professora que procurou a editora independente Patuá, que
ela tinha visto numa reportagem. Depois de 20 anos de sufoco, solidão e sofrimento,
com a publicação dos seus poemas que causaram admiração no jovem editor Eduardo
Lacerda, mudou a realidade para Eugênio Ramos Gianetti. Aos 68 anos,
ele se revelou um poeta contemporâneo.
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A magia dos livros muda a vida |
,,,"eu menti
o tempo não cura nada
nem apaga nada
às vezes borra com luz a
tela negra da dor
eu menti
basta suportar o insuportável
tolerar o intolerável
cumprir um luto como cor
e verbo..."
(Trecho de um dos poemas
do livro Zoobreviver)
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No lançamento do seu primeiro livro |
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"Sarcoma rubicundo - o sol dolorindo o mundo - furibundo sarcoma - o deserto como axioma", um dos poemas de Eugênio só na multidão de São Paulo |
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Um livro de poesia, o renascimento de um homem |
Eugênio sobreviveu ao consumo desmedido de álcool, passou por pneumonias tuberculose, escapou da pandemia e outros males. Apesar de todos os golpes, segue zoobrevivendo e já prepara um segundo livro pela editora independente Patuá, a ser lançado ainda em 2021, Atoleiro (Tempo de Rua).
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Eduardo Lacerda, da editora Patuá, pai do poeta da rua |
(Depois na sequência, na seção de comentários deste nosso blog de ecologia e de cidadania, mais alguns detalhes e informações, confira desde já os dois vídeos já postados aqui em nossa webpágina)
Uma de suas duas filhas viu uma postagem no site Uol, ela hoje vive na Itália e pretende se reencontrar com o pai,
resgatando um pouco da vida da família
Gianotti depois de 20 anos de sofrimento e distância: "O álcool e a rua nos
separaram mas a poesia está recompondo em silêncio a emoção da gente", ela
disse poeticamente a um repórter da Folha
de São Paulo, que lhe enviou fotos do pai, o poeta das ruas.
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Zoobrevivendo e zoiando |
Fontes: Uol - Folha de São Paulo - Editora Patuá - Youtube
folhaverdenews.blogspot.com
"Guardadas as devidas dimensões de cada um, no seu tempo e na sua história ou no alcance dos seus poemas, Eugênio segue a linha de Lao Tsé, poeta da não violência, ancestral da China, que passou 40 anos só na floresta e escreveu 40 opúsculos, pequenos versos de grande conteúdo": comentário de Antônio de Pádua Silva Padinha, editor deste blog e do Podcast da Ecologia. Comente você também, a poesia é essencial na violência de hoje em dia.
ResponderExcluir"Concordo que a poesia é essencial hoje e curti bastante o texto, as fotos, os vídeos, vou tentar divulgar por aqui com meus amigos amigas": comentário de Adenor dos Santos Pereira, de Araçatuba (SP), agrônomo e veterinário na região.
ResponderExcluir"Ouvi alguma coisa sobre Eugênio Ramos Gianetti na Rádio USP, vi boas matérias no jornal Folha e no site Uol, agora nestye blog, é merecido, um cara salvo pela poesia e pela solidão nas ruas": comentário de Gislene Souza, universitária, de São Paulo (SP).
ResponderExcluir"Achei curiosa a semelhança física entre o poeta Eugênio e o Marcus Ozores do vídeo, aliás, todos nós somos iguais quando se trata de poesia": comentário também de Gislene Souza, que nos enviou um material sobre jovens poetas no campus da USP, sim, vamos divulgar, abraço e paz 2021, Gislene.
ResponderExcluir"Atrás desse milagre cultural chamado Eugênio Ramos Gianetti existe o trabalho do Eduardo Lacerda, que através da editora Patuá tem conseguido furar o bloqueio e democratizar em SP a expressão literária"; comentário de Jobson Almeida, que é professor de Educação Física e fã de Carlos Drummond de Andrade.
ResponderExcluir"Devemos ouvir, respeitar e recuperar os moradors de rua, de repente entre eles pode estar um Einstein ou um Drummond ou um grande líder. um ser humano que nos avance na vida cultural, espiritual ou política": comentário de Stella Smith, executiva de empresa de tecnologia em São Paulo.
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