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quarta-feira, 8 de julho de 2020

NOTICIAS RELATIVAMENTE BOAS MAS UMA EXTREMAMENTE NEGATIVA EM RELAÇÃO AOS POVOS DA FLORESTA QUE SE SENTEM AMEAÇADOS DE EXTERMÍNIO DEVIDO À FALTA DE UTI PARA ATENDER VÍTIMAS DO CORONAVÍRUS EM ALDEIAS DE VÁRIAS ETNIAS E REGIÕES DO PAÍS

Nesta semana o ministro Luis Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal) deve decidir sobre uma ação inédita da associação dos povos indígenas contra a ameaça de genocídio e ao mesmo tempo, na icônica cidade de Oiapoque no Amapá, um índio Karipunas assumiu a prefeitura municipal de lá mostrando uma situação que é uma exceção no Brasil


Enquanto têm esperança na ação junto ao STF índios brasileiros ficam abalados com a morte de importante liderança...


...a morte do Cacique Mahoro, Xavante da região de Cuiabá...


...no Mato Grosso do Sul índio Guarani Kayowá protesta contra as mortes de indígenas em vários tipos de violência, também o Coronavírus


Confira vídeo do Instituto Socioambiental (menos preconceito, mais índio)


O ministro Luis Roberto Barroso, do STF, está agora para decidir  sobre um pedido da principal entidade indígena do país, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), em conjunto com seis partidos, juntos, eles reivindicam que o estado tome providências contra a pandemia da Covid-19 nas aldeias indígenas, já que a Funai está desarticulada. 
A Apib afirma que preceitos fundamentais da Constituição Federal estão sendo desrespeitados com as falhas e as omissões do poder público no no combate à epidemia do Coronavírus entre os povos nativos brasileiros. Essas populações têm, segundo a entidade, uma taxa de letalidade pelo vírus de 9,6%, enquanto na população em geral a taxa é de 4%, segundo levantamento do próprio Ministério da Saúde.
A atuação do poder público diante da epidemia entre os povos indígenas constitui um “verdadeiro genocídio, podendo resultar no extermínio de etnias inteiras”, diz o documento. 

Índios de várias etnias abalados com a situação do momento e na expectativa do que será a decisão do STF por estes dias

Esta é a primeira vez que uma entidade dos povos da floresta apresenta diretamente uma ADPF (Arguição de Descumprimento de Direito Fundamental) ao STF, com advogados próprios, indígenas. Esse tipo de ação serve para que a Justiça garanta direitos dos cidadãos quando preceito centrais da Constituição estão sendo desrespeitados.

A aldeia Xavante do Cacique Mahoro mais abalada ainda... 

 ...diante da morte do seu líder e dos problemas nas terras indígenas...


...ainda bem que alguns líderes da floresta como Gaspar Waratzere se formam em universidades para melhor ajudar  o seu povo (vídeo da ONU)

(Confira depois mais tarde na seção de comentários deste blog da ecologia e da cidadania mais informações sobre esta ação inédita e emergencial, em caráter de urgência levada ao Supremo. E hoje nesta webpágina postamos dois vídeos, um da Veja (sobre a situação difícil dos povos da floresta diante do Coronavírus e da falta de estrutura da saúde pública nas aldeias) e um outro da ONU, ao contrário, tentando valorizar a cultura original indígena, entrevistando índios que se tornam educadores, historiadores, pesquisadores em faculdades e voltam para defender seus direitos e suas raízes culturais)

 Mulheres indígenas também pedindo estado de emergência no setor de saúde das aldeis de várias regiões e etnias

Denise Soares e Mara Carvalho, repórteres do G1 do Mato Grosso e da TV Centro América, por sua vez estão nos informando que Domingos Mahoro, de 60 anos, líder na luta pelas terras tradicionais dos povos da floresta e Cacique Xavante na região de General Carneiro (a 448 quilômetros de Cuiabá) na aldeia de Sangradouro, depois de vários dias de espera e sem atendimento. estava há 72 horas na UTI mas veio a falecer vítima da Covid-19, após duas paradas cardíacas. Mahoro será enterrado na terra indígena. Ele era presidente da cooperativa indígena do estado e uma liderança atuante nas causas do povo indígena em todo Mato Grosso. Ele participou da articulação dias atrás de uma iniciativa que mobilizou prefeitos da macrorregião de Cuiabá e deputados da bancada federal matogrossense que em videoconferência pediram apoio de Brasília para a construção de um hospital de campanha, bem equipado, para atender o povo Xavante. Por sinal, segundo o mais recente boletim do Ministério da Saúde. já houve 102 casos de Coronavírus entre indígenas (e este número apenas na etnia Xavante), sendo que 9 deles, morreram, inclusive ontem, o Cacique Mahoro. Este fato terá repercussão também na ação que deu entrada através da Apib no STF e será decidida nesta semana. Aumentam a expectativa e o sufoco. 
Para amenizar o clima de sufoco a boa nova é o índio Karipunas que assumiu hoje a prefeitura de Oiapoque no Amapá, ele era vice prefeito e substitui a prefeita, afastada pela Justiça: poderá ajudar a causa indígena


Fontes: Envolverde - BBC - G1 - ONU - Veja - TV Centro América
                folhaverdenews.blogspot.com

3 comentários:

  1. Mais tarde vamos postar mais dados, informações e mensagens nesta seção, aguarde nossa atualização em breve, venha conferir depois, OK?

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  2. Você pode postar direto aqui a sua opinião, se preferir, envie seu conteúdo (texto, foto, vídeo, notícia, pesquisa) para o e-mail do editor deste blog que mais tarde divulgaremos o material por aqui, mande então já a sua mensagem agora para padinhafranca603@gmail.com

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  3. "É muito triste por perda de um grande cacique, é meu tio, irmão da minha mãe, chorei muito nestes dias lembrando que encontrei no Rio+20,em Rio de Janeiro, com a mesma ideia de implantação do Ministério do Índio, pedimos pra secretária Geral do ONU e falei com o meu tio irmão, caçula sobre ele, sobre você que você sempre me levando onde se encontra os países mais rico, então me falou,procure este rapaz para te ensinar como podemos lutar e como vc vai lutar enquanto ele está vivendo me emocionei e chorei bastante, é uma pessoa simples e pública que defende a causa do seu povo Xavante que se vai num momento tão decisivo para os povos da floresta": comentário de Gaspar Tsiwari Wartzere, Xavante de Namunkurá, formado em Historia pela UFMT e educador indógena.

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