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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

COMEÇA MOVIMENTO POR UM CINEMA MAIS ECOLÓGICO NÃO APENAS FILMES FEITOS NA NATUREZA MAS COM UMA PRODUÇÃO MAIS SUSTENTÁVEL

Um Cinecol está nascendo entre cineastas e artistas de várias países e no Brasil também que nestes dias tem o lançamento do documentário sobre Adoniran Barbosa que é visto também como um filme de rua


A nossa natureza oferece cenários e temas para o novo cinema sustentável que já apelidam de Cinecol

O ator do momento Joaquim Phoenix também defende um cinema voltado para a cultura da vida em todas as suas plataformas



Lúcia Muzell começa a sua matéria na RFI assim: "Locações extraordinárias em um paraíso escondido do mundo, explosões espetaculares de tirar o fôlego, reconstituição histórica à beira da perfeição. Quando assistimos a um filme, esses detalhes da produção costumam impressionar, mas você já pensou na pegada ecológica da indústria do cinema? Pouco a pouco, o setor começa a prestar atenção em diminuir a poluição, gerada desde a elaboração do roteiro até a estreia e a forma de distribuição". Esta argumentação bate também com o discurso de Joaquim Phoenix ao receber o prêmio de melhor ator no Globo de Ouro. Depois de se tornar um ator mundial com o sucesso de Coringa, em Hollywood, ele continuou mantendo o seu ativismo pelo meio ambiente (chegou a ser preso em manifestação em Washington a favor da decretação de um estado de Emergência Climática, junto com Jane Fonda, com o pique de Greta Thunberg e a nova geração de ecologistas). Phoenix tem ressaltado também a emergência do cinema mudar e avançar para uma estrutura mais sustentável. Ele acusou a indústria cinematográfica sobre o que chamou de poluição da sétima arte, sugeriu que o cinema avançará desde a escolha do local de filmagens, sem ignorar o impacto ambiental das filmagens. 

As grandes e megaproduções hoje são poluentes mas podem avançar e se tornar sustentáveis com gestão, tecnologia e imaginação

É de praxe uma equipe inteira se deslocar para as gravações com seus equipamentos, sem qualquer preocupação com as emissões dos transportes. Com 20 anos de experiência no setor, o produtor francês Mathieu Delahousse viu de perto os desperdícios do cinema e alerta: é preciso dar prioridade máxima aos recursos locais. “Temos o hábito de trabalhar sempre com os mesmos fornecedores. Sequer paramos para pensar se podemos encontrar na região da filmagem profissionais que nos providenciem os mesmos produtos, em vez de trazer tudo da capital”, comenta Delahousse: “Essa reflexão pode ocorrer sobre todos os aspectos da produção: das refeições servidas no set aos técnicos que trabalharão, passando pela decoração e até equipamentos, fornecedores da região das filmagens da madeira para montar os cenários, economia de meios". 



Mathieu Delahousse pioneiro do cinema sustentável

Sinal de nova tendência -  Um clip que mostra canção que venceu prêmio David di Donatello na Itália está dentro desta proposta de arte voltada para a cultura da vida, Abbi pietá di noi - Biaggio Passaro ... 



Prêmio David di Donatello mostra a nova tendência também na música agora da itália neste videoclip socioambiental
Curta esta outra canção de Enzo Avitabile, a cultura da vida também na música agora da Itália

https://www.youtube.com/watch?v=pBCX2edxEPo


Diante da realidade das produções atualmente, Mathieu Delahousse e um colega decidiram abrir uma consultoria especializada em promover um cinema mais ecológico. Ele conta que, no início, há quatro anos, o projeto era alvo de deboches, por dar sugestões como acabar com as embalagens plásticas nas gravações e trocar os veículos a gasolina por elétricos. Hoje, ele percebe que a tomada de consciência mundial sobre a crise ambiental fez com que as propostas da Secoya Eco Tournage  e deste movimento cultural fossem cada vez melhor acolhidas: "Por exemplo, podemos preferir um cenário que seja todo desmontável e possa ser montado de novo em outro formato em vez do que se faz mais habitualmente, que é destruir tudo e jogar fora no lixo para não perder tempo, sem que ninguém mais possa reutilizar esse material”. A Secoya Eco Tournage hoje é melhor entendida pelos profissionais do cinema na França e na Europa onde se tenta avançar uma nova estrutura de filmes mais ecológicos na sua forma de realização, desde o roteiro à distribuição. O conteúdo também entra nessa perspectiva de mudança, algo que de maneira contemporânea remonta ao final da 2ª Guerra Mundial com as produções do movimento Neo Realismo, com filmes feitos na rua, economizando cenários, com os temas aproximando a ficção da realidade e agora em busca de uma nova forma de viver, mas sustentável, em que a economia e a ecologia possam se equilibrar, diminuindo as mudanças climáticas, o aquecimento global, toda forma de poluição e levando co cinema para longe do caos do consumo rumo à uma cultura da vida e da não violência. Isso é em resumo o que disseram a atriz Jane Fonda, dos Estados Unidos, e o ator Joaquim Phoenix, que acaba de fazer sucesso com o Coringa, ao ser entrevista pela mídia da Europa. 

Giovanni Guarnieri mostra alcance das imagens naturais

Um novo Neo realismo agora? Há filmes saindo dos estúdios e dos cenários para as cenas nas ruas

Documentário sobre Adoniran Barbosa (do jovem Pedro Serrano) sendo lançado nestes dias (veja vídeo aqui no blog) é também um filme de rua

No polo nordestino do cinema atual do Brasil, Bacurau está dentro desta nova tendência da cinematografia



Maquiagem também polui Na Europa, a expectativa é de que não tardem a ser aprovados subsídios para produções ecorresponsáveis. Na França, por exemplo, filmes que respeitam a paridade de gêneros recebem 15% a mais de financiamento do governo. Propostas semelhantes podem se replicar para a questão ambiental. Tudo mais natural. Não se trata de banir as superproduções mas se pode criar efeitos especiais (como aliás fazia Fellini e alguns cineastas mais contemporâneos fazem hoje) com tecnologia ou imaginação e arte, emitindo menos CO2 na atmosfera. Não faz muito sentido um James Bond sem carros explodindo, mas podemos pensar melhor em como realizar essas explosões. Nos filmes de ação e aventura talvez voltando a usar miniaturas, como na década de 70 ou, melhor ainda,  aperfeiçoando a cena com efeitos especiais digitais. Menos maquiagens ou produtos tóxicos ou mais natureza, cenas ao ar livre, cenários naturais e cultura da vida. 




Giovanni Guarnieri mostra o alcance das imagens naturais



(Confira na seção de comentários deste nosso blog de ecologia e de cidadania mais dados e reflexões sobre o cinema sustentável, co conteúdo e na sua forma de realização, não se trata de uma ditadura do documentário e sim llberdade de criação com responsabilidade ambiental: no vídeo hoje em nossa webpágina, treiler da produção brasileira sendo lançada sobre Adoniran Barbosa, num formato de filme que busca a autenticidade, como buscou em sua vida e em suas músicas este compositor, cantor e poeta de temas sociais colocando o povo não só como figurante ou espectador mas como um protagonista)




Jane Fonda hoje vai à luta pelo Clima tal qual Greta Thunberg e novas gerações (ela também está em busca dum cinema sustentável)



Muita ação rola nas ruas seja em Washington (USA) ou...



 ...com o povo da rua em São Paulo, aqui nas escadarias da Sé

O cinema sustentável de agora redescobre a aventura da natureza também como tema da cultura da vida


FontesRFI - BBC - Reuters
               folhaverdenews.blogspot.com

9 comentários:

  1. Mais tarde, aqui nesta seção do blog da gente, mais informações e comentários sobre o cinema sustentável e a busca da cultura da vida, aguarde e venha conferir depois nossa edição.

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  2. Você pode postar direto aqui sua opinião, se preferir, mande o seu copnteúdp (texto, foto, vídeo, notícia, pesquisa) direto pro e-mail do editor deste blog que assim depois postaremos aqui para você e então mande já a sua mensagem agora para padinhafranca603@gmail.com

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  3. "Curti essa matéria toda e especialmente o treiler do filme sobre Adoniran Barbosa com quem eu convivi na época de jovem na Boca do Luxo e também na Boca do Lixo em São Paulo, um poeta e um último boêmio": comentário de Jorge Gonçalves, empresário, ainda conta que "minha filha nunca tinha ouvido falar dele, tem 13 anos e vai levar o link prá escola dela, gosotu demais, é um resgate da música brasileira".

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  4. "O discurso de Joaquin Phoenix ao receber o prêmio de melhor ator no Globo de Ouro ressaltou a emergência do problema, ao acusar Hollywood de ignorar a poluição da sétima arte. Para começar, a escolha do local das filmagens raramente leva em conta o impacto ambiental": comentário de Lucia Muzzel, ao resumir entrevista com ele na RFI.



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  5. "É exceção a prática de descartar tudo que é acessório ou figurino, que costuma ser alugado ou revendido após o uso no cinema ou no teatro. Até mesmo a maquiagem do elenco pode ser melhor escolhida,para ser menos poluente, na verdade toda a produção de todo espetáculo pode ser mais sustentável": comentário de Miguel Luís da Silva, que atuou como produtor de filmes comerciais em São Paulo e hoje trabalha dentro de agência de publicidade na redação.



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  6. "Espero que uma produção cultural sustentável, no p´rocesso de realização de filmes, peças, clips, avance e que também o conteúdo da cultura da vida, a preocupação com a ecologia que hoje é vital para todos os setores": comentário também de Miguel Luís da Silva, redator em SP.

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  7. "É preciso conter as explosões megalomaníacas dos filmes de ação – ou seja, emissões diretas de CO2 na atmosfera - e a solução não é restringir a criatividade do cinema, nem acabar com as superproduções. Mas com certeza é possível se chegar aos mesmos efeitos de uma forma mais consciente. usando melhor a tecnologia. Podemos analisar como é mais poluente fazer cenas desta maneira ou fazendo tudo direto no computador, afinal a poluição digital também existe”: comentário de Mathieu Delahousse, líder na França deste movimento por um cie=nema sustentável, que causa menos impactos socioambientais.

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  8. "O impacto ambiental da informática no cinema é considerável. As emissões geradas pelas toneladas de gigabites para a finalização de um filme são apenas o começo do problema: o ápice é a entrada do longa nas plataformas de streaming. Assistir um filme pela Internet polui bem mais do que rodar um DVD. Todas essas adaptações têm um custo, de cerca de 2% do total da produção. Parece pouco – no entanto, para filmes com orçamento limitado, o esforço pelo planeta significa extrapolar a conta. A barreira financeira ainda é a mais difícil de vencer. Se todo mundo experimentar e, daqui a um tempo, fizermos um balanço dessa mudança, tenho certeza de que ficaremos surpresos com os avanços. Mas se continuarmos a esperar que sejam os outros que comecem, não sairemos desse ciclo”: comentário também do produtor Mathieu Delahousse.

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  9. Agradecemos aqui ao Manuel Bianchi, que passa metade do ano em Roma (Itália) e metade no Brasil, devido a seu trabalho na web, por nos ter enviado links destes vioclips com Enzo Avitabile, que ilustram bem, no caso, na música, a busca da cultura da vida.

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