Nesta semana o ministro Luis Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal) deve decidir sobre uma ação inédita da associação dos povos indígenas contra a ameaça de genocídio e ao mesmo tempo, na icônica cidade de Oiapoque no Amapá, um índio Karipunas assumiu a prefeitura municipal de lá mostrando uma situação que é uma exceção no Brasil
Enquanto têm esperança na ação junto ao STF índios brasileiros ficam abalados com a morte de importante liderança... |
...a morte do Cacique Mahoro, Xavante da região de Cuiabá... |
...no Mato Grosso do Sul índio Guarani Kayowá protesta contra as mortes de indígenas em vários tipos de violência, também o Coronavírus |
Confira vídeo do Instituto Socioambiental (menos preconceito, mais índio)
A atuação do poder público diante da epidemia entre os
povos indígenas constitui um “verdadeiro genocídio, podendo resultar no
extermínio de etnias inteiras”, diz o documento.
Índios de várias etnias abalados com a situação do momento e na expectativa do que será a decisão do STF por estes dias |
Esta é a primeira vez que uma entidade dos povos da floresta apresenta diretamente
uma ADPF (Arguição de Descumprimento de Direito Fundamental) ao STF, com
advogados próprios, indígenas. Esse tipo de ação serve para que a Justiça
garanta direitos dos cidadãos quando preceito centrais da Constituição estão
sendo desrespeitados.
...ainda bem que alguns líderes da floresta como Gaspar Waratzere se formam em universidades para melhor ajudar o seu povo (vídeo da ONU) |
(Confira depois mais tarde na seção de comentários deste blog da ecologia e da cidadania mais informações sobre esta ação inédita e emergencial, em caráter de urgência levada ao Supremo. E hoje nesta webpágina postamos dois vídeos, um da Veja (sobre a situação difícil dos povos da floresta diante do Coronavírus e da falta de estrutura da saúde pública nas aldeias) e um outro da ONU, ao contrário, tentando valorizar a cultura original indígena, entrevistando índios que se tornam educadores, historiadores, pesquisadores em faculdades e voltam para defender seus direitos e suas raízes culturais)
Mulheres indígenas também pedindo estado de emergência no setor de saúde das aldeis de várias regiões e etnias |
Denise Soares e Mara Carvalho, repórteres do G1 do Mato Grosso e da TV Centro América, por sua vez estão nos informando que Domingos Mahoro, de 60 anos, líder na luta pelas terras tradicionais dos povos da floresta e Cacique Xavante na região de General Carneiro (a 448 quilômetros de Cuiabá) na aldeia de Sangradouro, depois de vários dias de espera e sem atendimento. estava há 72 horas na UTI mas veio a falecer vítima da Covid-19, após duas paradas cardíacas. Mahoro será enterrado na terra indígena. Ele era presidente da cooperativa indígena do estado e uma liderança atuante nas causas do povo indígena em todo Mato Grosso. Ele participou da articulação dias atrás de uma iniciativa que mobilizou prefeitos da macrorregião de Cuiabá e deputados da bancada federal matogrossense que em videoconferência pediram apoio de Brasília para a construção de um hospital de campanha, bem equipado, para atender o povo Xavante. Por sinal, segundo o mais recente boletim do Ministério da Saúde. já houve 102 casos de Coronavírus entre indígenas (e este número apenas na etnia Xavante), sendo que 9 deles, morreram, inclusive ontem, o Cacique Mahoro. Este fato terá repercussão também na ação que deu entrada através da Apib no STF e será decidida nesta semana. Aumentam a expectativa e o sufoco.
Fontes: Envolverde - BBC - G1 - ONU - Veja - TV Centro América
folhaverdenews.blogspot.com
Mais tarde vamos postar mais dados, informações e mensagens nesta seção, aguarde nossa atualização em breve, venha conferir depois, OK?
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ResponderExcluir"É muito triste por perda de um grande cacique, é meu tio, irmão da minha mãe, chorei muito nestes dias lembrando que encontrei no Rio+20,em Rio de Janeiro, com a mesma ideia de implantação do Ministério do Índio, pedimos pra secretária Geral do ONU e falei com o meu tio irmão, caçula sobre ele, sobre você que você sempre me levando onde se encontra os países mais rico, então me falou,procure este rapaz para te ensinar como podemos lutar e como vc vai lutar enquanto ele está vivendo me emocionei e chorei bastante, é uma pessoa simples e pública que defende a causa do seu povo Xavante que se vai num momento tão decisivo para os povos da floresta": comentário de Gaspar Tsiwari Wartzere, Xavante de Namunkurá, formado em Historia pela UFMT e educador indógena.
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